Edição nº 539 | 12 de novembro de 2021

Presidente afirma que desoneração da folha de pagamentos será prorrogada

Em cerimônia no Palácio do Planalto, na quinta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo vai prorrogar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, entre eles o de radiodifusão, por mais dois anos. O anúncio foi feito após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Tereza Cristina, que teve a participação de representantes dos setores.

“Isso tem a ver com a manutenção de emprego. Estamos numa situação de pós-pandemia”, afirmou Bolsonaro.

Na quarta-feira (10), em parecer favorável ao projeto de lei que prorroga até o final de 2026 a desoneração da folha de pagamentos, o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), destacou que “a proposta vai ao encontro da necessidade de alavancar a economia brasileira no contexto em que o país vive".

A expectativa de Freitas é que o projeto seja analisado pela CCJ na próxima semana, de forma conclusiva, sem apresentação de recurso ao plenário. Se aprovado pela comissão, o texto seguirá direto para análise do Senado.

Prevista para acabar no fim do ano, a desoneração da folha permite às empresas substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%.

A manutenção da desoneração da folha de pagamentos tem a atenção especial da ABERT, que não poupa esforços para que a radiodifusão tenha a alíquota diferenciada, de modo a contribuir para a geração de empregos no Brasil.

Caíque Agustini é eleito presidente da AERP para biênio 2022/2024


Em assembleia geral realizada na quinta-feira (11), a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP) elegeu o empresário e proprietário da rádio FM Verde Vale, Caíque Agustini, para a presidência da entidade no biênio 2022/2024.

A cerimônia oficial de posse será em 31 de janeiro de 2022.

Então vice-presidente da AERP, Agustini assumiu o comando da associação paranaense em abril deste ano, após a morte do radiodifusor Michel Micheleto, por complicações provocadas pela COVID-19. Micheleto foi eleito em 31 de janeiro de 2020 para o biênio 2020-2022.

De acordo com Agustini, para a nova gestão, o foco será uma radiodifusão inovadora com base na credibilidade.

Debate aponta perspectivas positivas para o rádio em 2022


O papel do rádio e as perspectivas do meio para o próximo ano foram tema de debate que reuniu representantes de associações estaduais de radiodifusão, de sindicatos e jornalistas, durante encontro virtual promovido pela Cadena Sistemas, na segunda-feira (8).

O presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT), Luciano Pimenta, demonstrou otimismo ao apontar um cenário favorável para o rádio em 2022. Segundo ele, a interação de ouvintes por meio de múltiplas plataformas gera uma grande expectativa mercadológica.

Sobre o cenário das eleições do ano que vem, Pimenta recomenda cautela na divulgação de notícias envolvendo a cobertura eleitoral. “Temos que lembrar que o rádio é um veículo de credibilidade e o nosso compromisso é irrestrito com a verdade. Tenho certeza que 2022 será um ano com a propagação de fake news e temos que tomar o maior cuidado para não divulgarmos nenhuma notícia falsa. Não temos que ter informação mais rápida, temos que ter informação verdadeira”, enfatizou.

Para o presidente da Associação de Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), Rodrigo Neves, o crescimento da audiência do rádio durante a pandemia mostra o exponencial do meio de comunicação. “O rádio tem uma capilaridade que nenhum outro veículo de comunicação possui. Durante essa pandemia, o rádio vem prestando informações diuturnamente e nunca paramos com os serviços essenciais, e isso nenhuma outra mídia social faz”, afirmou.

Ana Paula Melo, presidente do Sindicato de Empresas de Rádio e Televisão de Santa Catarina (SERT/SC), afirmou que o turismo e os eventos estão voltando a ser realizados no estado e que a expectativa é grande para a retomada do mercado.

Ana Paula citou dados de uma pesquisa recente sobre a audiência do rádio em SC, que apontam que 74% dos catarinenses ouviram rádio nos últimos 90 dias e que 75% confiam nos comerciais de rádio.

“O ano da pandemia foi bem difícil, com uma queda de faturamento expressiva das emissoras, mas estamos confiantes de que o próximo ano será muito melhor em relação à publicidade, verba pública e privada”, pontuou.

Já o representante da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do Rio de Janeiro (AERJ), André Dias, lembrou a capacidade que o rádio tem para se reinventar. “É impressionante como o rádio tem o poder de transformação, de renovação, de crescimento e de revolução. Ele nunca será sinônimo de extinção de linguagem de comunicação”, disse.

Dias comentou ainda sobre o poder de propagação de conteúdo dos podcasts, ferramenta que, segundo ele, precisa ser bem explorada e trabalhada em todas as rádios. “As pessoas cada vez mais querem decidir onde, como e quando consumirão os conteúdos. Chegou a vez de o rádio se adaptar a esse novo comportamento do consumidor”, alertou.

Para a gerente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT), Cinthia Pinheiro, além da credibilidade que o rádio tem para divulgar conteúdos, o meio é “essencial para o sucesso de seus anunciantes”.

Daniel Starck , diretor do Tudorádio, apresentou um panorama sobre o desempenho positivo do rádio, a partir de pesquisas sobre o meio. “O consumo vai continuar elevado, mas considero fundamental apresentar o rádio como uma alternativa comercial forte para quem não conhece o meio, unificando o discurso com emissoras e empresas do setor, como forma de entender esse cenário. Se não tomarmos cuidado, é bem possível matar essa relevância do rádio aos poucos, justamente pelo desconhecimento, e não porque o meio não é eficaz”, alertou.

Eleições 2022: TSE receberá sugestões sobre resoluções

Durante dois dias, em 22 e 23 de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará audiências públicas virtuais para aperfeiçoamento das minutas das resoluções que regerão as eleições de 2022 e da proposta de regulamentação para as Missões de Observação Eleitoral.

Poderão participar das audiências representantes de partidos políticos e de instituições públicas e privadas, advogados e demais pessoas interessadas.

As minutas das resoluções já estão disponíveis para consulta prévia e as sugestões podem ser enviadas por escrito, por meio de formulário eletrônico.

A primeira audiência pública, em 22 de novembro, abordará as minutas de resolução que tratam dos temas arrecadação e gastos de recursos e prestação de contas nas eleições, além do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o chamado Fundo Eleitoral.

No mesmo dia, também serão coletadas sugestões para as minutas de resolução que tratam de propaganda eleitoral, horário gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral; pesquisas eleitorais; e procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação.

Na manhã do dia 23, serão ouvidas as contribuições sobre quatro minutas de resolução: escolha e registro de candidatos; representações, reclamações e pedidos de resposta previstos na Lei nº 9.504/1997; atos gerais do processo eleitoral; e totalização dos votos e proclamação dos resultados das eleições.

Já a parte da tarde está reservada para a minuta que trata da regulamentação das Missões de Observação Eleitoral, sob a coordenação e relatoria do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

As audiências públicas serão transmitidas ao vivo pelo canal da Justiça Eleitoral no YouTube.

Após as audiências, as contribuições recebidas serão examinadas e encaminhadas ao plenário do TSE, para análise em sessões administrativas.

100 anos do Rádio: acompanhe nas redes sociais da ABERT

Recém-eleita para a Academia Brasileira de Letras, a imortal Fernanda Montenegro começou a carreira artística na Rádio MEC, emissora que sucedeu a pioneira Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, de Edgard Roquette-Pinto.

A atriz nasceu Arlette Pinheiro da Silva, no Rio de Janeiro, em 16 de outubro de 1929. Aos 15 anos, se inscreveu num concurso da rádio para ser locutora. Com voz e dicção perfeitas, logo chamou a atenção dos colegas e do público.

Da locução foi para o radioteatro. “Sinhá Moça Chorou” foi sua primeira peça. Ao lado da emissora do Ministério da Educação, estava a Faculdade de Direito, onde um grupo de teatro amador a convidou para participar das apresentações.

Fernanda Montenegro foi descobrindo seu gosto pelo palco, enquanto estudava Secretariado. Teatro Ginástico, Teatro Copacabana, Teatro do Estudante, TBC, Teatro dos Sete…Uma vida dedicada à arte, palco a palco. Com a chegada da TV Tupi no Rio de Janeiro, em 1951, logo se destacou no novo meio, em especial com o teleteatro "Grande Teatro Tupi".

Teve como amigos de palco Sérgio Britto, Nathalia Timberg e Ítalo Rossi. Entre suas grandes parcerias, aquele de uma vida toda: Fernando Torres, seu marido e pai da atriz Fernanda Torres.

Em novelas, séries, filmes e peças, Fernanda conquistou o mundo. O rádio foi o ponto de partida de uma grande carreira, repleta de prêmios, como o Emmy, pela atuação em “Doce de Mãe”, e até mesmo uma indicação ao Oscar, como melhor atriz pelo filme “Central do Brasil”.

“A Muralha”, “Sangue do Meu Sangue”, “Guerra dos Sexos”, “O Auto da Compadecida”, “Passione”, “Belíssima”… Difícil enumerar qual sua melhor atuação.

Além dos livros que publicou, Fernanda Montenegro deu voz a grandes personagens de nossa literatura com seus trabalhos. Uma história que começou num verdadeiro poço da imaginação, onde a narração se transforma magicamente em imagens, dentro da nossa cabeça. Que lugar é esse? O rádio. Aplausos a Fernanda Montenegro!

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Morre Luiz de França, fundador da TV Asa Branca e do Grupo Nordeste de Comunicação

O empresário, engenheiro e radiodifusor Luiz de França Leite, sócio-fundador da TV Asa Branca, afiliada da TV Globo em Caruaru (PE), e do Grupo Nordeste de Comunicação, morreu na quinta-feira (11), aos 72 anos, em São Paulo (SP). França estava internado com problemas pulmonares havia 15 dias.

Ao lado do jornalista Vicente Jorge, Luiz de França traçou os primeiros projetos para a fundação de uma nova emissora de televisão, que levasse informação para o Agreste, o Sertão e a Mata Sul de Pernambuco. Em 1991, a TV Asa Branca fez a primeira transmissão, tornando-se referência na região há mais de três décadas. Fundou também o Grupo Nordeste de Comunicação, que integra os portais g1 e ge de Caruaru e Região, além das rádios CBN Caruaru e Recife.

Em nota, a ABERT lamentou a morte de Luiz de França e destacou que o empresário “deixa um importante legado à comunicação pernambucana e às futuras gerações de jornalistas”. O velório e enterro do empresário acontecem nesta sexta-feira (12), em Caruaru.

 

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