Edição nº 524 | 23 de julho de 2021

Migração de rádios AM de Goiânia será na faixa convencional de FM

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançará, nos próximos dias, uma consulta pública que autoriza a migração de seis emissoras de rádio AM de Goiânia (GO) para a faixa convencional de FM.

A informação foi anunciada pelo secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações (MCom), Max Martinhão, durante reunião online com o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, o presidente da AGOERT (Associação Goiana de Emissoras de Rádio e TV), Guliver Leão, o diretor de Rádio da ABERT, André Cintra, e os representantes das emissoras goianas.

“Fizemos algumas alterações e resolvemos as pendências para acomodar os canais na faixa convencional. A consulta pública para Goiânia é mais um passo no processo de migração das rádios”, afirma Cintra, que coordenou o grupo de trabalho criado pela Anatel, com a participação do MCom, para buscar alternativas que viabilizam o maior número possível de canais na faixa convencional de FM.

Migração AM/FM: debate reuniu radiodifusores e técnicos do setor

Os resultados da migração AM/FM foram o assunto do terceiro encontro virtual do Comitê Técnico da Associação de Emissoras de Rádio e Televisão de São Paulo (AESP), na quinta-feira (22).

“Além das questões técnicas, precisamos debater o tema sob os pontos de vista comercial, negocial e de resultado de ouvintes”, afirmou o presidente da AESP, Rodrigo Neves, que conduziu o evento ao lado do líder do Comitê, Eduardo Cappia, e do radiodifusor Marco Moretto.


O diretor de Rádio da ABERT, André Cintra, apresentou as etapas do processo e atualizou dados sobre o andamento da mudança das rádios para a faixa estendida, batizada de faixa 2.0

Segundo Cintra, 247 canais já foram efetivados no Plano Básico, sendo 136 na nova faixa e 134 na convencional. “Nos próximos dias, será lançada uma Consulta Pública com mais quatro canais “, anunciou. Dos 1.656 pedidos de migração, 1.539 foram incluídos no Plano Básico e 53 estão pendentes.

Vice-líder do Comitê, José Mauro Ávila apresentou opções de receptores que já contam com o dial preparado para a faixa 2.0. “Para incentivar os ouvintes precisamos ter os produtos”, defendeu.

Representantes de emissoras que fazem parte do grupo de pioneiras no processo, iniciado em 7 de maio, apresentaram estratégias e resultados da operação na nova frequência.

Segundo o representante da rádio curitibana Banda B, André Canassa, estar na faixa AM representava um entrave para os negócios da emissora, já que a maioria dos grupos de mídia só investem em FM. “Desde a data da migração, já expandimos nossa base de clientes”, ressaltou.

Marcelo Cesario, da Rádio Capital (SP), também já colheu resultados. A estratégia de divulgação envolveu a distribuição de mil receptores de rádio entre os ouvintes. Durante a programação, os 36 comunicadores divulgam a novidade e ensinam os ouvintes a aderir à faixa 2.0. “No pós-pandemia, pretendemos ter equipe de promoção e distribuição de adesivos nas ruas”, anunciou.

Pioneira da migração no Recife (PE), a Rádio Comércio, representada por Jair Ventura, (PE), iniciou medições de sinal em comparação com outras duas emissoras locais e constatou que a recepção tem qualidade, com baixo índice de interferências ou ruídos. “Já percebemos reforço dos clientes”, afirmou.

AESP e AERJ analisam rádio do futuro

Em reunião virtual, as associações estaduais de radiodifusão de São Paulo (AESP) e do Rio de Janeiro (AERJ) anunciaram, na quinta-feira (22), uma parceria para modernizar a linguagem e dar visibilidade ao rádio no Brasil.

Batizado de “Rádio-Credibilidade, resultado e união nacional”, o projeto pretende chamar a atenção de clientes e profissionais de mídia para o impacto positivo do rádio na sociedade e a eficácia do meio para os negócios.

O presidente da AERJ, José Antonio do Nascimento Brito, chamou a primeira parceria entre as associações de oportunidade histórica. “O rádio oferece credibilidade, qualidade e velocidade. Temos que entender para onde ele está migrando”, explicou.

“O projeto é um grande passo, especialmente às vésperas do centenário do rádio. Os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo concentram a grande maioria do mercado, temos de trocar informações comerciais e regulatórias”, salientou Rodrigo Neves, presidente da AESP.

Diretor comercial da JB FM e da Rádio Cidade, Guilherme Rianeli apresentou estatísticas relacionadas ao meio, que apontam para um crescimento e presença cada vez maior no universo digital. Ele aposta em uma crescente valorização da comunicação em áudio, com a chegada do 5G ao Brasil e com a popularização dos smart speakers. “Precisamos unificar a linguagem dos mídias, que são cada vez mais jovens e conectados”, afirmou.

As estratégias do projeto envolvem encontros entre lideranças no mercado de marketing e palestras com comunicadores renomados. Novas ações da parceria ainda estão em desenvolvimento e serão anunciadas em breve.

Assista AQUI a transmissão

Métricas e planejamento no rádio em foco

“Invistam em métricas, capacitação comercial e artística para tornar as rádios relevantes para o mercado publicitário”. A dica é de Thiago Fernandes, fundador da Nextdial, startup de tecnologia especializada em censo digital de emissoras de rádio. Ele foi o convidado especial do webinário promovido pela Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT), na quarta quarta-feira (21).

Fernandes apresentou o tema “Entendendo e medindo a audiência de rádios nos ambientes online e offline” e apontou soluções para atrair anunciantes. Segundo ele, a grade curricular dos cursos de Publicidade passou a investir em métricas, planejamento e plataformas digitais. “É preciso tornar o rádio relevante para esse público”.

Durante a pandemia, a constatação é que o rádio voltou a ser incluído no planejamento publicitário das empresas. “Se passar a entregar essas informações, o meio passará por um crescimento grande e rápido”, acrescentou. De acordo com Fernandes, a internet via 5G e o crescimento do consumo de smart speakers vêm criando uma forte expectativa no setor.

Presidente da ACERT, Carmen Lúcia Dummar Azulai agradeceu o apoio das emissoras às campanhas que a Associação vem fazendo sobre os cuidados relacionados à COVID-19. Segundo ela, a radiodifusão deve usar a credibilidade para levar informações sobre a pandemia à população. “Não queremos nossos clientes com as portas fechadas novamente. As pessoas que estão no microfone têm muita importância porque os ouvintes acreditam no que dizemos. Nossa palavra tem força”, ressaltou.

Carmen pediu ainda que as emissoras associadas enviem à ACERT os comprovantes de veiculação e uma estimativa desse investimento financeiro no tema. “Precisamos mostrar quanto investimos em contribuir com a sociedade. Divulgamos tão bem os produtos mas divulgamos pouco o que é feito por nós”, alertou.

Kantar IBOPE apresenta solução que monitora audiência de rádios

O consumo de rádio tradicional e digital, o número de ouvintes e o tempo médio de audiência por faixa horária são alguns dos dados analisados pelo Extended Radio, ferramenta apresentada pela Kantar IBOPE Media que monitora o consumo integrado de emissoras AM/FM e online e avalia o desempenho da concorrência.

“O rádio vem acompanhando a evolução do consumo de mídia do brasileiro há décadas. Se a atenção do consumidor está cada vez mais fragmentada em tantas mídias, é preciso entender os pontos fortes do conteúdo de áudio em seus diferentes formatos e aproveitar as oportunidades para valorizar os espaços publicitários do meio. O Extended Radio vai facilitar a compreensão desses dados com a análise integrada de um consumo que já é multimídia”, explica Giovana Alcantara, diretora de Desenvolvimento de Negócios Regionais da Kantar IBOPE Media.

Com uma interface simples, a plataforma apresenta os dados de audiência ao vivo, coletados pela Kantar IBOPE Media, e os de streaming, analisados pela parceria entre a Triton Digital e a Nextdial, empresas especializadas em aferição de áudio digital.

Investimentos publicitários devem crescer 8,8% no Brasil

Apesar das transformações e desafios impostos ao mercado de comunicação pela pandemia de COVID-19, o desempenho positivo da publicidade em todo o mundo terá reflexos também no Brasil. De acordo com o Ad Spend Report, relatório elaborado pela Dentsu, em 2021, os investimentos publicitários no país devem crescer 8,8% na comparação com o ano anterior.

Em todo o mundo, o investimento em publicidade deve ser da ordem de US$ 634 bilhões, 10,4% maior em relação a 2020.

O relatório também aponta que a queda nos negócios publicitários ocasionada pela pandemia foi menos severa do que o previsto, gerando tendências que prevalecerão na indústria.

Os investimentos globais em publicidade na TV devem aumentar 7,1% em 2021, chegando ao valor de US$ 188,4 bilhões. Segundo o estudo, os responsáveis pelo incremento são os grandes eventos realizados este ano, como os Jogos Olímpicos e a Eurocopa, que costumam atrair grande audiência e, consequentemente, anunciantes.

Alemanha segue fiel ao rádio na pandemia

A pandemia de COVID-19 alterou os hábitos mundo afora, mas na Alemanha, um costume seguiu firme: o de ouvir rádio. A pesquisa “ma 2021 audio” sobre consumo de mídia revelou que 93% dos alemães ouvem rádio e a grande maioria é fiel às emissoras favoritas: 59% dos entrevistados afirmaram que não mudam de canal durante o dia. O número contraria as previsões do setor, que acreditava que a redução dos deslocamentos faria a audiência diminuir.

De acordo com o levantamento, 66 milhões de alemães ouvem rádio todos os dias, por cerca de quatro horas e meia. 57% usam o rádio para atividades relaxantes e 59% associam o meio à melhora do humor. Prova disso é que 71% dos entrevistados sintonizam o rádio quando estão no carro, 59% são ouvintes enquanto cozinham e 43% têm as emissoras como companheiras na hora das refeições.

"O entusiasmo pelo rádio, pela palavra falada, pelo entretenimento comum, pela transferência de conhecimento e por informações atualizadas e confiáveis tem uma amplitude enorme e torna este meio valioso para as pessoas", destaca a diretora executiva da empresa Radiozentrale, Grit Leithäuser.

O estudo conclui ainda que a crise sanitária demonstrou a confiança da audiência nos meios de comunicação profissionais. O rádio, para o público, é sinônimo de confiança, entretenimento e companhia durante as 24 horas do dia. Segundo o estudo, ele “é uma garantia de alcance para anunciantes para o reinício do novo normal”.

ACERT intensifica campanha sobre COVID-19

Os cuidados necessários no combate à COVID-19 estão no spot de 30” disponibilizado pela ACERT (Associação Cearense de Emissoras de Rádio e TV) para as rádios interessadas em veicular o material, gratuitamente, na programação.

A ACERT resolveu intensificar a campanha como forma de chamar a atenção dos cearenses para a chegada da variante Delta ao país, responsável pelo possível aumento dos casos de contaminação da doença no mês de agosto.

A presidente da associação, Carmen Lúcia Dummar Azulai, destaca que “é bom constatar que a vacinação está avançando e que os casos de COVID e óbitos apresentam redução em nosso estado, chamando a atenção, porém, para a preocupação real com o período de férias, pois o Ceará é um estado que atrai turistas e esse período estimula festas e aglomerações”.

Carmen ressalta também que as emissoras que veicularem o spot podem trocar a assinatura no final pela da própria rádio.

O spot está disponível AQUI.

If you can't read this email, please view it online