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    Em mais uma edição de encontros online para debater temas relativos à radiodifusão, na terça-feira (16), a Associação de Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), refletiu sobre os rumos do rádio durante a pandemia de COVID-19. Os participantes foram o empresário e jornalista Daniel Starck e o correspondente internacional da Rádio Bandeirantes e empresário do setor de jingles, Henrique do Valle.

    Segundo Starck, a pandemia mudou interesses da audiência e acelerou o processo de atualização tecnológica que surgia no setor. Uma das missões do rádio durante o período, acrescenta, é informar quais os produtos disponíveis na região próxima ao ouvinte e de que forma é possível consumi-los. “Apesar da redução de receita, é preciso ser assertivo”, destacou.

    Traçando um paralelo com a cidade em que vive, Nova York (EUA), Henrique do Valle apontou o crescimento de alguns gêneros na radiodifusão do país. Os programas matinais foram prolongados e as entrevistas de destaque, exibidas em podcasts. Esse formato, por sinal, ganhou protagonismo entre os americanos. Com os estúdios de Hollywood parados em decorrência da COVID-19, as empresas de radiodifusão resgataram clássicos antigos da programação. “A intenção é se desligar dos problemas atuais e resgatar memórias boas do passado”, acredita.

    Do Valle defendeu que o momento é propício para que emissoras busquem estabelecimentos comerciais prestes a reabrir, como restaurantes, salões de beleza e academias, para fechar pacotes comerciais vantajosos a ambos os lados. “O depoimento dos locutores ganhará maior importância. Ele deve mostrar ao ouvinte como se faz a pizza, não mais o preço da pizza. É preciso transmitir segurança e confiança”, analisa.

    Starck falou sobre a necessidade de tornar a situação mais leve e didática. “É possível tocar uma música que ensine a lavar as mãos, por exemplo”. Segundo o jornalista, a crise global ampliou o compartilhamento de conteúdo, o que favorece emissoras de menor porte.

    A atualização regulatória e os destinos da radiodifusão foram temas discutidos durante reunião realizada, na quarta (17), pelo comitê técnico da AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do São Paulo), sob a liderança de Eduardo Cappia, e com a presença de Rodolfo Salema, gerente jurídico da ABERT.

    O histórico das discussões sobre o Decreto 10.401/2020, que regulamenta o canal de rede, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, na quarta-feira (17), foi apresentado por Salema. Até chegar ao texto final, foram várias etapas e impasses. Segundo Salema, o novo decreto deixa claro que o canal da geradora não precisa ser o mesmo na hipótese de se formar o canal de rede com três canais iguais de retransmissoras. “Agora, o Ministério das Comunicações poderá publicar a lista do canal de rede e as consignações de canais voltarão a caminhar na sua normalidade”, destacou.

    Com relação ao Decreto nº 10.326, que desburocratiza o processo de licenciamento das estações, a expectativa é que seja assinado na próxima semana. De acordo com Rodolfo Salema, o governo sinalizou que as sugestões do setor, levantadas pela ABERT, serão consideradas, sobretudo em relação aos prazos, considerados muito curtos.

    Na avaliação da ABERT, tanto o desmembramento do Ministério das Comunicações do antigo MCTIC, como as expectativas em relação à nova equipe do Minicom, são positivos. “Um ponto importante é que as pessoas da nova equipe já conhecem o setor a fundo, o que ajudará a avançarmos com rapidez nas pautas mais urgentes da radiodifusão”, ressaltou.

    Um estudo do King’s College de Londres, uma das instituições de pesquisa mais respeitadas do Reino Unido, concluiu que as redes sociais representam um risco à saúde pública, porque disseminam teorias da conspiração sobre a pandemia do novo coronavírus.

    Segundo o estudo, as pessoas que se informam quase que exclusivamente pelas plataformas digitais sobre a COVID-19 estão mais propensas a desrespeitar as medidas restritivas de combate à doença. Entre as pessoas que utilizam as redes sociais como principal fonte de informação, muitas acreditam, por exemplo, que o vírus surgiu em um laboratório ou pela radiação liberada pela tecnologia 5G, teorias já descartadas pelos cientistas.

    O estudo cobra ainda mais atitude das empresas de tecnologia, como a remoção de conteúdos falsos sobre a pandemia.


    Campanha da ABERT lembra que desinformação mata
    Em 20 de março, a ABERT lançou uma campanha que lembra a importância do jornalismo profissional e alerta para os riscos de disseminação de falsas informações, sob pena de colocar vidas em risco durante a pandemia global de COVID-19.

    Com o lema "Desinformação Mata", a iniciativa é composta por vídeo para TV e redes sociais, além de spot para rádio, e está disponível para compartilhamento gratuito

    Para saber mais sobre a campanha da ABERT, acesse AQUI

     

    kings college

    A importância do rádio na carreira e na conquista de audiência para as músicas de artistas foi o tema debatido pelo empresário de radiodifusão Fábio Schuck na segunda-feira (15), durante entrevista ao vivo para o especialista em marketing musical, Dhiego Bicudo.

    Shuck ressaltou a necessidade de os artistas estarem presentes no rádio, principalmente durante a pandemia de COVID-19, quando a audiência tem apresentado índices de crescimento constante. Para o empresário, é necessário entender como funciona a dinâmica das emissoras e apostar mais do que nunca no relacionamento com os divulgadores, o que, segundo ele, aumenta significativamente a chance de as músicas dos artistas entrarem no circuito.

    “Os primeiros influenciadores são os radialistas, comunicadores da região, que têm credibilidade com a audiência e sabem como se relacionar, conhecem os artistas locais e os anunciantes. Cada vez que uma música toca no rádio chancela a realidade local”, destacou Shuck. “As músicas dos artistas que são divulgadas no rádio são as que têm mais chance de sucesso, de serem as mais cantadas nos shows, exatamente porque entram no consciente popular ao serem massificadas e entregues de forma tão democrática por meio desse veículo”, exemplificou o empresário.

    Shuck lembrou ainda que, se há audiência, é preciso levar o artista e sua música para além das fronteiras regionais. “Não importa onde estou. Existem dezenas de possibilidade de engajamento e várias formas de interação e geração de negócios. Por isso é importante olhar o mercado não somente sob a ótica de concorrência com outras plataformas. É hora de buscar sinergia do rádio, inclusive, com o digital. Estar atento para o que está acontecendo ao redor, aberto para parcerias e maior relacionamento e, principalmente, saber que o segredo está em entender melhor a sua audiência”, destacou.

     

     

    radiofazdiferenca

    O jornalista e ex-presidente da ABERT, José de Almeida Castro, morreu na segunda-feira (15), em São Paulo (SP), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital da capital paulista desde janeiro, com problemas de saúde.

    Natural de Salvador (BA), Almeida Castro tinha orgulho de dizer que nasceu em 1922, mesmo ano da primeira transmissão do rádio no Brasil. Presidiu a ABERT no biênio de 1972-1974 e foi quatro vezes presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), tendo se destacado nacional e internacionalmente como ator, radialista, apresentador de televisão, advogado, conferencista internacional e escritor com mais de uma dezena de livros publicados e artigos.

    Atuou também como dirigente sindical e empresário nos segmentos de rádio, televisão e jornal. Foi diretor geral dos Diários e Emissoras Associados, Rede Record e TV Tupi. Inaugurou e dirigiu a TV Piratini (Rio Grande Sul), a TV Itapoan e a TV Rádio Clube, em Pernambuco.

    Em nota, a ABERT lamentou a morte do jornalista e prestou solidariedade aos familiares e amigos. Em nota, a ABERT lamentou a morte do jornalista e prestou solidariedade aos familiares e amigos. “Almeida Castro deixa um grande legado que fica para a história da comunicação brasileira”, afirma a nota assinada pelo presidente Paulo Tonet Camargo.

     

     

    JornaliistaAlmeida Castro

    A modernização no rádio por meio de transformações digitais foi o tema discutido por Carolina Sasse, CEO e diretora de vendas da Cadena Sistemas, durante a AMIRT Live, reunião online realizada na quarta-feira (17), pela Associação Mineira de Emissoras de Rádio e Televisão.

    Na visão de Carolina Sasse, a transformação digital deve incluir a forma de pensar sobre as experiências dos consumidores. "É olhar sob o ponto de vista do consumidor, melhorar processos e potencializar resultados. Isso significa adequação a novos formatos de mídia. O consumo de conteúdo está sofrendo mudanças e é preciso pensar novas formas de entrega de mídia para consumidores e anunciantes”, ressaltou.

    De acordo com a CEO, os especialistas de mercado são unânimes. Quem não começou o processo de transformação digital deve iniciar o quanto antes e quem já começou não pode parar. “A pandemia só acelerou essa necessidade de mudança que não tem mais volta. Por isso, o rádio precisa sempre ter um mix de produtos e oferecer soluções criativas para seus parceiros. Usar o departamento de marketing do rádio para oferecer soluções criativas para os clientes, por exemplo, pode ser uma boa saída para se tornar um mediador de referência entre consumidores e anunciantes e potencializar os resultados”, afirmou.

    Segundo Sasse, os radiodifusores precisam ter conhecimento e um relacionamento profundo com a audiência, e mesmo com baixos investimentos, é possível começar a transformação. “Por muitos anos, as empresas não olharam os ouvintes como compradores. Agora é hora de apostar na integração com outras plataformas de venda e redes sociais, email marketing, clube de vantagens e benefícios para ouvintes”, exemplificou.

    Além do engajamento da audiência por meio de uma programação interativa nas rádios e nas próprias redes sociais, os radiodifusores não podem esquecer da importância dos dados. “É preciso estar de olho nas estatísticas que vão mostrar como está o relacionamento com a audiência, as campanhas, o pós-venda e as promoções que são excelentes ferramentas de degustação de serviços e produtos, mesmo em tempos de isolamento social. São os números que vão medir os resultados e mostrar se a empresa está no caminho certo”, destacou.

     

    Para assistir a live na íntegra, clique AQUI

    Foi publicada na quarta-feira (17) a Portaria nº 245/2020, do Ministério da Economia, que prorroga, dentre outros, o prazo de pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), do PIS e da Cofins.

    Com a publicação da norma, os vencimentos desses tributos relativos à competência de maio ficam adiados para outubro de 2020.

    Os prazos de recolhimento das contribuições de março e abril já haviam sido prorrogados para julho e setembro pela Portaria nº 139/2020, alterada pela Portaria nº 150/2020.

    A ABERT mantém diálogo permanente com o governo federal para viabilizar medidas de auxílio ao setor de radiodifusão. “A extensão do diferimento destes tributos era uma medida esperada por todos os setores econômicos, especialmente a radiodifusão, na medida em que os efeitos econômicos ocasionados pela pandemia estão se perpetuando no tempo e deverão se prolongar durante o segundo semestre”, afirma o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo.

    Veja a íntegra da portaria AQUI

     O deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) tomou posse nesta quarta-feira (17) como ministro das Comunicações. Em cerimônia bastante prestigiada no Palácio do Planalto, em Brasília, Faria destacou o impacto da pandemia de COVID-19 na vida das pessoas e os efeitos na economia, em especial, na área das comunicações.

    O novo ministro ressaltou que contará com o apoio de todos para enfrentar os desafios do setor e destacou que, juntos, TV, rádio, veículos impressos e comunicação online são símbolo e palco da liberdade de expressão. “A TV aberta tem força e a abrangência, leva informação e entretenimento ao território nacional. O rádio é um veículo poderoso, aliado nas grandes cidades e amigo próximo nas comunidades mais isoladas”, afirmou.

    Segundo Faria, no Brasil, a internet tem potencial para estar presente em 80% dos lares brasileiros e a expectativa é que com a chegada do 5G, a banda larga alcance toda a população.

    Para Fábio Faria, a missão de ser ministro é a etapa mais desafiadora e estimulante de sua carreira. “Entre os desafios está a democratização do acesso à tecnologia de vanguarda, para conectar todos os cidadãos na sociedade de comunicação”, salientou.

    Já o presidente Jair Bolsonaro disse que “quanto melhor estiverem as nossas comunicações, transmitindo sempre a verdade na ponta da linha, melhor estaremos todos nós”.

    Durante a cerimônia, foi assinado ainda o decreto que altera algumas regras do canal de rede.

    Participaram também da solenidade, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, ministros, parlamentares, representantes do setor de radiodifusão, como o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, o presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Johnny Saad e o vice-presidente do SBT, José Roberto Maciel, além de representantes do setor esportivo

    Foto: Alan Santos/ PR 

     

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    Para enfrentar os impactos da pandemia, a criatividade é um fator essencial que deve ser usado pelos radiodifusores na relação com os clientes e na hora de criar oportunidades. O assunto foi discutido no AERP ao vivo, na quarta-feira (10), encontro online promovido pela Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP). O debate contou com a participação de Michel Micheleto, presidente da AERP, e da superintendente Ticiane Pfeiffer.

    Para o convidado Robson Ferri, CEO da RF Mídia, as empresas do setor devem olhar para o momento como um “terreno de oportunidades” para que possam estar ainda mais fortalecidas no pós-pandemia. “É preciso apostar em iniciativas que fujam do óbvio e do previsível, estar antenado com os acontecimentos, ter a mente aberta para novos projetos e firmar parcerias estratégicas”.

    E, muito além de gerar apenas conteúdo, é fundamental que as emissoras ofereçam experiências para a audiência, mostrando como estão preocupadas e são solidárias com os consumidores, segundo Robson Ferri. “Isso começa dentro da equipe. É importante identificar e valorizar aquelas pessoas que são proativas e estão dispostas a colaborar na empresa, fazendo com que elas se sintam parte do processo e gerando um ambiente de confiança”, ressaltou.

    “É hora de ressignificar as experiências de consumo do rádio, mesmo que isso implique em assumir riscos. É tempo de adubar o terreno para colher bons frutos lá na frente, no pós-pandemia”, concluiu Ferri.

    Com a liberdade de imprensa no foco das reflexões, o Senado Federal realizou, na sexta-feira (5), debate sobre o enfraquecimento da democracia em países que não garantem aos meios de comunicação o direito de noticiar livremente. Os debatedores foram jornalistas estrangeiros perseguidos e exilados por ditaduras em todo o mundo. Organizado pelo Interlegis, o evento foi mediado pelo editor de Política do Portal Metrópoles, Guilherme Waltenberg.

    Um dos convidados foi Can Dündar, jornalista exilado na Alemanha após denunciar planos do governo turco para armar milícias na Síria. "Fui punido por revelar segredos de Estado. O público tinha o direito de saber o que o governo turco fazia e eu reportei, e por isso fui preso imediatamente”, relata. Dündar vê o retorno de governos antidemocráticos como "uma doença que se alastra pelo mundo".

    Também exilado na Alemanha, o repórter chinês Chang Ping entrou na mira do governo de seu país ao publicar notícias que contrariavam as expectativas do regime comunista. "Até uma criança no jardim da infância sabe que não tem o direito de se opor ao partido. Eles dizem que a censura faz com que o país seja mais forte, pintam a censura como algo bom para o povo”, comentou.

     Fundadora de um jornal independente na Venezuela, a jornalista Luz Mely Reyes revelou que há repórteres no país que são julgados como criminosos comuns e descreveu as dificuldades do dia a dia na busca por notícias. “Apesar da fome, da falta de combustível para trabalhar e dos blackouts de energia, nós persistimos, insistimos e resistimos porque a vacina contra esses ataques é um jornalismo cada vez maior e melhor.”

    O mediador da conversa, Guilherme Waltenberg, destacou que, no Brasil, uma parcela da sociedade ainda é bastante arredia à liberdade do jornalismo. “Quando são publicadas matérias que não são do gosto do atual governo e dos seus apoiadores, a imprensa é chamada de ‘extrema’, como se a imprensa fosse uma força que pudesse desestabilizar governos com muita facilidade ou como se houvesse uma homogeneidade entre todos os jornais, o que não existe.”

    O debate do Interlegis foi feito em parceria com o Repórteres Sem Fronteiras – RSF, Global Investigative Journalism Network – GIJN, e com apoio do Instituto Mundial para as Relações Internacionais – IR.wi.

    Para acessar os debates na íntegra, clique AQUI  

     

     

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