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    Grande instrumento de divulgação da música, o rádio leva, gratuitamente, e até hoje, lançamentos e novidades aos ouvintes de todo o país. Desde os primórdios, à medida que a transmissão foi se aperfeiçoando, o rádio atraiu um público interessado nos vários gêneros musicais que marcavam a época.

    Na Rádio Difusora de São Paulo, a qualidade sonora tinha como slogan “o som de éter”. No século XIX, físicos postularam que o éter estava presente no espaço, viajando até no vácuo. Nada comprovado cientificamente, mas a fama ficou.

    Muitas músicas foram além da sazonalidade da criação e ficaram na memória. Quem não se lembra, por exemplo, das marchinhas de Carnaval, que consagraram intérpretes como Carmen Miranda, em “Mamãe eu Quero”, Emilinha Borba, em “Chiquita Bacana”, Dalva de Oliveira (foto), em “Bandeira Branca”, Moacyr Franco, em “Me Dá um Dinheiro Aí”, e Silvio Santos, com “A Pipa do Vovô”? E os temas? De todo tipo, como a derrota de Martha Rocha no Miss Universo (1954), em “Duas Polegadas”, sucesso do Carnaval de 1955. No rádio, a folia é eterna!

     

     

    Dono de um estilo inconfundível, a voz grave, cavernosa e com cadência singular era marca registrada de Gil Gomes. Antes do “Aqui Agora” na TV, ele já era grande nome no rádio, um dos principais repórteres policiais, assim como Afanasio Jazadji, João Bussab e Beija-Flor.

    Fascinado por suspense no rádio, Cândido Gil Gomes (1940-2018) adotou a fórmula para suas narrações nas crônicas policiais.

    Ao imitar os locutores esportivos, conseguiu corrigir a gagueira. Começou como locutor de quermesses. Aos 18 anos, chamou a atenção numa festa, quando foi convidado para ser locutor esportivo da Rádio Progresso. Passou depois por várias estações, consolidando sua carreira na Rádio Marconi, onde chegou à chefia do jornalismo. Em 1968, ao saber de uma agressão sexual contra uma mulher, no edifício da emissora, Gil Gomes entrou ao vivo fazendo a denúncia. Nascia aí o repórter policial.

    Passou depois por diversas rádios, como Tupi e Nacional / Globo. Na TV, fez sucesso nos programas policiais da Tupi e do SBT. Passou também pela Record, Rede TV! e Gazeta. Uma trajetória que fez o público viajar com suas histórias realistas e de suspense.

     

    O início do rádio no Amazonas, em 1926, veio do entusiasmo do então governador Ephigênio de Salles (foto). Entusiasta das inovações tecnológicas, Salles inicialmente expandiu a rede telegráfica do estado com a Amazon Telegraph, que abrigava uma estação de ondas curta. Às segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 21h, a “Voz de Manaós” transmitia, por uma hora, informações importantes sobre o comércio de borracha e castanhas e uma programação com artistas locais, em sua maioria seresteiros. Com o término do mandato de Salles, em 1929, a “Voz de Manaós” saiu do ar.

    Apenas em 7 de setembro de 1938, a primeira estação de rádio do Amazonas, a PQM3 Voz da Bariceia, estreou. Mantida pelo técnico e telegrafista Lizardo Rodrigues, a futura PRF-6 teve vários donos, como Álvaro Maia, Gebes Medeiros, Assis Chateaubriand – que em 1943 a transformou em Rádio Baré, administrada por Josué Cláudio de Souza – e Guilherme Aluízio de Oliveira Silva. Foi ainda propriedade do Jornal do Commercio por 30 anos.

    A Baré também fez parte do Sistema Globo de Rádio e chegou a ser CBN Amazônia, de Philippe Daou, proprietário da Rede Amazônica.

    Em 2016, a rádio migrou para o 95,7 FM. Dois anos depois, foi provisoriamente Rádio da Assembleia Legislativa (ALEAM), tornando-se, posteriormente, Rádio Diário, de Cyro Anunciação.

    Quem poderia imaginar que aquela apresentação de uma hora da “Voz de Manaós” daria origem a uma história hoje representada por dezenas de emissoras amazonenses e centenas de horas diárias de programação?

     

     

    Desde muito cedo, Agnaldo Timóteo (1936-2021) se apaixonou por música, em shows na sua Caratinga (MG). Ainda jovem, foi a Governador Valadares trabalhar como torneiro mecânico. Ouvia música o dia inteiro, pelo rádio da casa vizinha. Parava tudo para ouvir “Adeus, Querido”, de Angela Maria, sua canção preferida. Quis ser cantor.

    Nos anos 1950, em Belo Horizonte (MG), ficou conhecido como “Cauby Mineiro”. Fez sucesso nas rádios Itatiaia, Inconfidência, Guarani e Mineira. Conheceu pessoalmente Angela Maria, a “Sapoti”, que o aconselhou a ir ao Rio de Janeiro para mais chances.

    Já no Rio, andava quilômetros para se apresentar nas rádios Mayrink Veiga e Nacional. Para estar mais próximo de sua inspiração, foi motorista da Sapoti, e sempre a acompanhava nas apresentações públicas.

    Em 1961, indicado por ela, gravou o primeiro disco. Aos poucos, se consagrou como cantor romântico. Lançou hits como “Meu Grito”, “Mamãe” e “Os Brutos Também Amam”. Agnaldo foi também político e é lembrado por vender seus CDs, em praça pública, como artista independente. Sempre falou de amor: pelo rádio e pela amiga Angela Maria, parceira de muitas canções.

     

     

     

    Em 7 de setembro, o rádio brasileiro completa, oficialmente, 100 anos das primeiras transmissões. Como todo aniversariante, merece um “parabéns a você”, canção hoje interpretada por mais de 600 mil brasileiros.

    A versão original “Happy Birthday To You” foi criada pelas irmãs americanas Mildred e Patricia Smith Hill, em 1875. Nos anos de 1930, a melodia chegou ao Brasil.

    O radialista Almirante (Henrique Foréis Domingues), defensor da nossa língua, não se conformava de brasileiros cantarem em inglês. Promoveu um concurso no programa “Orquestra de Gaitas”, da Rádio Nacional, em 1941, que escolheu, entre 5 mil participantes, a versão da dona de casa Bertha Celeste Homem de Mello (1902-1999), moradora de Pindamonhangaba (SP).

    Um mês após o anúncio da vencedora, em fevereiro de 1942, Almirante vai para a Rádio Tupi carioca, o que gerou confusão sobre a emissora promotora do concurso.

    De acordo com Marcelo Duarte, autor do livro “Parabéns a Você”, Bertha concorreu sob o pseudônimo de Léa Guimarães, com a letra “Parabéns a você, nesta data querida, muita felicidade, muitos anos de vida”. Em 1978, o produtor musical Jorge Mello Gambier firmou contrato com Bertha (foto), acrescentou nova estrofe e a canção foi modificada

     

    "Hello crazy people!" Você já ouviu essa saudação? A marca registrada de um dos maiores animadores do rádio brasileiro, o Big Boy, pseudônimo do DJ Newton Alvarenga Duarte (1943-1977), fez muito sucesso nos anos 1970 e até hoje é lembrada.

    Apaixonado por música desde a infância, Big Boy tinha um estilo próprio, irreverente e descontraído.

    O hobby de colecionar quase 20 mil discos o levou a conhecer muita gente. Garimpava novidades pelas rádios.

    Mestre em referências musicais, principalmente em rock’n roll, foi programador na Rádio Tamoio. De lá, Big Boy foi para a Rádio Mundial, também no Rio, com grande destaque no segmento jovem.

    O estilo inconfundível é ainda hoje inspiração para muitos locutores de FM. Entre suas discotecagens, tecia comentários sobre a música, intérpretes e compositores. Fez programas como “Big Boy Show” e “Ritmos de Boite”, na Mundial, “Cavern Club”, na Excelsior, “Jornal Hoje”, da TV Globo, e “Papo Pop”, da TV Record e Eldorado FM. Big Boy, um eterno DJ!

     

    Laurinda de Jesus Cardoso nasceu em 1927, em São Paulo. Na infância, encenava peças em cima de caixotes. Quando conheceu o rádio se encantou. Queria estar lá. Enfrentou resistência familiar, pois não era “para moças direitas”, conta ela. Fez teste em 1942, com Oduvaldo Vianna, na Rádio São Paulo... e desistiu. Tomou coragem e foi para a Rádio Cosmos, onde começou carreira naquele ano. Ela já havia se tornado “Laura Cardoso”. Novos desafios vieram: Bandeirantes, Cultura, Tupi e Difusora... Já era uma grande estrela. 

    O ator Fernando Balleroni, colega de trabalho, foi sua grande paixão. Ficaram juntos do casamento, em 1949, até os últimos momentos do parceiro, em 1980. “Família é meu alicerce”, fala a mãe de duas filhas, muitos netos e bisnetos.

    De talento infinito, estreou em teatro, com “Plantão 21” (1959), e no cinema, com “Imitando o Sol” (1964). 

     
     
    O Brasil é internacionalmente reconhecido pelas telenovelas produzidas no país. O gênero teve esteio nas radionovelas, que influenciaram os primórdios da TV.
     
    Walter Forster, criador da pioneira “Sua Vida Me Pertence” (TV Tupi-SP, 1951), muito antes de ser autor na TV, já era especialista em dramaturgia no rádio. Assim como ele, muitos outros autores foram do rádio à TV: Walter George Durst, Ivani Ribeiro, José Castellar, Heloísa Castellar, Thalma de Oliveira, Teixeira Filho, J. Silvestre, Cassiano Gabus Mendes, Dionísio Azevedo e Dulce Santucci.
     
    Uma atriz adorava assobiar “Clair de Lune”. Batizada por Octávio Gabus Mendes, ficou para sempre na memória do brasileiro. Era Janete Clair, autora de dezenas de folhetins para o rádio e TV. Ao lado de Dias Gomes, consagrado dramaturgo no rádio, viraram parceiros (foto) em uma história de amor de mais de três décadas.
     
    Grandes produções foram do rádio para a TV, como “Vende-se um Véu de Noiva” e “O Direito de Nascer”. Boas histórias sempre geram novos capítulos!

    Foi publicado na sexta-feira (20) o Decreto nº 11.076/2022, que flexibiliza a regulamentação das emissoras localizadas em faixa de fronteira.


    O anúncio foi feito na noite deste domingo (22), durante o 18° Congresso Catarinense de Rádio e TV,  em Florianópolis (SC).


    De acordo com as novas regras, o assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional será necessário apenas para o ato de concessão da outorga dos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens.


    As alterações contratuais e estatutárias destas entidades não dependerão mais do assentimento prévio.


    Para a transferência de outorga, o assentimento será necessário somente na hipótese de a empresa que pretende obter a outorga possuir participação estrangeira em seu capital.


    O presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, agradeceu às entidades que apoiaram a publicação do decreto e destacou a importância da medida para o setor.


    “O apoio do Ministério das Comunicações (MCom),  do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) e da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT) foi fundamental para o êxito do decreto. A flexibilização das regras era uma demanda antiga da radiodifusão, pois simplifica o processo de alteração societária para as emissoras em faixa de fronteira, que já era aplicado para todas as outras emissoras”, afirma.


    Acesse a íntegra do decreto aqui.

    Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) na terça-feira (17) institui a Semana da Televisão no calendário oficial de eventos do estado. Pela proposta, que ainda precisa ser sancionada pelo governador Carlos Moisés, a homenagem será no período de 1º de junho, quando, em 1950, ocorreram as primeiras transmissões no Brasil da pioneira TV Tupi.

    “A Semana da TV consagra o reconhecimento deste veículo para a sociedade e reflete a força da ACAERT (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV) na valorização do segmento”, comemora o presidente da entidade, Silvano Silva.

    Em 2020, também por iniciativa da ACAERT, a Alesc já havia criado a Semana Estadual do Rádio.

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