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    painel2_internaA responsabilidade pela hospedagem de conteúdo pirata ou de caráter ofensivo em sites da web foi tema de painel no Seminário Marco Civil da Internet, promovido pela Abert e pela Escola de Direito-Rio da Fundação Getúlio Vargas, nesta quarta-feira, 17, em Brasília.

    O painel teve como moderadora a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Fátima Nancy Andrighi. Participaram como palestrantes o advogado Jeff Cunard, especialista em propriedade intelectual associado ao Berkman Center for Internet and Society da Universidade de Harvard, e o professor da FGV Direito-Rio, Ronaldo Lemos.

    A ministra explicou que a falta de um marco legal para a internet tem sido um desafio. “As lacunas legais sempre impõem ao poder judiciário um desafio muito grande porque não se sabe, efetivamente, se nós estamos tutelando de forma justa e eficiente as inúmeras relações jurídicas advindas do uso dessa rede mundial de computadores”, disse a ministra.

    Segundo ela, o entendimento atual do STJ em dois julgamentos que chegaram à Corte é de que o provedor de internet deve retirar imediatamente o conteúdo ilegal do site após tomar conhecimento da parte interessada.

    No projeto de lei do Marco Civil da Internet, o tema está previsto dos artigos 14 ao 16. Ao contrário do que decidiu o STJ, a primeira versão da proposta previa a retirada do conteúdo somente após ordem judicial, o que foi criticado pela ministra. 

    “Em 39 anos de magistratura eu digo que tudo o que puder afastar da esfera judiciária estará fazendo bem ao cidadão e ao Poder Judiciário. Devemos evitar ao máximo a judicialização”, declarou Fátima Nancy. Este ponto foi modificado pelo relator da proposta na Câmara, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

    Experiência norte-americana - Nos Estados Unidos, há duas regras diferentes para a publicação de conteúdos. No caso dos direitos autorais existe a Digital Millenium Copyright  Act (DMCA, Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital), que adota o sistema notice an take down.  Os provedores de internet são isentos de responsabilidade quando retiram o conteúdo após uma notificação fundamentada. Mas devem monitorar o conteúdo ilegal e retirá-lo rapidamente quando souberem de sua existência. jeff_cunard_interna

    “A melhor forma de monitorar esses conteúdos é pela observância do direito autoral”, afirmou Cunard. O mesmo não acontece com conteúdos ofensivos. O intermediário da web não é responsável pela informação postada, independentemente de conhecimento prévio ou não. Neste caso, a parte ofendida ingressa diretamente com ação contra o responsável pela postagem do conteúdo.

    O Brasil decidiu seguir o mesmo modelo dos norte-americanos. Na proposta do marco civil, o conteúdo ofensivo deve ser retirado mediante ordem judicial. Já as questões de conteúdo autoral serão reguladas na reforma da Lei do Direito Autoral.

    “Não é possível resolver todas as questões no marco civil e prevíamos isso desde o início”, avaliou o professor da FGV, Ronaldo Lemos. Ele afirmou que o país vive em situação de insegurança jurídica com relação ao tema e criticou a enxurrada de ações judiciais para retirada de conteúdo em período eleitoral.

    Neste caso, os maiores prejudicados são os sites pequenos, que não raro são condenados a pagar indenizações desproporcionais.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    molon_internaO deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) defendeu nesta quarta-feira a aprovação ainda neste semestre do projeto de lei que institui regras para o uso da internet no país. “A não votação do projeto implicará em perdas enormes para o Brasil”, afirmou Molon, ao participar da abertura do Seminário Marco Civil da Internet, promovido pela Abert e pela Escola de Direito – Rio, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Brasília.

    O Marco Civil é uma espécie de “Constituição” da internet que define direitos e deveres de cidadãos, empresas e governos. A proposta, no entanto, aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados desde o ano passado.

    Segundo Molon, que é relator da matéria, sem essas regras, “o usuário pode perder sua privacidade ao usar a internet, a liberdade de escolha sobre o que ler e, com isso, ter todos os seus direitos de livre expressão violados”.

    O evento reuniu especialistas de diversas áreas que foram unânimes em afirmar a importância das normas também para estimular investimentos em inovação e empreendedorismo.

    O primeiro painel do evento debateu a Isonomia e não discriminação  – A neutralidade de rede como principio garantidor da livre concorrência e circulação de ideias.  Como moderador, o presidente da Abert, Daniel Slaviero, afirmou que a neutralidade de rede “é a espinha dorsal deste projeto”. “Não podemos deixar que haja discriminação de conteúdo. Todo o tráfego na internet tem que ser tratado de forma igual por quem fornece a conexão ao usuário”, defendeu Slaviero. painel_daniel_interna

    Olavo Chinaglia, ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse que a neutralidade de rede deixará o ambiente de concorrência entre as operadoras de internet fixa e móvel “mais saudável”. “Garantir condições isonômicas de acesso a infraestrutura de rede para a prestação de serviço é fundamental para que o país se beneficie dessa situação de concorrência entre as empresas e, com isso, o usuário terá melhores serviços e preços”, afirmou.

    O professor da FGV Direito-Rio, Carlos Affonso, sustentou a importância da neutralidade na web, mas disse que as empresas de internet têm interesse em vender produtos para usuários de maior poder aquisitivo. “Para as empresas de telecomunicações, a internet deve ser neutra em relação a conteúdo, porém, elas querem ter o direito de vender serviços fechados, como planos de internet mais baratos, o que limita o acesso a determinados sites ou redes sociais”, explicou.

    “O conceito da neutralidade é a não discriminação de acesso e conteúdo, estabelecendo que todo o tráfego da internet seja tratado de forma igualitária por quem fornece a conexão ao usuário”, disse Affonso.

    A proposta do Marco Civil prevê o direito à privacidade por parte do usuário, o sigilo das comunicações, o direito a não suspensão da conexão, a manutenção da qualidade contratada da conexão e informações claras sobre coleta, uso e proteção de dados pessoais.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    O repórter fotográfico Walgney Assis Carvalho, de 43 anos, foi morto a tiros na noite do último domingo, na cidade de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, em Minas Gerais.

    O crime ocorreu 37 dias após a morte do radialista e jornalista policial Rodrigo Neto, assassinado no dia 8 de março, no bairro Canãa, em Ipatinga (MG). Carvalho trabalhou com Neto em diversas reportagens policiais para um jornal da região.

    A Polícia do estado já trabalha com a identificação de dois suspeitos do assassinato. A Secretaria de Defesa Social (Seds) informou que o morte do fotógrafo pode ter relação com a execução de Rodrigo Neto, no início de março, e com outros 14 homicídios ocorridos no Vale do Aço nos últimos anos.

    Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) apelou às autoridades do Estado de Minas Gerais para que procedam rigorosa apuração do caso.

    A nota da Abert também lembra que este é o quarto assassinato de um profissional de comunicação este ano no país, "o que demonstra uma tendência extremamente preocupante de cerceamento do  livre exercício do jornalismo e do pleno direito da sociedade à informação".

    Foto: arquivo pessoal

    Assessoria de Comunicação da Abert

    A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) apela às autoridades do Estado de Minas Gerais para que procedam rigorosa apuração do assassinato do repórter fotográfico Walgney Assis Carvalho, morto com dois tiros no último domingo, 14, em Coronel Fabriciano, cidade do leste de Minas Gerais. O crime ocorreu 37 dias após a morte do radialista e jornalista policial Rodrigo Neto, assassinado no dia 8 de março, no bairro Canãa, em Ipatinga (MG). Carvalho chegou a trabalhar com Neto em pautas policiais para um jornal Vale do Aço.
    Esperamos pelo esclarecimento e identificação dos autores deste que é o quarto assassinato de um profissional de comunicação este ano no país, o que demonstra uma tendência extremamente preocupante de cerceamento do  livre exercício do jornalismo e do pleno direito da sociedade à informação.

    Brasília, 17 de abril de 2013.
    DANIEL SLAVIERO
    Presidente

    O deputado federal Marcos Rogério (PDT- RO) visitou a Abert nesta terça-feira, 16. Durante o encontro, o parlamentar falou sobre diversos temas, entre eles um projeto de sua autoria que poderá levar mais segurança aos consumidores. abert_16042013Deputado Marcos Rogério

    A proposta, em tramitação na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, obriga que as empresas de telefonia fixa e móvel tenham postos de atendimentos em cidades com mais de 40 mil habitantes. Segundo o deputado, esse contato físico pode dar mais segurança ao cidadão.

    “Hoje em dia, em qualquer esquina, se compra um celular de qualquer operadora, mas na hora que é preciso reclamar de um serviço cobrado indevidamente o cidadão tem que protestar pelo telefone e, muitas vezes, fica horas para resolver um problema. O brasileiro sente mais segurança quando resolve pendências com atendimentos presenciais e não somente pelo call center.”, constata o deputado.

    “A PEC 37 caminha na contramão do que espera a sociedade, que quer mais investigação dos crimes”, afirma Molon

    Já aprovada na Comissão Especial, a Proposta de Emenda à Constituição 37 (PEC 37) está pronta para ser votada no plenário da Câmara dos Deputados. A PEC tem o objetivo de tornar exclusividade das polícias Civil e Federal as atividades investigatórias criminais, retirando poder dos Ministérios Públicos, da Receita Federal, do Tribunal de Contas e do Banco Central para a investigação de crimes.

    Representantes dos Ministérios Públicos de todo o Brasil já se mobilizam para fazer um manifesto conjunto contra a aprovação da PEC.
    O deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) é contrário à proposta, por considerar seus efeitos um retrocesso para a democracia. Em entrevista à Abert, Molon conta como será a luta pela não votação desta Proposta. Confira os principais trechos:

    - A PEC 37, que restringe o poder do Ministério Público, Receita Federal e outros órgãos, pode ser votada no plenário a qualquer momento. Caso isso ocorra e ela seja aprovada, qual seria o tamanho do problema que o Brasil poderá enfrentar.

    Seria um enorme retrocesso para o Brasil. Uma das grandes conquistas da Constituição de 1988 foi a atribuição que ela deu ao Ministério Público. Muitos dos avanços que temos tido no Brasil devem-se à atuação do MP, por isso, essa PEC caminha na contra mão do que espera a sociedade. A sociedade brasileira não quer menos investigação, ela quer mais investigação, mais combate à impunidade, mais combate aos crimes. Então, ao restringir toda a investigação às polícias, ela certamente vai permitir um aumento da impunidade no Brasil.

    - Em sua opinião, a Polícia não tem condições de investigar sozinha?

    Eu acho que a Polícia pode e deve continuar investigando e, em casos especiais, o MP colaborar com a investigação. Não é bom para o Brasil que apenas um órgão possa investigar. Ao contrário, é a soma de esforços que pode impor as maiores derrotas ao crime. Isso não é um demérito para a Polícia, ao contrário, é um reforço para atividade da policial.

    - Como está a tramitação da PEC 37 no Congresso Nacional?

    Lamentavelmente, a PEC foi aprovada na Comissão Especial, sem o meu voto, e também teve sua admissibilidade aprovada na CCJ, novamente sem o meu voto. Agora a nossa luta é impedir que ela vá ao Plenário ou, se for, tentar derrotá-la no plenário.

    - Se a PEC for aprovada no plenário, há uma possibilidade de recorrer ao STF com pedido de inconstitucionalidade?

    Sim, é possível. Mas ir ao STF é a nossa ultima opção. Nós vamos lutar para que a PEC não seja votada no Congresso Nacional ou que, se isso for inevitável, que seja derrotada.

    - O Brasil é um país que tem dificuldades para combater a corrupção. No caso da aprovação da PEC, o Brasil ficará mais aberto aos corruptores?

    Com certeza. O combate à corrupção está longe de ser o que queremos. Se além dos problemas que nós temos, o MP ainda não puder ajudar nessas investigações, o combate à corrupção será menor, ou seja, será mais fácil a prática de atos de corrupção.

    Assessoria de Comunicação da Abert
     

     

    A ABERT e a Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro, realizam na próxima quarta-feira, 17/4, o seminário Marco Civil da Internet. O evento acontece das 10h às 13h, em Brasília.

     O seminário reunirá especialistas para discutir um dos temas mais importantes para o país, as regras para o uso da web. Neste momento, um projeto de lei que estabelece direitos e obrigações de cidadãos, empresas e governos aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados. 

    Os debates promovidos pela ABERT e a Escola de Direito serão divididos em dois temas: Isonomia e Não-Discriminação e Direito Autoral. 

    No primeiro painel, será discutido o princípio da neutralidade no Brasil com exemplos de experiências internacionais. Terá como moderador o presidente da ABERT, Daniel Slaviero, e como debatedores Olavo Chinaglia, ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o professor da FGV Carlos Affonso, e o deputado chileno Gonzalo Arenas.

    O segundo painel contará com a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Fátima Nancy Andrighi, como moderadora, e o advogado Jeff Cunard e o professor da FGV Ronaldo Lemos no papel de debatedores.

    O relator da proposta na Câmara dos Deputados, Alexandre Molon (PT-RJ), e o vice-diretor de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação da FGV Direito-Rio, Sérgio Guerra, participam da abertura do seminário.

    As inscrições para o evento são gratuitas e estão abertas no site www.fgv.br/direitorio .

    SERVIÇO

    Seminário Marco Civil da Internet

    Data: 17 de abril, das 10h às 13h

    Local: Centro Empresarial Brasil 21 (SHS Quadra 06, Complexo Brasil 21, Brasília)

    Inscrições: www.fgv.br/direitorio


    O presidente da ABERT, Daniel Slaviero, defendeu a força da televisão aberta brasileira durante painel no NAB Show 2013, que ocorreu durante essa semana em Las Vegas, nos Estados Unidos. Ele participou na quarta-feira, 10, da Super Session “Empurrando as Fronteiras: Como Líderes Globais estão dirigindo Metamorphosis”. 

    Segundo Slaviero, o futuro da TV aberta no Brasil é promissor. Com 97,7% de penetração, a relevância do veículo continuará por muito tempo devido a vantagens como oferta de conteúdo de qualidade, mobilidade e caráter local.

    “O principal ponto está no conteúdo de qualidade, que agrega valor à radiodifusão. A TV aberta pelo ar, principalmente com o padrão da televisão brasileira, que proporciona mobilidade, ainda tem um futuro grande de relevância pela frente”, afirmou.

    Para ressaltar a força dos canais abertos no Brasil, o presidente da ABERT lembrou que eles atingem 97,7% da população brasileira, enquanto a internet alcança somente 31% e a TV paga 26,5%. Justamente o contrário do que ocorre nos Estados Unidos, onde as tecnologias a cabo predominam em penetração.

    “A principal fonte de informação, cultura e entretenimento do povo brasileiro é a TV aberta”, ressaltou. Outra prova da eficácia da TV está no crescimento de sua participação no mercado publicitário. De 2005 a 2012, o subiu de 58% para 64,7% a participação do meio no total do bolo publicitário.

    Na competição com outros serviços de TV oferecidos pela internet ou a cabo, a TV aberta se sobressai com três vantagens. A primeira é a sua capacidade de distribuição de conteúdo de eventos ao vivo como programas de notícias, esportes, além de shows. A segunda aposta está nas novelas, que são um importante ingrediente da cultura brasileira e, por fim, o caráter local da radiodifusão.

    Promovido pela National Association of Broadcasters, entidade que representa a radiodifusão nos Estados Unidos, o NAB Show é o maior evento em tecnologia de broadcast e mídia eletrônica do mundo. O evento reuniu mais 100 mil profissionais das áreas de mídia e entretenimento de 150 países.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    A Associação das Empresas de Radiodifusão de Pernambuco (Asserpe) divulgou nota nesta quarta-feira, 10, em protesto à  medida que obriga as emissoras comerciais de Recife a tocarem frevo.

    Batizado de Momento do Frevo, o projeto de lei  4/2013 prevê que as rádios de Recife devem veicular, no mínimo, uma vez ao dia, uma canção no ritmo, entre 8h e 12h ou 14h e 18h.

    De autoria do vereador Marcos Aurélio Madeiros (PTC), a proposta recebeu nesta terça-feira, 9, a assinatura do prefeito de Recife, Geraldo Júlio, e pode ser publicada no Diário Oficial local até o fim desta semana.

    A medida afeta cerca de sete emissoras da capital pernambucana e gerou protestos dos radiodifusores.  Eles devem se reunir com o prefeito ainda nesta semana para tratar do assunto.

    Caso não haja entendimento, a Asserpe acionará a Justiça.

    De acordo com o presidente da entidade, Cléo Nicéas, a proposta é inconstitucional, pois interfere na liberdade de programação das emissoras. Além disso, somente o Congresso Nacional pode legislar sobre matéria relativa a rádio e TV.

    “Reconhecemos a importância da valorização desse ritmo, mas é abusiva a obrigatoriedade exercida pelo poder público sobre a execução de qualquer conteúdo em veículos de comunicação”, disse. Segundo ele, a imposição interfere no livre direito de os veículos se comunicarem com o seu público, o que é garantido na Constituição.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Vários seminários e palestras são realizados durante a edição do NAB Show, que acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos.

    Um dos temas mais debatidos na edição deste ano trata da evolução do rádio AM.  Especialistas de todo o mundo participaram do debate.

    O representante da Comissão Federal de Comunicação (FCC), Ajit Pai,  acredita que a evolução do rádio AM deve passar pela revisão das regras da faixa, ou seja, uma nova legislação. Ele também acredita que o aumento da potência, em pelo menos 10 vezes, poderá ser uma opção para a atualização do rádio AM.

    Já para o deputado norte-americano e também presidente da subcomissão Tecnologia das Comunicações da Câmara, Greg Walden,  a revitalização do rádio AM apenas se dará quando houver a total digitalização e a migração para os canais 5 e 6.

    Já para o vice-presidente da Bryan Broadcasting Corp (EUA) Ben Downs, as questões regulatórias são importantes para a evolução do rádio AM. Segundo ele, é necessário trabalhar com o espaço do espectro. “Se não criarmos soluções agora podemos ter o mesmo problema com os canais 5 e 6 no futuro, por isso, sem uma política que ataque a poluição do espectro, nós estaríamos revitalizando uma banda para ter que voltar a revitalizá-la em 10 anos”, ressaltou B. Downs.

    DELEGAÇÃO BRASILEIRA -  A delegação brasileira, formada por representantes do Ministério das Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações, da Câmara dos Deputados e da ABERT, participa do evento e acompanha os seminários e palestras do setor.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    O presidente da National Association of Broadcasters (NAB), Gordon Smith, ressaltou a importância da TV aberta e a sua habilidade em adaptar-se às constantes mudanças tecnológicas. Mesmo em um mundo de tablets e smartphones, a radiodifusão é tão relevante hoje quanto sempre foi, declarou o executivo durante a abertura do NAB Show 2013, nesta segunda-feira, 8.

    Segundo o presidente da principal entidade que representa as emissoras de rádio e TV nos Estados Unidos, a TV aberta deve considerar as oportunidades e os desafios para se inovar e oferecer ao consumidor conteúdos em diversas plataformas, o que permitirá "a flexibilidade necessária para melhor servir os espectadores, competir no mundo móvel e encontrar novos fluxo de receita", afirmou.  

    Emissoras norte-americanas têm entregado sinal de televisão em dispositivos móveis, por exemplo. Assim, telespectadores assistem a TV onde quer que eles estejam, “em suas casas, carros ou em uma partida de baseball", disse Smith.

    Segundo ele, a adoção de novas tecnologias para entrega de programas televisivos em novas mídias é fundamental.  “Chegou a hora de nos unirmos na adoção de novas tecnologias e perceber as consequências se não fizermos isto", afirmou.

    DELEGAÇÃO BRASILEIRA - A delegação brasileira formada por representantes do Ministério das Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações, da Câmara dos Deputados e da ABERT participam do evento e acompanham os seminários e palestras do setor.

    Na quarta-feira, 10, o presidente da ABERT, Daniel Slavieiro, será um dos painelistas da Super Session  “Empurrando as Fronteiras: Como Líderes Globais estão dirigindo Metamorphosis”.  Moderado pelo correspondente em Los Angeles do Financial Times, Matt Garrahan, o painel também terá a participação de Alma Derricks, da Deloitte Consulting LLP e do Tarun Katial, CEO  da Reliance Broadcast Network Limited. No painel será discutida a realidade dos principais mercados de mídia e entretenimento do mundo. De acordo com a AdAge, mercados internacionais como Brasil, Índia e China irão superar os Estados Unidos em gastos com publicidade em 2014.

    Durante o primeiro dia da NAB Show, os brasileiros participaram de uma palestra com empresas fabricantes de equipamentos. O objetivo foi discutir a ampliação de linhas de produtos em HD a baixo custo. Dessa forma, pequenas empresas de radiodifusão terão a oportunidade de adquirirem produtos de qualidade para oferecer conteúdo digital aos seus consumidores.

    Nos pavilhões da feira do NAB Show, a delegação brasileira também conheceu as novas tecnologias que deverão chegar ao país.

    No mesmo dia, a Associação de Emissoras de Rádio e TV de São Paulo (AESP) realizou um debate com os representantes brasileiros para falar sobre a digitalização da radiodifusão, a migração do rádio AM para os canais 5 e 6 de televisão e as novas tecnologias que alimentam o setor.

    NAB SHOW - Promovido pela National Association of Broadcasters, o NAB Show é o maior evento em tecnologia de broadcast e mídia eletrônica do mundo. O evento começou no sábado, 8, e segue até a quinta-feira, 11. São esperadas em Las Vegas mais 100 mil profissionais das áreas de mídia e entretenimento de 150 países.

    A edição deste ano promove cerca de 500 sessões entre conferências, palestras, workshops e uma feira de equipamentos. Os temas abrangem  tecnologia de televisão, rádio e cinema, produção e pós-produção de filmes/vídeos, áudio, novas mídias, internet, streaming, banda larga, serviços sem fio, via satélite e telecomunicações.



    Assessoria de Comunicação da Abert


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