Edição nº 515 | 21 de maio de 2021

Áudio imersivo: nova tecnologia sonora ganha espaço no Brasil 

Imagine ligar a TV para acompanhar um jogo de futebol e poder ouvir apenas o som de uma das torcidas ou a voz do narrador. Durante uma corrida automobilística, escutar também a transmissão de rádio das equipes. Acionar a audiodescrição ou dar mais destaque aos diálogos de filmes e novelas. A novidade, batizada de áudio imersivo, já está disponível em salas de cinema do país e em fase de testes em algumas emissoras de TV brasileiras.

País mais adiantado na experiência com o áudio imersivo, desde 2017, todos os equipamentos de audiovisual da Coreia têm a tecnologia acoplada. A China também já escolheu um decodificador de áudio imersivo. Nos Estados Unidos e na União Europeia, os testes continuam.

No Brasil, o áudio imersivo está previsto na atualização da DTV Play (TV 2.5) e da TV 3.0. Durante a Semana Nacional de Comunicações, promovida de 7 a 10 de maio, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, assistiu a uma demonstração. Vídeos de shows e eventos esportivos foram exibidos em duas versões distintas: com e sem a nova tecnologia. O governo anunciou que irá apoiar a fase de testes a partir de julho, implementando o áudio imersivo de maneira experimental em universidades e institutos de pesquisa.

“A experiência do espectador ganhará mais imersão e interatividade”, destaca o consultor de áudio Ariel Henrique. Ele explica que o áudio imersivo é uma evolução do Surround 5.1. Além da emissão de som frontal e traseira, que dá a sensação de circundar o usuário, a nova ferramenta adicionou uma camada superior, que cria a impressão de que os sons vêm de cima, permitindo que a percepção sonora seja tridimensional, e não mais horizontal.

Segundo Ariel, a adoção da nova tecnologia não exige das emissoras mudanças no parque gráfico, o que reduz o impacto nos investimentos.

Em ambiente doméstico, a forma mais fácil de acessar o áudio imersivo é por meio dos sound bars, caixas de som acopladas aos aparelhos de televisão e equipadas com alto-falantes multidirecionais. Muitos aparelhos de TV disponíveis no mercado já são compatíveis com a funcionalidade e a tendência é que a nova tecnologia esteja acoplada em todos os televisores que saírem de fábrica.

A novidade também poderá ter custo zero para o consumidor. Em breve, estará disponível em fones de ouvido, aparelhos celulares ou tablets, já que a alteração é feita durante a mixagem do áudio, e não no aparelho receptor. Algumas empresas de streaming, inclusive, já oferecem áudio imersivo em seus planos de assinatura.

Ariel Henrique destaca que diversas funcionalidades, como a tecla SAP, exigem a transmissão de duas versões de streaming. Com a adoção da tecnologia, será possível ocupar apenas uma banda, tornando o processo de produção mais prático e econômico. Atualmente, o uso do programa de mixagem é gratuito, mas as empresas interessadas precisarão de equipamentos de autoração e decodificação, para criar e distribuir os metadados.

Emissoras cearenses terão linha de crédito especial para modernização de equipamentos

Em evento virtual que acontece na segunda-feira (24), a ACERT (Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão) e o BNB (Banco do Nordeste do Brasil) firmarão um convênio de cooperação para modernização de máquinas e equipamentos das emissoras de rádio e TV associadas.

O Acordo de Cooperação Técnica e Financeira oferecerá linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e implementará ações conjuntas com foco na realização de negócios que promovam a inovação em produtos e serviços.

A presidente da ACERT, Carmen Lúcia Dummar Azulai, e do BNB, Romildo Rolim, participarão da assinatura do convênio.

Kantar detalha comportamento do rádio durante pandemia

“O rádio sempre foi companheiro dos ouvintes e, na pandemia, essa relação ficou mais intensa. Ele está relacionado à confiança na marca da emissora e no comunicador, transmite credibilidade e é muito importante na tomada de decisões”. A opinião é da diretora de Desenvolvimento de Negócios da Kantar IBOPE Media, Adriana Fávaro, convidada do evento virtual AESP Talks, realizado na quarta-feira (19). Durante a participação, ela detalhou informações obtidas pelo estudo “Inside Advertising”, divulgado recentemente pela empresa.

Em 2020, destacou, o comportamento do ouvinte de rádio passou por diversas transformações: logo que souberam da existência do novo coronavírus, as emissoras registraram uma maior busca por notícias. Conforme a crise ganhava espaço, a informação deu lugar ao interesse por entretenimento e companhia. “O rádio soube estar presente em toda a jornada do consumidor”, elogiou.

A profunda interação com a comunidade também foi um ponto positivo do meio durante a crise sanitária. Segundo a executiva da Kantar, o rádio é o melhor instrumento para mapear as necessidades e os anseios de cada região. “Quando um anunciante decide veicular seu negócio em uma emissora, não leva em conta só a audiência. Quer também associar sua imagem à marca construída, à credibilidade, à capilaridade”, avaliou.

Apesar de sofrer retração após o surgimento da pandemia de COVID-19, o mercado publicitário voltou a se movimentar no fim de 2020. Em 2021, diante da chamada “segunda onda”, as oscilações registradas no segmento de mídia publicitária foram bem menores, e marcas fortes sofreram menos, além de se recuperarem nove vezes mais rápido do que as demais.

A conversa teve participação do presidente da Associação das Emissoras Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), Rodrigo Neves, e mediação do radiodifusor Marco Moretto.

TSE lança campanha sobre segurança da urna eletrônica

A segurança do sistema de voto eletrônico é tema de campanha desenvolvida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que está disponível para as emissoras de rádio e TV interessadas em veicular, de forma voluntária, o material. O conteúdo foi desenvolvido para combater as falsas informações que questionam a inviolabilidade das urnas.

Em vídeo, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que a urna eletrônica assegura confiabilidade e agilidade na apuração. “O sistema é totalmente transparente e auditável, do primeiro ao último momento. Ou seja, qualquer pessoa pode conferir tudo o que foi feito”, explicou.

Segundo o ministro, a tecnologia apresenta 30 camadas de segurança e nenhum de seus componentes está conectado à internet, o que impede a ação de hackers. Lançado há 25 anos, o sistema do voto eletrônico não registrou qualquer fraude.

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Coletivo de jornalistas debate temas atuais

Analisar fatos da atualidade em debates virtuais transmitidos ao vivo. Essa é a proposta do coletivo Jornalistas Online, formado por 20 profissionais de imprensa com experiência em rádio, TV, jornalismo impresso e digital.

A primeira edição, na semana passada, abordou a CPI da COVID-19. Na próxima rodada, o tema será fome. “Os entrevistadores vão mudando, cada um levando sua experiência. E muitos dos jornalistas do coletivo já foram editores, chefes em grandes veículos, pessoas de muita experiência”, destaca Sylvia Jardim, uma das criadoras do coletivo.

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