O presidente-executivo da ABERT, Cristiano Lobato Flôres, participou, na quinta-feira (11), da abertura do “Encontro de Rádios Brasília 2025”, realizado na Embaixada da França no Brasil, em Brasília. Ao lado de representantes do setor, Lobato Flôres destacou o papel essencial dos veículos de comunicação na preservação da integridade da informação e no combate à desinformação e a relevância do rádio como meio democrático.
“O rádio é capaz de alcançar a população em todas as regiões do país e a evolução tecnológica é uma aliada para ampliar a presença do rádio na sociedade”, afirmou.
Ao participar do painel sobre desafios e perspectivas do rádio no ambiente digital, Lobato Flôres apresentou dados que mostram a força do meio, e alertou que muitas pesquisas trazem resultados subdimensionados.
“Identificamos deficiências em alguns critérios de pesquisas, com dados que não refletem a relevância do meio. Existe um recorte subdimensionado, que deve ser corrigido”, avaliou.
Lobato Flôres ressaltou ainda a importância da manutenção do chip FM nos dispositivos móveis.
“O rádio já nasceu moderno e com uma visão de futuro. Ele é rápido, veloz, instantâneo e local, com alcance nacional e até internacional. Por si só, e aliado às novas tecnologias, o rádio comprova a forte presença e influência no dia a dia das pessoas”, afirmou.
O debate contou com a participação de representantes da Rede Universitária de Rádio da Universidade Federal da Paraíba (RUBRA/UFPB), do SEBRAE Nacional, da Oficina Consultoria e da EBC.
Promovido pela RFI (Radio France Internationale), com apoio da ABERT, o encontro segue até esta sexta-feira (12), integrando a temporada França-Brasil. Pela manhã, o painel “Os jovens diante das novas mídias: informação versus desinformação na era digital”, contou com a presença do presidente da MIDIACOM/MS, Tunico Alves e de representantes da ANDI, RUBRA, Rádio UESC e da Abraji.
“O jovem sempre foi curioso, sempre foi atento a entretenimento. E hoje, na era digital, ele não recebe mais inputs, uma, duas, três vezes por dia. Ele recebe milhares de inputs durante o dia. Ele é soterrado com informações sem curadoria. Nós, como radiodifusão, temos a oportunidade e a responsabilidade de estar nesse ambiente digital, com conteúdo profissional”, afirmou Tunico.
Outro destaque do dia foi o painel “O rádio privado: busca de equilíbrio entre a necessidade do rating e a responsabilidade no tratamento da informação, do diálogo intercultural e da diversidade social”, com a presença do diretor de Assuntos Legais e Regulatórios da ABERT, Rodolfo Salema e de representantes da Rádio Educativa da UFMG, do SEBRAE Nacional e da Agência Radioweb.
Salema destacou a necessidade de explorar ativos característicos do rádio, como a credibilidade do meio e a força do conteúdo local e ao vivo. Ressaltou, ainda, o papel estratégico do associativismo no reposicionamento do rádio nas políticas públicas de inovação, na preservação da recepção e da proeminência nos dispositivos, bem como no fortalecimento do setor como uma indústria produtiva.
Encerrando a programação, o debate sobre “A Inteligência Artificial: amiga ou inimiga do jornalismo” reúne o presidente do MIDIACOM-PB, André Vajas e de representantes da EBC, RFI, Rádio Web e da Agência Câmara.

