Edição nº 569 | 10 de junho de 2022

Ações lembram Dia da Liberdade de Imprensa

No Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, celebrado em 7 de junho, veículos de comunicação, parlamentares e autoridades públicas chamaram a atenção para os números preocupantes de agressões, ameaças e intimidações sofridas pelos jornalistas brasileiros. 
 
Uma ação inédita em defesa do jornalismo profissional mobilizou todos os jornais impressos e sites do consórcio de veículos de imprensa – formado por g1, TV Globo, GloboNews, O Globo, Extra, Valor Econômico, CBN, Estadão, Rádio Eldorado, Folha de S.Paulo e UOL – que publicaram reportagens sobre o assunto, além de um anúncio de página inteira e uma tarja preta no alto de suas capas.

Dois dias antes da data, o Brasil soube do desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, durante viagem ao Vale do Javari, em Atalaia do Norte (AM), área de exploração irregular de minério.

Em nota, a ABERT considerou “crítica e inaceitável a falta de informações oficiais” sobre o sumiço dos dois profissionais e cobrou das autoridades brasileiras celeridade na apuração e esclarecimento do caso e localização de Dom Phillips e Bruno Pereira.

No Congresso Nacional, parlamentares citaram o Relatório da ABERT sobre os casos de violações à liberdade de expressão em 2021 e lamentaram que a imprensa tenha “muito pouco a comemorar”. No plenário do Senado, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) mencionou os números apurados pela ABERT no ano passado, quando pelo menos 230 profissionais e veículos de comunicação sofreram algum tipo de ataque, 22% a mais do que em 2020.

— O que nós temos, na verdade, de forma muito clara? Nós temos xingamentos, nós temos ameaças de morte, nós temos violência física e nós temos intimidações, afirmou.

Dia Nacional da Liberdade de Imprensa

Em 7 de junho de 1977, cerca de 3 mil jornalistas assinaram um manifesto que exigia o fim da censura e instauração de uma imprensa livre no Brasil. O ato corajoso ocorreu em plena ditadura militar, durante o governo do general Ernesto Geisel. Nessa época, os censores estavam sempre presentes nas redações dos jornais, apagando todas as críticas ao governo. Prisões, torturas e até mesmo a morte aguardavam os jornalistas brasileiros que contrariassem a determinação. Um ano e meio antes, em 1975, o então diretor da TV Cultura, Wladimir Herzog, foi torturado e assassinado por agentes da repressão numa das celas do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo, órgão que cerceava a liberdade de imprensa. A data tem em Herzog um dos principais homenageados.

TVRO: migração para banda Ku depende de dados do Ministério da Cidadania

Em audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados, representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das operadoras de telecomunicações debateram, na quinta-feira (9), os entraves logísticos das empresas para a implantação do 5G no Brasil.  O atraso na liberação das faixas de espectro para o início das operações de 5G foi confirmado pelo superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, Vinicius Caram, que apresentou o cronograma inicialmente previsto e a logística de distribuição gratuita dos kits de recepção dos sinais de TV via satélite (TVRO) em banda Ku aos beneficiários dos programas sociais.

“Houve um pequeno atraso porque não tivemos acesso à base do CadÚnico (Cadastro Único) do Ministério da Cidadania”, afirmou.

A base de dados do CadÚnico é fundamental, já que o edital do 5G estabeleceu como obrigação que a faixa de 3,5 GHz só poderia ser liberada depois de iniciada a distribuição e instalação dos kits de recepção em banda Ku nos domicílios de famílias do CadÚnico que tenham antenas parabólicas.

“Seriam necessários 357 kits para evitar a interrupção nas transmissões, mas chegaram apenas 50. À medida que os equipamentos forem chegando, vamos garantir a liberação da faixa e implementação do 5G”, disse Caram.

Segundo Caram, o adiamento por 60 dias da entrada em operação da faixa 3,5 GHz pode ser revisto e antecipado. Na próxima semana, uma reunião do GAISPI (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na Faixa de 3.625 a 3.700 MHz) poderá anunciar novidades.

"O atraso do cronograma se deve à falta de instalação dos filtros que não chegaram. Existe a possibilidade de antecipação assim que os kits chegarem. O superintendente da Anatel garantiu ainda que a limpeza da faixa será feita até o dia 29 de agosto nas capitais brasileiras. “Talvez tenhamos problemas satelitais em Belém e Manaus, mas quem sabe grande parte das capitais já não entre em julho? Estamos trabalhando para isso. A partir do momento que os insumos estiverem aqui, as operadoras estarão liberadas. Também a distribuição dos kits de TVRO deverão cumprir este prazo”, concluiu.

Ao final, Caram disse que aguarda uma publicação do Diário Oficial com autorização para usar a base de dados do Ministério da Cidadania, o que garantirá o cumprimento do prazo.

Também participaram da reunião Basílio Perez, integrante do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint); Vivien Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra) e Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital.

Novos projetos podem ter mentoria e apoio financeiro

As emissoras de rádio e TV têm até hoje (10) para fazer a inscrição em mais uma categoria do "Programa Acelerando a Transformação Digital", desta vez com foco em educação midiática e combate à desinformação.

Organizações, empresas e veículos de comunicação que participaram das fases de treinamento realizadas nos últimos meses em parceria com associações de mídia do Brasil (ABERT, AJOR, ANER e ANJ) podem aplicar seus projetos para concorrer a 12 horas de mentoria e apoio financeiro de até US$ 15,000.

A iniciativa do International Center for Journalists (ICFJ), em parceria com o Meta Journalism Project, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, tem como objetivo apoiar as organizações jornalísticas no desenvolvimento de projetos ou produtos digitais focados na luta contra a desinformação, tais como combate às fake news, verificação de fatos e alfabetização sobre mídia digital, em especial os que envolvam a manutenção ou o desenvolvimento de audiências jovens.

Para a inscrição, os participantes devem atender a alguns requisitos, descritos no site do ICFJ, incluindo a participação de 75% da fase de treinamento em qualquer uma das edições anteriores do programa.

É permitida a inscrição de apenas um projeto por empresa (AQUI).

A série de programas “Acelerando a Transformação Digital” tem por finalidade ajudar as organizações de notícias, de todos os tamanhos e regiões do país, a promover a transformação digital, construir modelos de negócios sustentáveis, dentro e fora do Facebook, desenvolver novos públicos e fortalecer sua cobertura em todo o país.

100 anos do Rádio


Como o rádio sobreviveu nos anos 1920?

Nos Estados Unidos, anúncios foram a solução, e, na Europa, a estatização, com taxas ao ouvinte impostas por lei. Já no Brasil, grupos privados tinham o compromisso de difundir cultura aliada a entretenimento e informação, em clubes e sociedades radiofônicas. Com o veto à publicidade paga, as contribuições eram insuficientes para as produções.

No 1º Congresso Nacional de Comunicação (1971), o radialista Hélio Thys contou: “entrava como sócio contribuinte quem quisesse fazê-lo por livre e espontânea vontade. Muitos se inscreviam, mas não pagavam”. O presidente Getúlio Vargas (foto) então liberou a publicidade paga, com o decreto-lei 21.111, de 1932.

Também foram regulamentados os serviços de radiocomunicações, incluindo a radiodifusão de forma completa.

A medida deu sobrevida ao rádio e uma guinada em seu processo de expansão, criando maior estrutura. Os comerciais ocuparam até 10% das atrações, com anúncios de 30 segundos. Nascia a “Era do Rádio”.

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Presidente da ABERT estreia série de podcasts da AMIRT

O lançamento da série de podcasts da Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) sobre os 100 anos do rádio no Brasil teve a participação do presidente da ABERT, Flávio Lara Resende.

No bate-papo, Lara Resende falou sobre as homenagens da ABERT ao centenário das primeiras transmissões de rádio no Brasil, além de traçar um panorama geral da radiodifusão no país, novos formatos e as perspectivas do mercado.

De acordo com a AMIRT, radialistas, locutores e referências do mercado publicitário local e nacional contarão a história do rádio brasileiro em 17 episódios, que serão publicados sempre aos sábados. Para ouvir, clique aqui.

AESP faz balanço da NABShow 2022

Após dois anos sem eventos presenciais em decorrência da pandemia de COVID-19, representantes do setor de radiodifusão de São Paulo se reuniram na terça-feira (7) para fazer um balanço da NABShow 2022, considerada a maior feira mundial de radiodifusão, que leva milhares de profissionais do rádio e da TV a Las Vegas (EUA).

Promovido pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), o encontro contou com a presença de empresários que participaram do evento americano.

“Nos EUA, o setor vive um momento positivo em vários sentidos, tanto pelo retorno dos eventos presenciais como também com as possibilidades para a radiodifusão. Eles transbordavam euforia com o rádio”, enfatizou Rodrigo Neves, presidente da AESP.

Neves citou dados da Global Entertainment and Media Outlook 2017-2021 (PWC), que apontam o crescimento no mercado de publicidade de rádio de US$ 18,2 bilhões em 2016 para US$ 19,1 bilhões em 2021.

Para a empresária Carolina Sasse (Cadena), é necessário que uma emissora de rádio se reposicione como uma empresa de marketing, oferecendo soluções em diferentes modalidades de entrega de conteúdo. Já os empresários Marcelo Monteiro, diretor do Grupo Monteiro de Barros de Comunicação e Lucas Monteiro, diretor da Rede Vida de Televisão, apresentaram as novidades em equipamentos para vídeo e na área de inteligência artificial que foram expostos na feira.

Também prestigiaram o evento, o diretor do Comitê Técnico da AESP, Eduardo Cappia, o diretor da Brasvídeo, Martin Bonato, e o diretor de Engenharia e Tecnologia do Grupo Bandeirantes, Thiago Perrela.

 

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Lei do Radialista: AGERT esclarece dúvidas 

O SindRádio e a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT) promoverão, na próxima terça-feira (14), em Porto Alegre (RS), um encontro para esclarecer dúvidas sobre o novo quadro de funções da Lei do Radialista (Decreto 9.329/2018) e sua aplicação, além de debater práticas trabalhistas.

Voltado para os gestores, contadores e profissionais de Recursos Humanos das emissoras, o encontro terá a participação do presidente da AGERT, Roberto Cervo Melão, além dos representantes jurídicos da Rádio Guaíba, Patrícia Baldasso, e do Grupo RBS, Cláudio Massetti. A mediação estará a cargo de Guilherme Guimarães, da Silveiro Advogados.

As inscrições podem ser feitas aqui

Corrente de solidariedade


Pernambuco está precisando de nossa ajuda e a ABERT está nessa corrente de solidariedade.

Você pode ajudar doando roupas, sapatos, cobertores, toalhas, roupas de cama, alimentos, água, fraldas... toda doação será bem-vinda, pois mostrará a essas pessoas que ninguém está sozinho.

Entre no site https://abert.org.br/solidariedade/e doe essa esperança!

https://youtu.be/G25BwS_svmM

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