Edição nº 592 | 18 de novembro de 2022

Radiodifusores de todo o país prestigiam maior evento do setor

A ABERT abriu, na noite da quarta-feira (16), o 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, considerado o maior evento do setor. A edição deste ano "Rádio e TV: para todo mundo, em todo lugar" celebrou os 100 anos do rádio, 72 anos da TV aberta e o aniversário de 60 anos da entidade, com a presença de autoridades, entre elas o vice-presidente da República eleito Geraldo Alckmin, e mais de 700 profissionais do setor de todo o país.

Na cerimônia de abertura, o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, lembrou de vitórias recentes da radiodifusão lideradas pela associação.

No caso do rádio, ele destacou a migração do AM para o FM. “O processo está perto de ser concluído, graças à ativa participação da ABERT nos estudos técnicos para viabilização do maior número possível de canais e à compreensão do Ministério das Comunicações e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre a importância desta medida para as emissoras”, disse.

Lara Resende também ressaltou que em breve será viabilizada a recepção gratuita do serviço de rádio FM em todos os aparelhos celulares do país. “Hoje, o rádio está em todas as plataformas, pronto para ser acessado onde, quando e como o ouvinte quiser”.

No que diz respeito à TV aberta, o presidente da ABERT frisou que o país está em fase final de implementação do sinal digital. “Em 2019, 61,5 milhões de domicílios tinham conversor de sinal digital para televisão aberta, o equivalente a 89,9% dos domicílios com televisores no país. Já em 2021, são 62,3 milhões de domicílios, o que equivale a 90,9% dos domicílios com TV”, afirmou.
 
Olhando para o futuro, Lara Resende disse que caminha a passos largos a implantação da migração dos sinais do serviço de TV por satélite da banda C para a banda Ku, serviço complementar à televisão digital terrestre.

“Em nossa visão de futuro, chegaremos em poucos anos à TV 3.0., que partirá para a completa integração entre o serviço de radiodifusão e a internet, com todos os ganhos que este casamento irá proporcionar ao telespectador e ao nosso modelo de negócios, sempre moderno e dinâmico”, afirmou.

O presidente da ABERT disse ainda que é preciso avançar, com urgência, no estabelecimento de uma precificação de direitos autorais condizente ao tamanho da indústria de radiodifusão. Atualmente, segundo ele, o rádio paga grande parte da contribuição ao ECAD, em evidente desproporção ao peso do meio quando comparado às mídias.

“Considerando a boa relação que sempre norteou e a radiodifusão e a classe artística, é fundamental que as negociações entre a ABERT e o ECAD avancem de modo a se reduzir e redimensionar o custo desta contribuição autoral”, afirmou.

Lara Resende lembrou também do trabalho da entidade na defesa da liberdade de imprensa e no combate à desinformação, sobretudo no recente período eleitoral. “Estaremos sempre atentos a esse direito, garantido pela Constituição, mas que exige constante e contínua vigilância”, disse.

O presidente da ABERT também abordou os desequilíbrios que persistem no setor. “É preciso que as empresas de tecnologia, as plataformas digitais, que exercem grande influência sobre o conteúdo midiático à disposição da população, e possuem amplo poder de direcionamento de programação, atuando efetivamente como empresas profissionais de mídia e concorrendo de forma direta pelo mercado publicitário com as emissoras de radiodifusão, observem regras mais simétricas em relação ao setor de mídia”, afirmou.

Para o presidente da ABERT, é necessária a atenção definitiva do Congresso Nacional ao tema, “de modo a impor a responsabilização destas empresas e plataformas pela divulgação de conteúdo disponibilizado na rede mundial de computadores, em especial quando se verificar a veiculação de notícias falsas ou informações direcionadas e impulsionadas eletronicamente, com fins lucrativos”.

Flexibilização

Maximiliano Salvadori Martinhão, secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, destacou os avanços obtidos nos últimos anos, com ênfase na desburocratização, flexibilização de normas e modernidade do setor. “Era nosso desafio tornar o Brasil país referência na democratização do acesso à tecnologia de comunicação, na promoção da liberdade de pensamento e na garantia do direito à informação de qualidade”, disse.

Ele citou como avanços importantes a flexibilização do horário de retransmissão da Voz do Brasil, o parcelamento do preço público de outorga, o Programa Digitaliza Brasil (por meio do qual 1638 cidades passarão a ter o sinal digital de televisão), a consolidação da migração de AM para FM, a recepção de rádio FM em aparelhos celulares e as transmissões de faixa estendida, que permitirão a inclusão de novos canais no espectro. Destacou ainda uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB) por meio da qual está sendo concluída a consolidação de todas as portarias do setor, quase 150, em um único documento.

Em seu discurso, o representante do Senado, senador Carlos Portinho (PL-RJ) enfatizou a importância da radiodifusão para as liberdades de expressão e de imprensa, além da construção, a partir do Congresso Nacional, de uma legislação que possa coibir a desinformação que circula na internet e, ao mesmo tempo, fortalecer as liberdades.

O deputado Eli Corrêa Filho (União-SP), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Radiodifusão, agradeceu a interlocução com a ABERT nos últimos anos, o que facilitou uma série de vitórias na defesa do setor. Para ele, a radiodifusão ajuda, na prática, a construir a identidade do brasileiro. Já o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin lembrou que a garantia de liberdades de imprensa e de expressão, defendidas pela ABERT, são sinônimo de civilização.

Homenagens

Na noite desta quarta-feira, a ABERT também entregou Medalhas do Mérito da Radiodifusão a personalidades do setor. Foram homenageados o ex-presidente da ABERT e vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo; o diretor de Rádio da ABERT e responsável pela elaboração dos estudos de migração dos quase dois mil canais de AM para FM, André Luís Ulhoa Cintra; e o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Radiodifusão, Eli Corrêa Filho.

Houve também três homenagens póstumas, por meio da Medalha Assis Chateaubriand, lembrando Michel Micheleto, membro do Conselho Superior da ABERT e presidente da Associação de Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP); o jornalista José Paulo de Andrade, um ícone do jornalismo radiofônico; e José Inácio Gennari Pizani, que foi presidente da ABERT no período de 2004 a 2006.

Painel debate simetria de regras na mídia

A necessidade de estabelecer simetria de regulação entre as organizações jornalísticas, em especial do setor de radiodifusão, e as grandes empresas de tecnologia foi o tema central do primeiro painel da quinta-feira (17), no 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, promovido pela ABERT.

O painel foi aberto por rápida palestra do vice-presidente da National Association of Broadcasters (NAB), Patrick McFadden. Segundo ele, a radiodifusão segue vibrante, conectando as pessoas à informação e entretenimento de forma livre e gratuita e adaptada às novas tecnologias. No entanto, sofre para permanecer competitiva diante das grandes empresas de tecnologia, no que diz respeito às receitas com publicidade e audiência.

McFadden disse que, nos Estados Unidos, tramita no Congresso uma legislação que, se aprovada, permitirá que os veículos de comunicação negociem em conjunto com as big techs a remuneração por conteúdo difundido. “Os legisladores e os reguladores podem nos ajudar a obter uma remuneração justa para nossas empresas”, afirmou.
 
“Não estamos pedindo esmolas, mas apenas a condição de poder negociar com as grandes empresas de tecnologia”, ressaltou McFadden. De acordo com ele, diante dessa legislação será necessário também estabelecer uma norma clara para elencar os veículos aptos a receber essa remuneração, tendo como principal quesito a prática de jornalismo profissional. “É preciso um processo de seleção em que todos devem estar sujeitos a regulações e à produção de conteúdo de qualidade.

Negociação transnacional

Já na etapa de debate entre os painelistas, o presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), Eugenio Sosa, destacou que os países do continente americano já têm um amplo diagnóstico da busca por simetria com as empresas de tecnologia. “Estamos indo bem, temos buscado nivelar os conhecimentos da região, mas temos de ser mais rápidos e partir para a ação”, disse. Ele enfatizou que acha necessário criar um ambiente de negociação transnacional, a exemplo do que faz a União Europeia (UE), sem, porém, invalidar as negociações locais.

O vice-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Moisés Moreira, lembrou que, de fato, os radiodifusor assume uma série de responsabilidades já na outorga do serviço, ao contrário do que ocorre com as big techs. Apesar disso, ele afirmou que a Anatel conduziu, nos últimos anos, procedimentos que beneficiaram a radiodifusão, tal como o processo de digitalização e a possibilidade de as empresas do setor atuarem como serviço de streaming.
 
Conselheiro da Autoridade Nacional de Comunicações de Portugal (Anacom), Sandro Mendonça defendeu a regulamentação do setor de forma a garantir simetria nas regras aplicadas às big techs e as empresas de radiodifusão até para garantir uma “higienização da mídia”, potencializando o combate à desinformação e ao discurso de ódio. Ele lembrou ainda da necessidade de uso responsável dos dados.
 
A mediação do painel foi feita pelo presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, que salientou que o setor está empenhado em garantir paridade entre os veículos de comunicação e as empresas de tecnologia. “Não somos contra as big techs, apenas queremos os mesmos deveres e os mesmos direitos”, afirmou.

Lara Resende, disse que a ABERT defende a aprovação urgente do PL das Fake News (2630/2020) para garantir a equiparação de regras e, também, a remuneração dos veículos de comunicação por parte das grandes empresas digitais. “Sem jornalismo inexiste a democracia e floresce a desinformação e discurso de ódio”, concluiu Lara Resende.

Rádio se adapta e oferece informação com credibilidade e colaboração

Nos seus 100 anos, o rádio segue atual, útil, apaixonante e distribuído nas mais variadas plataformas e canais. Essa é a síntese do segundo painel do 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado nessa quinta-feira (17) em Brasília.

A sessão reuniu Eduardo Oinegue, apresentador da BAND, Milton Jung, radialista da Rádio CBN, e Roberto Araújo, CEO do Grupo Jovem Pan. A conversa foi mediada por Diogo Gonçalves, presidente-executivo da Rádio Itatiaia.
 
“O rádio é mais que uma mídia, é um jeito de comunicar”, disse Jung em sua explanação. O radialista mostrou que, ao longo dos anos, as emissoras de rádio foram se adaptando às novas tecnologias e, com isso, ocupando os mais diferentes espaços, como os carros, os celulares e o streaming.

Mesmo nos momentos mais difíceis, disse Jung, o rádio se fortalece. “Na pandemia, sem o deslocamento das pessoas, houve quem pensasse que o rádio perderia audiência. Mas isso não ocorreu”, destacou. Segundo pesquisas, continuou o radialista, 83% das pessoas tinham ouvido o rádio, cuja confiança cresceu em 20% no período. “As pessoas foram buscar informação nas fontes confiáveis, no rádio. Informação, emoção e companheirismo”.

Segundo Jung, o rádio se caracteriza pela interação, personalização, velocidade, mobilidade e múltiplas plataformas. Se comparado às redes sociais, afirmou, a diferença central está na sua credibilidade.

O radialista frisou, entretanto, que as rádios dependem de recursos humanos. “Rádio se faz com gente. Não há planejamento que sobreviva sem o profissional do rádio”, assinalou.

A visão de Eduardo Oinegue, ao contrário de Jung, que cresceu acompanhando o trabalho do pai em emissora de rádio, é de quem se formou em jornalismo impresso e ingressou no rádio mais recentemente. “O rádio é um acordo entre a escolha pessoal e a curadoria oferecida pela emissora”, disse.

Para Oinegue, a radiodifusão também é feita de diversidade, sem perder a integridade, e de sinergia. “No rádio, o ouvinte corrige os radialistas durante o programa, é uma participação mais envolvente que nas redes sociais. O rádio tem um espírito de colaboração”. O jornalista afirmou ainda que o rádio é instrumento essencial no combate às fake news.

Roberto Araújo, por sua vez, enfatizou a flexibilidade das emissoras de rádio. “Nós fazemos conteúdo que pode ser distribuído em diferentes canais”, afirmou. “Se daqui a 10 anos o rádio for distribuído por telepatia, a gente vai estar lá transmitindo.

O executivo também abordou a necessidade de defesa das liberdades de imprensa e de expressão. Ele lembrou que, no Brasil, a Constituição veda a censura e que os crimes contra a honra estão previstos na legislação.

Jornalismo é o melhor antídoto contra desinformação

O jornalismo profissional, que tem a missão de entregar a verdade e para tanto adota todas as técnicas jornalísticas, é decisivo para a defesa e fortalecimento da democracia, assinalaram nessa quinta-feira (17) os participantes do terceiro painel do 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado em Brasília.

“Para enfrentar as fakes news e outras formas de desinformação, é preciso de jornalismo responsável, com CNPJ ou CPF, perfeitamente auditável”, disse Luís Fernando Ávila, diretor regional de jornalismo do Grupo Globo. Segundo ele, é trabalho do jornalismo profissional checar as informações quantas vezes forem necessárias. “Este é o nosso ganha pão, é o que nos dá a credibilidade”. Para ele, sem o jornalismo, a desinformação cresce, desunindo as pessoas, separando famílias e dividindo a nação.

Segundo o mediador, Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, a credibilidade do jornalismo é fundamental, desde as grandes empresas até as pequenas emissoras de rádio. Ele também assinalou que o mundo vive hoje uma crise de desinformação, onde cada pessoa se torna um editor, quando na verdade essa é uma tarefa do jornalismo profissional. “Produzimos conteúdo de forma responsável. Isso nos diferencia das grandes plataformas”, afirmou, lembrando ainda que jornalismo também erra, mas tem a responsabilidade de corrigir, ao contrário de sites e blogs mal-intencionados.

Rodolfo Schneider, diretor-executivo de jornalismo da BAND, lembrou que, nas eleições deste ano, houve elevado investimento dos partidos políticos no impulsionamento de conteúdo nas redes sociais. No sentido inverso, rádios e televisões, mais uma vez, tiveram de veicular propaganda gratuitamente e em horário que poderia ser comercializado. Assim é também com a Voz do Brasil, obrigatória na programação das emissoras de rádio. Segundo ele, por outro lado, as empresas digitais ainda não são devidamente responsabilizadas pela desinformação que circula em suas plataformas, mas estão livres para agregar receita.

José Occhiuso, diretor nacional de jornalismo do SBT, destacou que a sociedade brasileira já detém alguns importantes antídotos à desinformação e às fake news: jornalismo profissional, sites de checagem, Judiciário passivo (desde 2020, o TSE tem sua própria ferramenta de checagem, por exemplo) e Judiciário ativo, como no caso do Inquérito das fake news.

O conteúdo é rei, mas quem está no controle é o consumidor

A frase pode ser batida, mas retrata bem a atual situação do mercado da indústria de radiodifusão em meio a aceleradas transformações tecnológicas. Esse foi o tema central do terceiro painel do 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, na quinta-feira (17), em Brasília.
 
Segundo o mediador do debate, Roberto Franco, diretor de Rede e Assuntos Regulatórios do SBT, vivemos em um mundo de incertezas, e é cada vez mais importante ouvir os consumidores para, em colaboração, estabelecer produtos mais satisfatórios para as audiências.

Melissa Vogel, CEO da Kantar IBOPE Media, apresentou uma série de dados que corroboram com o fato de que o consumidor está no comando e já se acostumou a navegar em um ambiente de hiper informação. Há hoje, segundo ela, uma tendência de as pessoas consumirem conteúdo em televisões conectadas à internet – 58% dos brasileiros têm uma TV plugada, conforme Melissa.

A executiva ressalta que o consumo de vídeo online surge em uma sociedade habituada ao consumo linear de televisão. Mas as plataformas e formatos de vídeo estão convergindo, e as empresas de rádio e televisão têm de estar atentas a esse movimento, sobretudo com a chegada do 5G, que permitirá muito mais interação do real com o virtual.

De acordo com Melissa, o consumidor também está sensível a preços, diante de um farto cardápio de serviços de streaming. Por outro lado, diz a executiva, os consumidores já compreenderam que a publicidade faz parte das jornadas de experiência, o que exige o uso de novas métricas.
 
Luis Bonilauri, diretor-executivo de mídia e entretenimento da Accenture, disse que o streaming é uma realidade. Segundo ele, os serviços explodiram durante a pandemia. “Nos Estados Unidos já existem 200 provedores de streaming”, destacou. Mas o desafio é grande para os produtores de conteúdo, afirmou, uma vez que 60% dos consumidores consideram um pouco ou muito frustrante navegar por diferentes plataformas.

Há, de acordo com Bonilauri, caminhos para driblar essa situação. Os agregadores inteligentes, por exemplo, são uma ótima opção: 58% consideram mais fácil navegar por esses serviços, que unificam a experiência, são mais flexíveis e personalizam a experiência.

O preço é outro problema a ser solucionado. Pesquisa mostra que 54% dos brasileiros planejam reduzir custos com o entretenimento no próximo ano para economizar. “Por isso, é importante aumentar a eficiência, complementando a receita com publicidade, expandir ofertas, aumentar a audiência paga e a não paga e dar controle para a audiência”.

Fabricio Proti, gerente geral da Paramount no Brasil, afirmou que o avanço do streaming não quer dizer que haja desinteresse pelo conteúdo aberto. “Os usuários também querem a TV aberta, publicidade e conteúdo acessível em qualquer aparelho”, afirmou. Ele também salientou que é preciso entender bem os consumidores de diferentes países, uma vez que há diferentes características regionais e locais.

O humor está desafiado a ser inclusivo

O quinto e último painel do 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, promovido pela ABERT, na quinta-feira (17), abordou o humor, muito presente na relação do público brasileiro com a radiodifusão. São oriundos do rádio, da TV e do teatro grandes artistas como Chico Anysio, Jô Soares, Dercy Gonçalves, Ronald Golias e Carlos Alberto de Nóbrega, entre outros. Há, porém, novos desafios.

“Acho que estamos vivendo um período mais desafiador para modular a nossa comunicação”, disse Samantha Schmütz, atriz da Rede Globo, ao comentar os limites da livre expressão. “Está todo mundo aprendendo e indo para um lugar bom para todos. Coloca o nosso cérebro a funcionar. Quando o humor é bom, é engraçado. Estamos aprendendo com os erros”, afirmou. Ela destacou ainda a importância do humor em tempos difíceis como a pandemia de COVID-19. “A gente oferece felicidade”.

Para Mhel Marrer, atriz do SBT, a piada tem de estar baseada no senso comum das pessoas. “A melhor forma de criticar uma piada é não rir dela”, comentou. Mhel, entretanto, disse que qualquer piada é excludente. “Procuro uma piada que não ofende e não encontro. Mas a gente tem que estabelecer limites. Temos de respeitar o público”.

Tatola Godas, apresentador da BAND, disse que, na prática, a linguagem se renova no dia a dia. “Eu quero juntar todos os públicos da sala de televisão. A gente conseguiu envolver a família, respeitando os limites das pessoas”, disse, frisando ainda que não tem nenhum processo por ofensa. “O mundo mudou e não podemos ser racistas, homofóbicos, gordofóbicos, machistas etc.

O mediador do painel foi o jornalista Rodrigo Orengo, da BAND.

Mostra Rádio em Movimento é aberta em Brasília

Com uma apresentação especialmente elaborada para homenagear os 100 anos do rádio no Brasil, a Orquestra Sinfônica do Teatro Claudio Santoro, de Brasília, encantou e emocionou os presentes à abertura da Mostra Rádio em Movimento, na quarta-feira (16).

Sob a regência do maestro Claudio Cohen, foram interpretadas canções que marcaram as 10 décadas do rádio na vida dos brasileiros. Alunos do Projeto Jovem Aprendiz, da Legião da Boa Vontade (LBV), do Sesi/Senai do Distrito Federal, e do Colégio Militar de Pirenópolis (GO), além de políticos locais participaram da solenidade no Museu Nacional da República.

Promovida pela ABERT, a exposição homenageia também a Semana de Arte Moderna e ficará aberta ao público até o dia 27 de novembro, quando a Associação completa 60 anos de fundação.

Os 27 rádios modelo capelinha expostos foram escolhidos por votação popular e representam os 26 estados e o Distrito Federal. Cada unidade da Federação convidou três artistas plásticos locais para estilizar os aparelhos, com lembranças da importância do rádio na vida dos autores e a relação com a cidade em que vivem. No total, foram mais de 65 mil votos em 81 obras artísticas.

No discurso de abertura, o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, ressaltou que o rádio está em constante movimento, sempre com respeito ao passado e focado no futuro. “É uma mostra viva, que vemos, ouvimos e sentimos. É a arte através do rádio e o rádio através do tempo. Estaremos, como sempre estivemos, juntos, fortes e em movimento. A radiodifusão é a nossa maior arte”, afirmou Lara Resende.

À noite, uma projeção mapeada na cúpula do Museu, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, chamou a atenção das pessoas que circulavam pela Esplanada dos Ministérios:

https://www.youtube.com/watch?v=IS4cTeVSHxs

Sala do Radiodifusor: centenas de atendimentos realizados durante Congresso da ABERT

O Ministério das Comunicações, a Anatel e o ECAD realizaram centenas de atendimentos aos radiodifusores presentes no 29º Congresso Brasileiro de Radiodiusão. Em um espaço reservado, a Sala do Radiodifusor, as equipes atenderam as dúvidas de quem visitou o local. O departamento de assuntos legais e jurídicos da ABERT também auxiliou os interessados a resolverem pendências e conversou sobre a situação das emissoras. (Foto: Cleverson de Oliveira/MCom)

Mumuzinho encerra cerimônia de abertura com grande show

O cantor Mumuzinho foi a atração principal do show realizado logo após a cerimônia de abertura do 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão. Com os sucessos "Eu mereço ser feliz", "Você me vira a cabeça" e muitos outros, Mumuzinho animou a plateia, que pediu diversas vezes para que a apresentação não terminasse. O cantor ainda convidou para subir ao palco os atores Érico Brás e Samantha Schmütz, que o acompanharam em várias canções.

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