A 4ª Câmara do Conselho de Ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) realizou nesta terça-feira, 19, em Brasília, a primeira reunião do ano para debater e votar representações feitas pelo consumidor ou pelo próprio órgão contra propagandas que possam ter descumprido o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
Conduzida pelo presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, que também dirige a 4ª Câmara do Conselho de Ética, o colegiado analisou quatro representações, que serão divulgadas e apresentadas posteriormente.
O CONAR é constituído por oito Câmaras de Ética nas cidades de Brasília, Recife, Porto Alegre, Brasília e quatro em São Paulo.
As Câmaras do Conselho de Ética do Conar são compostas por representantes da Associação Brasileira de Anunciante (ABA), da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aneer), entre outras entidades. A sociedade civil também está representada no colegiado.
Nesta quarta-feira, 20, haverá em São Paulo mais uma reunião, desta vez da 7ª Câmara do Conselho de Ética.
O CONAR foi fundado em 1980 com objetivo de impedir que a propaganda enganosa ou abusiva possa causar constrangimento ao consumidor. O CONAR não exerce censura sobre peças publicitárias, a sua missão é defender e atender as denúncias de consumidores, autoridades e associados.
As denúncias são julgadas pelo Conselho de Ética, com garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Quando comprovada a procedência de uma denúncia, o CONAR tem como responsabilidade recomendar alteração ou suspender a veiculação do anúncio.
Assessoria de Comunicação da Abert
Apesar do fraco avanço do PIB brasileiro no ano passado, o mercado publicitário brasileiro cresceu 6%, atingindo faturamento total de R$ 44,85 bilhões. A receita obtida somente com a venda de espaço publicitário, excluindo permutas e faturamento com links patrocinados de internet, por exemplo, foi de R$ 30,1 bilhões, um aumento de 5,98% em relação a 2011.
Com R$ 19,52 bilhões arrecadados, a TV aberta obteve 64,7% do bolo publicitário em 2012, a maior participação desde 1990, quando teve início o estudo do Projeto Inter-Meios, do Grupo Meio & Mensagem. A expansão em 2012 foi de 8,33%, com R$ 19,5 bilhões em investimentos.
O rádio também teve bom desempenho. Em 2012, sua receita cresceu mais que a da internet, que nos últimos anos vinha subindo acima de 20% ao ano. Com avanço de 4,77%, o rádio alcançou R$ 1,18 bilhão em investimentos, enquanto a internet cresceu 4,36%, arrecadando R$ 1,51 bilhão. A participação do rádio na totalidade do bolo, porém, ficou em 3.93%, enquanto a da internet, 5.03%.
Segundo análises de especialistas, em anos de fraca economia, o mercado tende a investir mais em meios com forte consolidação, como é o caso da televisão, informou o Meio & Mensagem.
O desempenho das outras mídias em 2012 foi de 0,67% (Jornais); 6,35% (Mídia Exterior), - 5,43% (Revista), 12,26% (TV por assinatura) e 22,34% (Cinema).
Assessoria de Comunicação da Abert
A Abert irá apresentar sugestões para aperfeiçoar a proposta de Regulamento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), destinado aos serviços de telecomunicações, que inclui o setor de radiodifusão. As regras estão submetidas a uma consulta pública, aberta na última semana pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A proposta tem a finalidade de estabelecer critérios para celebração de TACs entre a agência e as concessionárias, permissionárias ou autorizadas de serviços de telecomunicações.
Segundo o presidente da Abert, Daniel Slaviero, a proposta precisa ser melhorada para deixar claro o enquadramento das emissoras de rádio e TV no regulamento. Embora o texto seja voltado para serviços de telecomunicações, incluindo a radiodifusão, essa questão não está explícita no texto, na avaliação da Abert.
“Essa é uma reivindicação antiga da Abert. Trabalhamos para que as normas contemplem as emissoras de rádio e TV”, afirma .
Ao celebrar um TAC com a Anatel, ao invés de ser multada, a prestadora precisa corrigir a conduta irregular e se comprometer a não repeti-la. Tanto as empresas quanto a agência podem propor a realização de um acordo.
No caso das emissoras, o TAC poderia ser firmado para ajustar situações irregulares de pós-outorga, como processos que estabelecem a localização de antenas e torres, por exemplo.
Com frequência, a Anatel instaura processo por descumprimento de obrigações, porque a localização de uma torre foi definida há vários anos com uma ferramenta pouco precisa, o que resulta na diferença dos cálculos, exemplifica Slaviero.
“Na maioria dos casos, não se trata de má vontade ou desleixo do regulado. Além disso, há fatores econômicos e tecnológicos que interferem no cumprimento de determinadas normas”, afirma.
MULTAS – Também está em consulta pública até 30 de março a proposta para metodologia de cálculo de multas aplicadas em sanções administrativas.
O texto traz três fórmulas de cálculo do valor-base de multa para cada uma das seguintes infrações: qualidade, direitos dos usuários, licenciamento de estações, execução de serviço de telecomunicações sem outorga, uso de equipamentos ou produtos sem homologação ou certificação, uso irregular do espectro de radiofrequências por empresas de telecomunicações, e uso irregular do espectro de radiofrequências (radiodifusão).
Assessoria de Comunicação da Abert
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu na quarta-feira, 13, o primeiro dos 13 analisadores de espectro em tempo real. O objetivo da aquisição é equipar e capacitar a agência para gestão, monitoração, controle e fiscalização de uso do espectro radioelétrico, incluindo garantias, para operação durante os grandes eventos internacionais, como Copa do Mundo, Olimpíadas e Paralimpíadas.
O equipamento vai permitir o incremento na detecção de sinais provenientes de fontes não outorgadas, mesmo que os sinais variem rapidamente de frequência e tenham curta duração. Por meio dele também será possível identificar interferências nas operações de sinais outorgados e melhor documentar as medições para elaboração de laudos.
Além do analisador em tempo real, o aparelho ainda combina analisadores de sinais e de espectro de varredura, com todas as funções usuais. O equipamento também permite a automação da detecção de sinais não outorgados ou outorgados que excedam algum parâmetro legal e a análise de sinais presentes em todas as faixas outorgadas pela Anatel.
Fonte: Anatel
“Estão colocando uma mordaça na boca de jornalistas com multas abusivas”, afirma Arruda
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 4653/12, do deputado João Arruda (PMDB-PR), que anistia as multas aplicadas pela Justiça Eleitoral a jornalistas, editores de blogs e pessoas jurídicas que exerçam atividades de comunicação social. A medida vale para multas aplicadas entre 2008 e 2012. Pela proposta, a anistia seria restrita às punições aplicadas pela manifestação de opinião.
Em entrevista à Abert, o deputado afirmou que, na maior parte das vezes, as multas são desproporcionais, o que tem levado à restrição ao livre direito de manifestação e pensamento. A situação, na opinião dele, refletiu-se de forma mais explícita no último pleito.
“Estamos baixando o nível de discussão e de politização, colocando uma mordaça na boca de jornalistas e comunicadores com a aplicação de multas abusivas”, declarou o deputado. “O que aconteceu na última eleição, diferente das anteriores, foi que as discussões ficaram limitadas. Comunicadores e jornalistas tinham muito receio de fazer qualquer tipo de crítica e serem penalizados com multas que inviabilizassem os seus negócios e suas profissões”, afirmou.
Em caráter conclusivo, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) antes de seguir para o Senado. Leia os principais trechos da entrevista.
O que o motivou a apresentar o projeto?
Muitas multas aplicadas a comunicadores, não só jornalistas, radialistas, blogueiros, mas até usuários de redes sociais como o Facebook e Twitter, são desproporcionais, ou seja, perdem o objetivo de serem pedagógicas e prejudicam o comunicador, inviabilizando o seu negócio e a sua profissão. A tecnologia inovou na comunicação e trouxe situações inéditas para a Justiça Eleitoral. Acredito que enquanto não se estabelecer um critério esses jornalistas serão penalizados desproporcionalmente.
Em que medida o excesso na aplicação dessas multas prejudica a livre manifestação de ideias em um período fundamental para debates como as eleições?
Acho que isso promove um tipo de censura que compromete à comunicação e a liberdade de expressão. Todos os comunicadores têm posições. E nós temos que saber avaliar essas posições. Essa é a verdadeira democratização do processo e o debate na época eleitoral é de extrema importância. Na última eleição, diferente das anteriores, as discussões ficaram limitadas nos meios de comunicação, justamente porque os comunicadores e os jornalistas tinham muito receio de fazer qualquer tipo de crítica e serem penalizados com multas que inviabilizassem os seus negócios e suas profissões.
Os políticos, geralmente, justificam as ações alegando crimes de calúnia e difamação.
Eu já fui criticado, soube responder e também aprender a conviver com isso. Nós, que estamos na vida pública, corremos o risco de ser criticados a qualquer momento. A liberdade de expressão dá direito a qualquer jornalista fazer a crítica. E também nos dá o direito de responder. Quando existe essa interação, a democracia é justa para os dois lados. Nós podemos exigir o direito de resposta no mesmo espaço e na mesma condição que a notícia foi veiculada ou publicada. Mas, sem limitar, sem censurar, sem deixar com que o jornalista, o comunicador, tenha o direito de se manifestar.
Como está a aceitação do projeto na Câmara?
Muito boa, principalmente por blogueiros, jornalistas e comunicadores que já foram multados e hoje passam por muitas dificuldades. Quanto à Casa, posso não obter um resultado positivo na aprovação, mas vou trabalhar muito para aprovar o mais rápido possível. Caso isso não aconteça, acho importante que se abra essa discussão. Porque nós estamos baixando o nível de discussão e de politização, colocando uma mordaça na boca de jornalistas e comunicadores com a aplicação de multas abusivas.
Assessoria de Comunicação da Abert
A Associação Cearense de Emissoras de Rádio e TV (ACERT) completa 36 anos neste sábado, 16. A entidade, ligada à Abert, representa 170 emissoras no Estado.
Criada em 1977, a ACERT trabalha pelo desenvolvimento do setor no estado e oferece uma série de serviços às emissoras associadas.
O presidente da Associação, Edilmar Norões, em entrevista à Abert, disse que a entidade tem alguns desafios para este ano, e citou dois projetos como os mais importantes: garantir o apoio do governo do Estado e a adesão dos radiodifusores para disseminar o uso de energia eólica como principal fonte de energia nas emissoras, e conseguir junto ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) a redução das taxas cobradas pela veiculação de músicas.
“A energia é um dos custos mais altos em uma emissora, por isso, estamos desenvolvendo um projeto para apresentar aos radiodifusores e ao governo que possibilitaria utilizar a energia eólica como forma de redução de custo, além de ser uma energia limpa”, explicou o presidente da ACERT. Segundo ele, as conversas com as autoridades estão bem adiantadas.
Sobre o ECAD, Norões explica que as “emissoras dos estados do nordeste e norte não podem pagar a mesma taxa que as emissoras do sul e sudeste. Nossas receitas são menores, precisamos equalizar”, disse Norões.
Assessoria de Comunicação da Abert
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Movimento Todos pela Educação receberam nesta terça-feira, 12, o prêmio Darcy Ribeiro de Educação 2012. O Prêmio é concedido anualmente a três pessoas ou entidades trabalham para promover a educação no país. Os vencedores são escolhidos pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Durante a cerimônia, no Salão Nobre da Câmara, os homenageados foram unânimes em dizer que a educação brasileira melhorou nos últimos anos, mas está muito aquém do desejado, principalmente se considerar que o país é a sexta economia do mundo.
A diretora executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, destacou que, infelizmente, os ensinos fundamental e médio beiram a crise. “Nenhuma das metas estipuladas pela entidade que vão melhorar a educação foi atingida, para isso, precisamos ter um plano nacional de educação, precisamos deixar de ter educação apenas na retórica, precisamos investir mais em regiões como Maranhão e Alagoas onde o estado é mais crítico ainda”, disse ela.
O Todos Pela educação definiu cinco metas para que o país possa ter, pelo menos, uma educação básica de qualidade, entre elas: Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; Todo aluno com aprendizado adequado à sua série; Investimento em Educação ampliado e bem gerido. Na última semana foram divulgados os resultados das metas estipuladas pela entidade. Acesse aqui para ver o estudo.
Priscila Cruz reconheceu as dificuldades e os “anos perdidos com poucos investimentos na educação pública brasileira”, mas acredita que a curto prazo algumas mudanças são necessárias e podem ser feitas para que o país possa começar a alavancar a educação. “É preciso ter uma definição clara do currículo para saber o que deve ser aprendido em cada série, nacionalmente, ter materiais apropriados para cada ano letivo, formar professores que possam ajudar na definição deste currículo e usar as novas tecnologias para que possam auxiliar as crianças principalmente na matemática, que é um dos grandes problemas da educação. Sem implementar esses pontos a educação brasileira continuará nessa crise interminável e lamentável”, disse durante o evento.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliesco, recebeu o prêmio em nome do ex-presidente Lula. Para a entidade, o aumento do acesso à universidades foi a grande vitória da educação nos últimos anos. “Criar ProUni, o Universidade para Todos e facilitar o acesso a créditos educacionais mostra que o Brasil está sim preocupado com futuro educacional dos jovens brasileiros, mas, claro, não podemos esquecer da qualidade do ensino que constantemente tem que ser aprimorado”, disse Iliesco.
Já o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, destacou a importância da educação profissional para o desenvolvimento do país. “É preciso estimular os jovens a também buscarem a educação técnica, logicamente sem distanciar-se da educação básica, afinal apenas 15% dos alunos que se formam no segundo grau ingressam nas universidades”, disse Lucchesi, que também lembrou que países como Alemanha, França e Inglaterra têm mais de 50% dos estudantes cursando, ao mesmo tempo, o estudo básico e o técnico.
O evento contou com a presença do vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas, o presidente da Comissão de Educação, Gabriel Chalita, o ex-presidente da Comissão de Educação, Newton Lima, a presidente da Comissão de Cultura, Jandira Feghali e o relator da Lei de Responsabilidade Educacional na Comissão Mista, deputado Raul Henry.
Assessoria de Comunicação da Abert
Duas emissoras comerciais de rádio sofreram atentado nesta semana. Entre a noite de domingo,10, e a madrugada de segunda-feira, 11, homens destruíram os transmissores das Rádios Monólitos AM e Liderança FM, em Quixadá, a 158 km de Fortaleza. As emissoras seguem sem sinal.
A Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT) cobrou as autoridades do Estado para que apurem as circunstâncias do crime cometido em Quixadá.
O presidente da entidade, Edilmar Norões, entregou um ofício ao secretário estadual de segurança do Ceará, Francisco José Bezerra Rodrigues, no qual solicita “as medidas cabíveis para apuração dos fatos, com a profundidade necessária à identificação de seus autores e de seus mandantes".
Assessoria de Comunicação da Abert