Edição nº 521 | 2 de julho de 2021

Diretor geral da ABERT é indicado para comissão de liberdade de imprensa do CNJ

O diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, foi indicado para integrar a Comissão Executiva Nacional do Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A indicação foi publicada na Portaria nº 182/2021 desta sexta-feira (2).

Criado em 2012, o Fórum tem por objetivo o estudo das ações judiciais que tratem das relações de imprensa e dos modelos de atuação da magistratura em países democráticos.

O relacionamento entre o Judiciário e a imprensa, o impacto das fake news nas eleições e a violência contra os profissionais de comunicação são alguns dos temas abordados pelo grupo, que reúne representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Associação Brasileira de imprensa (ABI), do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1) e do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

Digitaliza Brasil: cidades do Nordeste aderem ao programa

Em menos de duas semanas após o lançamento, o edital de convocação aberto pelo Ministério das Comunicações (MCom) para o programa Digitaliza Brasil no Nordeste já vem recebendo forte adesão dos municípios. Desde 21 de junho, 92% dos municípios convocados no Piauí, 65% no Rio Grande do Norte e 41% no Ceará já manifestaram interesse em receber a instalação completa da infraestrutura do sinal digital de TV.

A seleção prevê a atualização tecnológica em 73 cidades localizadas nos três estados e estará disponível na página do MCom até 21 de julho.

Os municípios selecionados receberão equipamentos e o serviço de instalação. Também serão fornecidos kits de conversão do sinal analógico para o digital às famílias de baixa renda, integrantes do Cadastro Único, a exemplo do Programa Bolsa Família.

Ao formalizar a adesão, as prefeituras ficarão responsáveis por fornecer um local para a instalação da infraestrutura compartilhada, e por garantir a segurança, a operação e a manutenção da infraestrutura após a implantação.

Programa Digitaliza Brasil

Lançado em 4 de maio, durante a Semana Nacional das Comunicações, o programa utiliza o saldo dos recursos remanescentes provenientes da licitação do Edital dos 700Mhz (4G).

Os principais objetivos da iniciativa são concluir o processo de digitalização dos sinais da televisão aberta até 31 de dezembro de 2023 e ampliar o acesso ao serviço digital nas localidades onde ainda não houve o desligamento do sinal analógico.

ANER promove ciclo de debates “O futuro já passou?”

Estão abertas as inscrições para o ciclo de debates online “O futuro já passou?”, promovido pela Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER).

O primeiro encontro online gratuito “Bancas Digitais: Canibalismo ou novo canal?” será realizado na quarta-feira (7), às 19h30 e terá a participação de Cristina Albuquerque, publicitária e especialista em produção de audiobook e conteúdo editorial; Hugo Merino Montero, diretor de Branded Editions na PressReader e Joaquim Carqueijó, publicitário da EdiCase Negócios Editoriais.

Os debates abordarão questões como os dilemas atuais do mercado editorial e as perspectivas de futuro, com o avanço do digital, para as publicações impressas no Brasil.

Para inscrição e informações, clique AQUI

ACAERT apresenta força-tarefa contra radiodifusão ilegal

O presidente da Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT), Silvano Silva, entregou ao Ministério das Comunicações (MCom) o relatório de uma força-tarefa criada para coibir a operação ilegal de rádios comunitárias no estado.

Na reunião com o secretário de Radiodifusão da pasta, Maximiliano Martinhão, na terça-feira (22), Silva disse que a ACAERT recorreu à Justiça mais de cem vezes, 32 apenas no último ano. "Até o momento, não houve derrota em nenhuma instância judicial. Na maioria das vezes, as ações foram motivadas por atuação comercial das emissoras, além da irradiação do sinal além dos limites legais estipulados para o segmento", informou.

No início de junho, a ACAERT anunciou a intensificação das ações de combate às irregularidades: além de ampliar a atuação judicial, adquiriu uma unidade móvel, que percorrerá cidades catarinenses para verificar a força e a modulação dos sinais de frequência de emissoras. As informações coletadas serão compiladas por um engenheiro.

“Vamos medir o raio do sinal e utilizar esse documento técnico para comprovar as irregularidades. O intuito é dar celeridade e intensificar as ações”, explicou.

Durante a visita a Brasília, a equipe da ACAERT também esteve com o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores.

Michel Micheleto recebe homenagem póstuma

Na última edição do Prêmio Rádio Globo, realizada na quarta-feira (22), o evento destinado a destacar talentos da música brasileira prestou tributo a vítimas da COVID-19. Ex-presidente da Associação de Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP) e proprietário da rádio Banda B, Michel Micheleto foi um dos homenageados da cerimônia. Ele faleceu em abril, em decorrência de complicações causadas pelo novo coronavírus.

Ao som da canção Dois Rios, um vídeo projetou imagens de profissionais ligados aos mais diversos setores da cultura. Micheleto aparece sorrindo diante de um microfone, seu companheiro inseparável e instrumento de trabalho.

Também foram homenageados o humorista Paulo Gustavo, a atriz Nicette Bruno, os cantores Genival Lacerda, Agnaldo Timóteo e Nelson Sargento, o ator Eduardo Galvão, o carnavalesco Laíla e o compositor Aldir Blanc. Além de Micheleto, outros representantes do mercado de comunicação ganharam espaço, como os jornalistas José Paulo de Andrade e Rodrigo Rodrigues.

O evento foi transmitido por redes sociais e contou com a participação de mais de 60 artistas que concorreram em diversas categorias.

Emissoras de rádio do Rio de Janeiro batem recorde histórico

Um estudo da Kantar Ibope Media indicou que o meio rádio no estado do Rio de Janeiro vive uma fase de prosperidade. Além de bater recordes de audiência, as emissoras FM atingiram o maior número de ouvintes registrado desde 2010.

Hoje, a cada 15 dias, essas emissoras alcançam 9,5 milhões de ouvintes. Em 2010, eram contabilizados 8,2 ouvintes no mesmo período. Segundo o estudo, há dez anos o meio apresenta tendência de evolução, com raras oscilações negativas.

Entre março e maio de 2021, período em que a Kantar apurou as informações, duas emissoras mencionadas na pesquisa alcançaram marcas históricas: enquanto uma delas atingiu a marca de 2.6 milhões de pessoas em uma quinzena, outra atingiu 3,1 milhões de ouvintes no mesmo período, número até então inédito no rádio brasileiro. No quesito audiência (ouvintes por minuto), os resultados também superam as expectativas: as quatro primeiras colocadas no Rio de Janeiro e região metropolitana superam a marca de 200 mil ouvintes por minuto, em períodos entre 5h e 0h.

Olevantamento aponta ainda que algumas emissoras chegam a registrar, individualmente, até 500 mil ouvintes em um intervalo de 15 dias.

O mercado também está em alta em São Paulo.

O estudo apontou que, na capital paulista e na região metropolitana, a audiência registrou a terceira alta consecutiva e alcançou patamares vistos em 2018. No ano passado, 19 rádios locais ultrapassaram a marca de um milhão de ouvintes. Seis delas superam os dois milhões em alcance.

Kantar: crescem inserções publicitárias em reality shows

As inserções publicitárias em reality shows registraram aumento de 26%, em comparação com 2020, e se tornaram uma oportunidade de divulgação para as marcas na TV. Foi o que demonstrou a última edição do estudo Data Stories, publicado pela Kantar IBOPE Media em junho. Quando comparou o primeiro quadrimestre deste ano (janeiro a abril) com o mesmo período do ano passado, o levantamento apontou aumento de 79%.

Diferentes formas de interação, associação ao entretenimento e a possibilidade de falar diretamente com o espectador foram as ações que levaram a resultados promissores. Como consequência, houve 19% de aumento no total do gênero, 853% no gênero de realities musicais e 147% nos programas dedicados ao empreendedorismo e negócios.

Diante do crescente interesse do público, as empresas passaram a investir em um novo nicho de mercado: produzir os próprios reality shows. Um deles, realizado por uma marca de bebidas, atraiu 1,3 milhão de novos seguidores para as redes sociais da companhia, apenas nas primeiras 72 horas de exibição.

A preferência do telespectador brasileiro pelo formato, em especial entre o público jovem, ficou evidente também nas redes sociais. Dos 294 milhões de postagens feitas no Twitter sobre televisão, 94% tratam do tema. Quando se trata de reality, os sentimentos mencionados pelos espectadores são, em sua maioria, positivos.

Desafios da mídia em debate pela AESP

Os novos desafios da mídia foram o tema do debate promovido pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), que teve como convidado o publicitário e presidente da Agência Pátria, Eduardo Toledano. Promovido na quarta-feira (30), o encontro virtual foi apresentado pelo radialista Marco Moretti e contou com a participação do presidente da Associação, Rodrigo Neves, e do radiodifusor Acácio Luiz da Costa.

"A pandemia veio acelerar processos nas agências e no mercado de mídia. Tivemos de nos adaptar ao trabalho remoto e a uma maior frequência e agilidade no uso dos recursos tecnológicos", analisou Toledano. A consequência dessa adaptação, segundo o publicitário, é que as empresas têm apresentado soluções cada vez mais alinhadas às novas demandas.

O rádio, avaliou, vem se adaptando bem ao novo momento. Interativo desde o surgimento, o meio sempre permitiu a participação do ouvinte, sugerindo músicas, emitindo opinião ou relatando problemas em suas comunidades. "Sempre houve uma via de mão dupla: emitir informação e receber feedbacks em tempo real", explicou.

As mudanças no mercado também transformaram as oportunidades profissionais. Antes, o segmento de mídia era empregado por agências de publicidade. Hoje, atuam também em empresas de clientes, plataformas digitais, aplicativos e institutos de pesquisa. As funções passaram a exigir múltiplos conhecimentos. "Essa maior aproximação com os clientes levou as equipes a buscarem conhecimento em Estatística, Tecnologia e Sociologia, por exemplo", destacou.

Após uma crise motivada pelo surgimento da pandemia de COVID-19, Toledano percebe uma aceleração no mercado, que já registra crescimento significativo, inclusive no Brasil. Neste cenário, fica cada vez mais evidente a importância do conteúdo em áudio. "Nos meus 44 anos de atuação no setor, sempre ouvi que o rádio morreria. E ele segue firme, tendo em seu DNA o esporte, a notícia e a prestação de serviços", concluiu.

If you can't read this email, please view it online