O governo argentino enviou uma circular ao grupo Clarín para dizer que a empresa deve começar a vender a maior parte de seus canais de TV. O documento tem respaldo na Lei de Mídia, aprovada no final de 2009.
O artigo 161 da legislação limita a quantidade de licenças de radiodifusão operadas por uma mesma companhia e estabelece prazo de um ano para adaptação voluntária.
O artigo, no entanto, está suspenso até dezembro por uma decisão da Suprema Corte de Justiça. Ainda assim, a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) afirma que esse prazo acabou e começa agora o período da adequação compulsória.
Alguns críticos afirmam que os maiores beneficiados da lei seriam grupos de mídia aliados do governo de Cristina Kirchner, que comprariam esses canais a baixos preços. E o grupo Clarín, principal veículo opositor da atual gestão, seria o maior prejudicado.
O presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), Luis Pardo Sainz, critica a medida. Para ele, esta é uma forma de controlar o conteúdo editorial e atacar a independência dos veículos privados no país.
“A lei de mídia argentina é sumamente restritiva e nociva para a liberdade de expressão, cuja lógica que prevalece é a da conveniência política em detrimento da livre circulação de informações”, afirma.
Assessoria de Comunicação da Abert
O Diário Oficial da União da última segunda-feira trouxe nomeações de quatro funcionários para ocupar funções relacionadas a atividades de análise de processos de radiodifusão, dentro do quadro de pessoal do Ministério das Comunicações. Eduardo Amorim Martins de Souza assume o cargo de coordenador-geral de Regime Legal de Outorgas do Departamento de Outorga de Serviços de Comunicação Eletrônica; Samir Amando Granja Nobre Maia passa a ocupar a coordenação geral de Acompanhamento de Outorgas, no Departamento de Acompanhamento e Avaliação de Serviços de Comunicação Eletrônica; Luciano da Silva Eciene a Coordenação de Análise de Atos Societários, no Departamento de Outorga de Serviços de Comunicação Eletrônica; e Sibela Leandra Portella Matias a Coordenação de Apuração de Infração da Coordenação-geral de Acompanhamento de Outorgas, na Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica.
Assessoria de Comunicação da Abert
Engenheiros de entidades de radiodifusão e técnicos do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações vão elaborar uma proposta para fiscalizar o cumprimento das normas sobre variação de volume nos intervalos comerciais do rádio e da TV. A primeira reunião do grupo está marcada para o próximo dia 28, em Brasília.
O controle do nível sonoro veiculado entre os blocos dos programas e os intervalos comerciais foi regulamentado pela portaria de nº 354 do Minicom, publicada no último dia 12. De acordo com a norma, a diferença entre o volume da programação e os comerciais veiculados não poderá ser maior que 2 decibéis. As emissoras terão um ano para se adaptar a este padrão.
A portaria que autoriza a criação do grupo de trabalho foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União. A tarefa dos engenheiros e técnicos será a de definir mecanismos adequados para fiscalizar de forma automática, simples e transparente, a padronização do volume de áudio. Além disso, eles vão estudar e propor procedimentos que sejam aplicáveis a cada uma das tecnologias existentes e a cada um dos serviços de radiodifusão.
As emissoras que não as cumprirem o parâmetro de volume até 2 decibéis estarão sujeitas às sanções e poderão até ter suspenso o seu sinal. A operadora que estiver irregular será advertida e terá 30 dias de prazo para fazer a correção, conforme prevê o regulamento.
Para efeitos de fiscalização, serão analisadas seis amostras de programação - que compreendem em um bloco de programas, o intervalo comercial e o bloco subsequente.
Assessoria de Comunicação da Abert
Cruz Vermelha realiza curso sobre jornalismo em situações de conflito
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em parceria com a OBORÉ Projetos Especiais em Comunicações e Artes, e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), realiza, em São Paulo, o XI Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflito Armado e Outras Situações de Violência.
O evento, destinado a estudantes universitários da graduação, é realizado no âmbito do Projeto Repórter do Futuro, com coordenação pedagógica do jornalista João Paulo Charleaux, e acontecerá nas manhãs de seis sábados: 4, 18, 25 de agosto; 1º, 15 e 29 de setembro. As inscrições vão até o dia 02 de agosto.
O curso conta com a participação de juristas, militares, policiais, jornalistas e especialistas em Relações Internacionais, que ministrarão conferências de imprensa e concederão entrevistas coletivas sobre as normas internacionais aplicáveis em situações de conflito armado e outras situações de violência.
Além disso, será apresentado o perfil da ação humanitária do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em cerca de 80 países.
Para mais informações, acesse: http://www.reporterdofuturo.com.br
Assessoria de Comunicação da AbertO Ministério das Comunicações consignou, nesta semana, canais digitais para retransmissoras de TV em 43 municípios espalhados por nove Estados brasileiros. A maior parte das consignações foi para os Estados de São Paulo, com 24 cidades, e Minas Gerais, com oito.
Além das retransmissoras, duas geradoras e uma emissora educativa também receberam canais digitais. Com a consignação, as emissoras já podem transmitir utilizando a tecnologia digital.
Na semana passada, as consignações de canais digitais abrangeram 32 retransmissoras, sendo 27 no Mato Grosso. Os outros Estados contemplados foram Bahia, Amazonas e São Paulo. Também foram publicadas consignações para três geradoras em Santa Catarina e São Paulo.
As emissoras que receberam canais digitais devem transmitir sua programação simultaneamente em tecnologia digital e analógica até o completo desligamento da TV analógica, em 2016. Depois disso, os canais utilizados para transmissão analógica serão devolvidos à União.
A TV digital traz uma série de benefícios ao telespectador, como imagens em alta definição e melhor qualidade dos sinais, que chegam sem interferências e chuviscos. Além disso, a tecnologia também permite a interatividade e a portabilidade, ou seja, a recepção do sinal em aparelhos móveis, como telefones celulares.
Ministério das Comunicações
Com a estreia do sinal digital da TV Acre, afiliada à Globo, nesta quinta-feira (26), em Rio Branco, todas as capitais brasileiras passam a ter sinal de pelo menos uma emissora de TV digital.
O diretor da TV, Ricardo Mendes, ressalta a importância desta mudança: “o estado do Acre está ganhando a tecnologia nova de se fazer televisão, uma maneira nova de se assistir, uma maneira nova de se anunciar”.
O gerente técnico da emissora, Adriano Oliveira, chama atenção para os investimentos e para a necessidade de profissionais qualificados: “o público já verifica a grande mudança de qualidade da TV digital para a analógica, mas sabemos que tem um preço, que tem um grande custo, e sabemos que os profissionais estão sendo treinados para manter a qualidade”.
De acordo com nota do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), a população com acesso ao sinal da TV digital já chega a 43.041.964 habitantes. Ainda segundo o Fórum SBTVD, os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo já contam com mais de 70% de seus municípios atendidos pelo sinal digital de pelo menos uma emissora.
Na sexta-feira (27), será a vez da TV Rondônia, que passará a emitir oficialmente o sinal digital gratuito para Porto Velho, que já está coberta pelo sinal digital de três emissoras: a TV Candelária, afiliada à Record, a Record News e a TV Rede Vida.
Assessoria de Comunicação da Abert