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    digital_implameta_frenteAna Eliza Faria e SilvaA gerente do Departamento de Tecnologias de Transmissão da TV Globo, Ana Eliza Faria e Silva, ressaltou nesta quinta-feira, 21, no Seminário Técnico da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que é preciso garantir a qualidade das faixas já existentes para que os investimentos na TV digital não se percam.

    Ana Eliza foi convidada para explicar aos participantes do 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão as implicações para o Brasil da Conferência Mundial de Radiocomunicações da União Internacional de Telecomunicações (UIT) – 2012, que ocorreu em janeiro.
    “Nós temos muita preocupação de que o processo de transição da TV digital ocorra de uma forma tranquila, que todas as emissoras sejam atendidas. Nós sabemos que o uso do espectro pode atrapalhar, ele ameaça a evolução tecnológica do setor, porque à medida que você não tem faixas para você crescer, expandir, exercitar novas tecnologias, acaba ficando defasado”, alertou.

    Segundo ela, o objetivo da palestra é chamar atenção para o cenário das principais decisões da Conferência da UIT. “Nós sempre vamos defender a experiência do telespectador em assistir televisão aberta da forma mais confiável possível”.  Ana Eliza Faria reforçou que o setor deve ficar atento às novas tecnologias de uso doméstico que podem sobrecarregar as faixas e atrapalhar as transmissões de televisão.

    “Falei também sobre novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas, que mudam os critérios de compartilhamento. São tecnologias em geral de curto alcance, que se proliferam rápido, têm uso doméstico e rotineiro, que compartilham a faixa de UHF de uma forma não licenciada. Normalmente, elas têm maior flexibilidade na regulamentação, mas tem que existir algo para disciplinar essa tecnologias.”

    Sobre a Conferência Mundial de Radiocomunicações da UIT, a gerente do Departamento de Tecnologias de Transmissão da TV Globo destacou que o encontro não conseguiu estabelecer faixas de frequência globais, usadas no jornalismo rotineiro. “Se essas faixas fossem harmonizadas globalmente nos ajudariam muito a promover grandes eventos internacionais esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, onde recebemos muitos jornalistas e eles acabam não conseguindo fazer o seu serviço. No meio do ‘vivo’ perdem o sinal, sofrem interferência, por falta de harmonização global sobre o assunto”, lamenta.

    A União Internacional de Telecomunicações é a agência da Organização das Nações Unidas responsável por garantir o acesso do espectro e harmonizar o uso das faixas. “Existem grupos técnicos que trabalham continuamente, mas as revisões do regulamento do rádio, do tratado internacional onde estão as regras do uso do espectro, ocorrem a cada quatro anos nessas conferências mundiais. O Brasil é representado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que busca revisar o regulamento e adaptar as demandas do setor”, explicou Ana Eliza Faria.

    consul_set_interLiliana NakonechnyjA presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), Liliana Nakonechnyj, defendeu nesta quinta-feira, 21, durante o Seminário Técnico da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que ainda é preciso mais investimentos na interiorização da TV digital. A rodada de palestras faz parte do 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão.

    Na avaliação dela, apesar de faltarem apenas quatro anos para o fim do prazo de uso do sinal analógico no Brasil, em 2016, ainda é preciso trabalhar na instalação de estações da TV digital nas cidades menores. “Eu vejo que é uma transição muito trabalhosa para todas as partes, e que há muito trabalho a fazer nos próximos anos. 2016 me parece uma data irreal”, pondera.

    Na palestra “TV Aberta: transição analógico/digital”, a presidente da SET destacou ainda a necessidade de aumentar o número de equipamentos digitais disponíveis para a população. “A interiorização da TV digital vai precisar de um pouco mais de tempo também, além dos prazos previstos. É claro que isso tudo depende de muitos fatores, até de a população estar com os televisores. Você só vai poder desligar o sinal analógico quando a população tiver comprado os receptores digitais.”

    Segundo Liliana Nakonechnyj, a transição da TV analógica para a digital também esbarra na dificuldade do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em viabilizar a consignação para as emissoras. “Um dos desafios é a velocidade do ministério atender a demanda das emissoras para poder aprovar esses projetos todos que estamos lançando”, explica.
    Em seu discurso, Nakonechnyj lembrou recursos de interatividade importantes que podem se tornar tendência nos próximos anos, como a segunda tela, que permite à pessoa ter acesso a dois canais simultaneamente enquanto assiste televisão.

    Para a presidente da SET, o governo e as próprias emissoras têm que ampliar a divulgação para que as pessoas conheçam os benefícios da TV digital e adquiram os equipamentos que transmitem o sinal. “Às vezes, a pessoa não sabe que tem acesso a essa TV digital maravilhosa e de graça”, concluiu.

    balduino_congre26Paulo Ricardo BalduínoAo contrário do que acontece em outros países, a TV aberta cresce no Brasil. Para se ter ideia da expansão do serviço, existe cerca de 1,4 mil pedidos de novas outorgas no Ministério das Comunicações. Além disso, o mercado publicitário investe pesadamente em TV: o meio de comunicação detém cerca de 64% de toda a verba comercial.

    Um setor em plena expansão certamente precisa de condições para continuar a oferecer serviços de qualidade. “Essas condições para a TV significam a concessão de mais espaço. E maior espaço para este meio é espectro radioelétrico. E espectro para televisão significa UHF”, afirmou Paulo Ricardo Balduíno, engenheiro e consultor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert).

    Ele conduziu os debates sobre o tema A utilização da faixa de 700 MHz no Brasil, uma situação especial, durante o 29 Seminário Técnico, que integrou a programação do 26° Congresso Brasileiro Radiodifusão, em Brasília.

    As empresas de telecomunicações têm feito forte lobby junto aos órgãos reguladores do setor para garantir espaços no espectro radioelétrico da radiodifusão. O alvo é a faixa de 700 MHz, única que o meio dispõe para ofertar programação aberta e gratuita a toda a população brasileira.

    Para Balduíno, o Brasil deve estudar a demanda da TV digital por faixas de radiofrequência, para então decidir se pode ou não destinar espaços do espectro da radiodifusão para outros serviços de comunicação.

    A justificativa das chamadas Teles é a grande necessidade por radiofrequências para oferta de serviços de banda larga móvel. O pleito é baseado em estudos da União Internacional de Telecomunicações.

    Balduíno argumenta, no entanto, que as estimativas do órgão internacional estão equivocadas, porque foram consolidadas com dados de apenas 14 dos 196 países integrantes da UIT, uma representatividade de 8%. “Desses, sete países não tem a menor expressão dentro do órgão internacional. Além disso, o estudo contou com dados de 12 entidades pró-serviços móveis”, disse.

    Os resultados “inflacionados” geraram uma caça ao espectro, não só ao da televisão, afirmou Balduíno. “Praticamente não vemos estudos nacionais da necessidade de espectro. O que os gestores e representantes do setor apresentam são as projeções da UIT. Muitos deles mencionam esses dados e sequer sabem que são do órgão internacional”, disse.

    balanco_congresso262012Emanuel CarneiroA 26ª edição do Congresso Brasileiro de Radiodifusão terminou nesta quinta-feira, 21, em Brasília, com um balanço “altamente positivo”, conforme nota divulgada pela Abert, entidade de rádio e televisão que representa mais de 3 mil emissoras comerciais. (Acesse aqui toda a cobertura do evento).

    Assinada pelo presidente da associação, Emanuel Carneiro, a nota destaca três pontos principais.

    O primeiro é a garantia do governo, dada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de que o novo marco legal da comunicação eletrônica será discutido com todos os setores sociais e de que “seu conteúdo respeitará os princípios de liberdade de expressão e de imprensa, sem impor qualquer tipo de controle sobre os veículos de comunicação no país”.


    O segundo é o anúncio de que a definição do padrão digital do rádio brasileiro sairá até o fim deste ano, e de que o Ministério das Comunicações vai “trabalhar no processo de migração do rádio AM para os canais 5 e 6 de televisão”.

    E o terceiro, o compromisso do ministério de “modernizar a sua gestão, através da melhoria dos processos e do aperfeiçoamento dos sistemas de informação, contando com a atuação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade e o apoio do Movimento Brasil Competitivo”.

    Líderes empesariais do setor de radiodifusão e autoridades estiveram presentes no evento, como o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, a representante do SBT, Renata Abravanel, e o coordenador da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade (Presidência da República), Jorge Gerdau. (veja aqui depoimentos de quem prestigiou o evento).


    Durante os três dias do congresso, 25 painéis e palestras do congresso e do seminário técnico trataram de temas como regulação, outorgas, convergência, tecnologia e liberdade de imprensa. Ao todo, 2.088, pessoas participaram do evento, realizado no Centro de Convenções Brasil 21.

    Paralelamente ao Congresso e ao Seminário, aconteceu a maior feira de tecnologia de radiodifusão da América Latina, com novidades no mercado de equipamentos.

    Para Emanuel Carneiro, além de reforçar a importância da radiodifusão para o Brasil e funcionar como espaço para a aquisição de conhecimentos e troca de informações, o Congresso serviu de palco onde autoridades e gestores públicos firmaram importantes compromissos com o setor.

    Com o tema “O Brasil e o mundo grátis”, o 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão celebrou os 90 anos do rádio e os 50 anos da Abert.

    Campanha reúne 100 artistas para celebrar o rádio e a TV brasileira  

    Músicos de cada um dos 26 estados brasileiros se reuniram para gravar a campanha publicitária que comemora os 50 anos da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT), entidade que representa 2,7 mil rádios e 320 emissoras de TV no país. A campanha também celebra os 90 anos do rádio e 40 anos da TV em cores no Brasil.

    As gravações aconteceram no Rio de Janeiro e em São Paulo e reuniram, de maneira inédita, cerca de 100 artistas dos mais variados estilos da música brasileira. Juntos, eles cantaram o jingle criado por Sergio Valente, da agência DM9, especialmente para a campanha. O resultado são dois filmes de um minuto cada com direção artística de João Daniel Tikhomiroff, da Mixer.

    A lista de intérpretes é extensa: vai de Alcione a Zezé Di Camargo e Luciano, passando por Arlindo Cruz, Carlinhos Brown, Daniel, Daniela Mercury, Diogo Nogueira, Elba Ramalho, Evandro Mesquita, Fagner, Fiuk, Gaby Amarantos, Ivete Sangalo, Jorge Ben Jor, Latino, Lenine, Lulu Santos, Michel Teló, Paula Fernandes, Preta Gil, Raimundos, a dupla Kleiton e Kledir, Sandra de Sá, Thiaguinho, Paula Fernandes entre muitos outros.

    A campanha lançada em junho, na cerimônia de abertura do 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em Brasília, que reuniu cerca de 2,5 mil empresários e profissionais do setor.

    JINGLE - A letra do jingle valoriza a importância que o rádio e a TV têm no Brasil ao levar informação, entretenimento, cultura e educação aos quase 200 milhões de brasileiros, valorizando as características  e costumes de cada região e fortalecendo a unidade de um país continental como o Brasil. “Fazemos isso com qualidade, tecnologia e talento. Por isso, a radiodifusão brasileira é referência internacional”, afirma o presidente da ABERT, Emanuel Soares Carneiro.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    balanco_congresso2626º Congresso Brasileiro de RadiodifusãoO 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, que reuniu 1,2 mil profissionais nos últimos três dias, em Brasília, se encerra nesta quinta-feira (21/6), com resultados altamente positivos. São eles:

    A garantia do governo, através do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de que o novo marco legal da comunicação eletrônica será fruto de diálogo com toda a sociedade e que seu conteúdo respeitará os princípios de liberdade de expressão e de imprensa, sem impor qualquer tipo de controle sobre os veículos de comunicação no país;

    A definição do padrão digital para o rádio brasileiro até o final deste ano, somada à decisão do Ministério das Comunicações de trabalhar no processo de migração do rádio AM para os canais 5 e 6 de televisão;

    O compromisso do Ministério das Comunicações em modernizar a sua gestão, através da melhoria dos processos e do aperfeiçoamento dos sistemas de informação, contando com a atuação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade e o apoio do Movimento Brasil Competitivo.

    EMANUEL SOARES CARNEIRO
    Presidente









    CRI_0306-MiniComElisa PeixotoAté o início de 2014, o Ministério das Comunicações pretende diminuir de 46.500 para 18.500 o número de processos de radiodifusão que aguardam parecer da pasta – o que representa uma redução de 60%. Além disso, os processos que forem recebidos após o momento em que essa redução for atingida terão prazo de três meses para serem concluídos. Essas medidas foram anunciadas nesta quarta-feira, 20, pela subsecretária-executiva do ministério, Elisa Peixoto, na palestra “MiniCom – Desafios da Gestão”, no 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão.

    Segundo Elisa, o ministério deve assinar nas próximas semanas um acordo com o Movimento Brasil Competitivo, que capta recursos privados para modernizar o setor público. Por meio dessa parceria, todos os processos serão informatizados, o que deve acelerar sua tramitação – que hoje leva anos. “Hoje é tudo em papel. Até para consultar é complicado. Temos total consciência de quanto o ministério precisa aprimorar seus processos de gestão para atender ao radiodifusor”, disse a subsecretária-executiva.

    Além da informatização, Elisa citou outras iniciativas do governo para reduzir o tempo de espera. Uma delas é a criação de quatro grupos de trabalho para cuidar de pedidos específicos: radiodifusão comercial, pública, pós-outorga e documentação e informação. Outra é capacitar servidores de delegacias regionais, que atuam somente com recursos humanos.

    Uma terceira medida apontada por Elisa é a abertura de concurso, ainda em 2012, para vagas temporárias na Secretaria de Comunicação Eletrônica, que cuida do setor de Radiodifusão. De acordo com ela, hoje apenas 40 servidores cuidam do passivo de quase 40 mil processos.

    Por meio dessas estratégias, o governo pretende reduzir o passivo e o tempo de conclusão dos processos entregues a partir de 2014. “A análise obedece à ordem cronológica. Então os processos atuais demoram porque os servidores estão cuidando dos antigos. A intenção é reduzir esse passivo e nunca mais tê-lo”, disse.

    Segundo Elisa, a demora em atender aos empresários se reflete até nos pedidos feitos no contexto da Lei de Acesso à Informação. “Grande parte das demandas que o ministério tem recebido é da radiodifusão e retrata essa deficiência de gestão de processos, pois busca saber exatamente o status de processos”, contou.

    MG_6851João RezendeO presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, propôs uma maior integração com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) para diminuir e agilizar procedimentos burocráticos do setor. “Poderíamos empregar um mecanismo semelhante ao termo de cooperação que firmamos com o Ministério das Comunicações hoje pela manhã”, destacou.

    Segundo o presidente da Anatel, a Abert seria o canal entre a agência reguladora e os radiodifusores de maneira a desenvolver melhores práticas administrativas. A iniciativa representaria um passo importante no sentido de facilitar o gerenciamento do setor, ao lado de uma maior integração com o Ministério das Comunicações, da adoção de melhores tecnologias e de um investimento na informatização dos processos, inclusive com uso de mecanismos de autocadastramento quando legalmente possível.

    “A Anatel ficou muito tempo descasada do setor de radiodifusão em função do processo de privatização das telecomunicações, mantendo apenas as atividades de fiscalização”, reconheceu Rezende. “Entendemos que a radiodifusão tem um papel integrador, de desenvolvimento cultural e de buscar e levar informações para os diferentes níveis da sociedade. Por isso acredito que entramos em novo momento de relacionamento com o setor.”

    Para definir esse momento, a agência reguladora realizou três seminários em Brasília, São Paulo e Curitiba, com a presença dos superintendentes regionais e empresários de radiodifusão. “É muito importante que tenhamos um feedback da Abert, com base na opinião dos seus associados, para que melhoremos nossa relação com o setor”, destacou o presidente da Anatel.

    João Rezende ressaltou ainda o trabalho de georeferenciamento em desenvolvimento no Ministério das Comunicações. “Agora vamos ter mais informações para atuar com competência, dando segurança aos empresários que trabalham no setor. Essa é a função da Anatel e eu espero que este termo de cooperação consiga realmente produzir os efeitos necessários.”

    materia3_21Marconi MayaO superintendente de Comunicação de Massa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Marconi Maya, abriu nesta quinta-feira, 21, o Seminário Técnico da Abert, evento que integra o 26º Congresso Brasileiro da Radiodifusão. Maya apresentou o que ele considera o grande desafio do setor de radiodifusão na atualidade: garantir a destinação adequada do espectro radioelétrico em cada região do país.

    Segundo Maya, o setor tem que atender hoje a duas realidades no país. A primeira é de municípios carentes de infraestrutura em telecomunicação; a segunda, de centros urbanos com alta densidade populacional e demanda por serviços de comunicação, onde o espectro apresenta sinais de esgotamento.

    Por isso, é necessário procurar um ponto ótimo do uso do espectro em localidades variadas, segundo defendeu o palestrante. “Temos que garantir a convivência dos serviços tradicionais como a radiodifusão e os novos serviços como a banda larga. Esse é o nosso grande desafio”, afirmou.

    Para realizar essa tarefa, a Anatel busca apoio dos radiodifusores. “O desafio exige trabalho, estudo, engenharia e coordenação das demandas atuais e futuras para alocação desse bem tão escasso e precioso que é o espectro”, explicou.

    Maya citou alguns exemplos de possíveis parcerias entre o governo e a Anatel, como os estudos para definição do uso das faixas de 698 a 806 MHz após o encerramento das transmissões analógicas de televisão e o uso compartilhado da faixa de 3,5 MHz para serviços de TV e internet banda larga.

    joao_albernazinternoJoão Carlos AlbernazGarantir o acesso de todos os países ao espectro e fazer com que suas operações sejam livres de interferência. Em linhas gerais, essa é a tarefa da União Internacional de Telecomunicações (UIT), apresentada pelo gerente geral de satélites e serviços globais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Carlos Albernaz. O gerente fez palestra nesta quinta-feira, 21, onde abordou o tema “Por que regular o espectro”, no Seminário Técnico da Abert, que faz parte do 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão.

    “O trabalho da UIT é para garantir que os sistemas de comunicação de países não interfiram uns nos outros. O objetivo final do setor é manter atualizado o que chamamos de regulamento de radiocomunicações”, explicou.

    De acordo com Albernaz, a UIT dá as diretrizes de que tipo de serviço deve ser usado em cada espectro e estabelece arranjos de frequência para harmonizar diferentes países. Mas as nações têm liberdade para verificar a quantidade de espectro que irão disponibilizar e quando, além de definir os planos de transição.

    Essas regras podem ser alteradas a cada três ou quatro anos, quando a Conferência Internacional da UIT revê a regulamentação do setor. No último encontro, realizado neste ano, a UIT harmonizou as faixas de 700, 800 e 900 MHz para banda larga. No próximo, segundo Albernaz, deve ser discutida a necessidade de identificar mais faixas de frequência.

    congregeorgeinternoGeorge HydeUm cenário alentador para o rádio e a TV foi apresentado nesta quarta-feira, 20, aos participantes do 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão pelo norte-americano George Hyde. “Mesmo com toda essa competição de mídia, a TV e o rádio ainda correm bem fortes”, avaliou o primeiro palestrante desta tarde, que falou sobre Tecnologia e Inovação.

    A declaração do sócio consultor da W.B. Grimes & Company, conceituada empresa em fusão e aquisição de organizações do ramo de comunicação e entretenimento dos Estados Unidos, decorre dos índices por ele apresentados, que apontam que atualmente a TV ocupa 84% do tempo das pessoas, contra 56% do rádio e 41% da internet. A informação despertou grande interesse do público e gerou inúmeras perguntas a respeito do tema ao fim da palestra.

    Hyde ainda provou com números que, apesar da explosão da internet e das redes sociais, as mídias mais próximas da população ainda são o rádio (48%) e a TV (31%), seguidos pela internet (15%), jornal (2%) e revista (2%). Para o especialista, a internet tem assumido uma função de “gerenciadora” da vida das pessoas, que buscam na rede mundial informações que vão desde a temperatura e horários de vôos até serviços bancários. “O rádio e a TV ainda são os veículos mais próximos das pessoas”, garantiu ele.

    Conhecido por usar estratégias exclusivas de grandes organizações para auxiliar empresários de pequeno e médio porte a alcançarem metas de crescimento a longo prazo, o executivo atuou por mais de 40 anos em gerenciamento e desenvolvimento de receitas de emissoras de rádio e por duas décadas foi vice-presidente executivo da Radio Adversinting Bureau (RAB), entidade internacional que ajuda as agências de publicidade a gerar anúncios no rádio.

    Com essa experiência, Hyde afirmou que a pergunta que mais escuta é como as emissoras podem continuar a crescer em faturamento num ambiente tão adverso com tantas mídias novas. Segundo ele, o problema é o mesmo em todos os países, mas a solução é diferente.

    No que se refere às rádios, Hyde informou que hoje as FMs têm 85% dos ouvintes, mas que as AMs estão buscando estratégias para reconquistar espaço. “Muitas rádios AM se tornaram rentáveis criando grupos de ouvintes divididos por perfil, que pode ser por idioma, por grupo étnico ou por idade”, enumerou. Além disso, o norte-americano destacou que as emissoras AM estão buscando qualificar a transmissão, mudando para HD, e a partir disso garantir presença na banda das FMs.

    Ao fim da palestra, Hyde voltou a afirmar que a internet, em especial redes sociais como Facebook, ainda não ameaçam o rádio e a TV. “As pessoas gastam sete horas por mês com o Facebook, isso é menos da metade do tempo dedicado ao rádio. Em compensação, o valor da rede Facebook hoje é de 104 bilhões de dólares, muito mais que a Pepsi, o McDonald’s ou até a Disneyworld”, comparou.

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