Notícias

    O Globo
    Opinião - Internet


    A cada dia que passa se aprofundam, mundo afora, as investigações sobre práticas desleais à concorrência e de violação de privacidade por parte da empresa Google Inc., que os internautas conhecem pelo seu mecanismo de busca, líder absoluto na internet.

    É preciso esclarecer desde logo que a companhia Google Inc. é muito maior do que o buscador Google, abrangendo hoje um enorme rol de serviços que inclui desde sistemas operacionais e outras soluções para smartphones até buscador específico para shopping, passando por canais de entretenimento, conteúdos de vídeo, áudio e imagem, serviços de e-mails, entre outros.

    Em sua origem, era apenas um buscador de conteúdos. Com o crescimento, porém, infelizmente começaram a surgir questionamentos sobre as práticas da Google Inc, em duas frentes básicas — concorrencial e na que diz respeito à privacidade dos usuários. Pelo que já se sabe hoje, é possível dizer que não existe medida de comparação para a concentração de saber e poder nas mãos de uma única companhia.

    Quem faz buscas rotineiras pelo Google talvez não perceba, mas está fornecendo para a empresa seus hábitos e preferências. O Google sabe o que você compra, quanto gasta, quais os planos para o futuro e muito mais. Tudo isto está ao alcance da empresa e ela possui a capacidade de armazenar e processar todos os dados fornecidos pelos usuários, que de boa-fé confiam em um sistema nada confiável, já que a Google Inc. não revela o que faz de posse de tais informações.

    No plano concorrencial, crescem as denúncias de que o buscador Google privilegia produtos e serviços que a Google Inc. oferece. Tudo isto já foi detectado e no mundo inteiro autoridades de concorrência e proteção de dados já começaram a abrir os olhos para o fenômeno. Na Europa, diversos países iniciaram investigações formais para apurar o que está se passando. Na França, a companhia é acusada de práticas desleais para a concorrência e, no âmbito da União Europeia, desde novembro do ano passado a Google Inc. é investigada, a partir de Bruxelas, pelas acusações de diversos concorrentes de abuso da companhia de sua posição dominante no mercado. Nos EUA, já correm processos para apuração de práticas desleais do Google e de seu comportamento anticoncorrencial. Na Coreia do Sul, o Google é investigado por concorrência desleal no mercado de busca mobile e no Brasil, corre no Cade um processo sobre as condutas discriminatórias do Google.

    O cerco vai se fechando não apenas nas investigações que cada nação realiza.

    A novidade é que diversos países vêm assinando acordos de cooperação para permitir uma troca de informações sobre o que cada um tem conseguido apurar. O Brasil e a União Europeia selaram este acordo em 2009. É um passo significativo não só para o bom resultado das investigações em si e para saber se o slogan do Google, “eDon’t be evil”, é verdadeiro, mas também para despertar o debate sobre um marco regulatório que contemple regras claras, tanto no campo concorrencial quanto no quesito da preservação da privacidade.

    Andrés Font Galarza é porta-voz na Espanha do movimento Iniciativa para um Mercado On-line Competitivo (Icomp) É enorme a concentração de poder nas mãos da Google ANDRÉS FONT GALARZA

    Portal Imprensa
    Luiz Gustavo Pacete

    Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela e Honduras. Esses são os países citados por Júlio Mesquita, presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) entre 1990 e 1991 e atual membro do conselho de administração do Grupo Estado, quando o assunto é o retrocesso em que vivem os países da região em relação à liberdade de imprensa.

    A polarização entre governos e jornalistas, a violência contra profissionais de imprensa e os inúmeros projetos de lei destinados à regulação da mídia são os principais temas a serem discutidos nos próximos dias 12 e 16 de outubro, na 68ª Assembleia Geral, em São Paulo. A cobertura completa do evento, que reúne representantes de veículos de vários países, você acompanha pelo Portal e Revista IMPRENSA.

    Criada em 1942, a SIP se intitula como uma entidade que tem como objetivo defender e promover o direito dos povos das Américas de se manterem e se expressarem livremente.

    Mesquita lembra que, em 1972, ano em que a SIP realizou sua primeira assembleia no Brasil, também foram discutidas as ameaças de países totalitários na região. Para ele, o que houve foi um retrocesso já que, 40 anos depois, o mesmo problema persiste.

    Em entrevista à IMPRENSA, Mesquita adianta as pautas que serão discutidas na assembleia e destaca os principais problemas da imprensa brasileira.

    IMPRENSA - Qual a principal pauta da SIP para a 68ª Assembleia?
    Julio Mesquita - O fenômeno do ressurgimento de países com regimes totalitários como acontecia na década de 1970. Cito Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua e Argentina. Todos eles adotam o princípio de censurar a imprensa e prejudicar o jornalismo livre.

    Quais são os problemas da liberdade de imprensa no Brasil?
    Os inúmeros projetos que estão no Congresso e tentam ameaçar o trabalho da imprensa. Isso é um fenômeno que o Brasil também herdou de outros países do continente. Do Canadá ao Uruguai, sem exceção, você tem casos de projetos de leis para cercear a imprensa.

    E a violência contra jornalistas no país?
    É outro tema preocupante. Atentados e assassinatos de jornalistas. Impunidade que também não é exceção em outros países do continente. Crimes que até hoje continuam impunes. Os governos precisam esclarecer essas mortes. Existem vários no Brasil sem solução.

    Houve um retrocesso então?
    Infelizmente. É como se voltássemos á famigerada época negra da censura, um fenômeno que retornou. Na década de 1970, começo dos anos 1980, havia melhorado substancialmente essa questão, mas agora enxergamos uma piora onde regimes de força ameaçam o jornalismo e a liberdade de imprensa.

    Quais seriam esses projetos de regulação da imprensa no Brasil?
    São muitos os projetos, principalmente de deputados que tentam de uma forma ou de outra cercear e prejudicar a imprensa. Isso é um fenômeno que o Brasil continua herdando de outros países. Enquanto houver algum país que tenha algum problema, a SIP vai existir.

    De que maneira a SIP se posiciona em relação à queda da lei de imprensa?
    A SIP não condenava a existência de uma lei de imprensa. No caso do Brasil, ela só condenava a obrigatoriedade do jornalista ter diploma. Ela não é contra as faculdades de jornalismo, mas contra o fato de que antes exigiam o diploma para jornalistas. Qualquer pessoa pode fazer uma reportagem, a partir do momento que ele sabe ler e escrever e tem condições de presenciar e relatar um fato.

     

    Foto: Luiz Gustavo Pacete

    O secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, publicou, nesta segunda-feira (8), portaria designando os integrantes do conselho consultivo do rádio digital. O fórum, criado em agosto, dá início à fase em que o ministério começará a ouvir a sociedade a respeito do sistema de rádio digital que será adotado pelo Brasil. A primeira reunião do conselho está marcada para o dia 23 deste mês.


    Veja a composição:

    I - Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações
    Titular: Genildo Lins de Albuquerque Neto
    Suplente: Elza Maria Del Negro Barroso Fernandes

    II - Departamento de Acompanhamento e Avaliação de Outorgas da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações
    Titular: Octavio Penna Pieranti
    Suplente: Samir Amando Granja Nobre Maia

    III - Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações
    Titular: José Gustavo Sampaio Gontijo
    Suplente: Otávio Viegas Caixeta

    IV - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
    Titular: José Eduardo Castro de Macedo
    Suplente: André Barbosa Filho

    V - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
    Titular: Virgílio Augusto Fernandes Almeida
    Suplente: Antenor Cesar Vanderlei Correa

    VI - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
    Titular: João Batista Lanari Bó
    Suplente: Dermeval da Silva Júnior

    VII - Agência Nacional de Telecomunicações
    Titular: Marconi Thomaz de Souza Maya
    Suplente: Thiago Aguiar Soares

    VIII - Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados
    Titular: Deputado Federal Sandro Alex
    Suplente: Deputado Federal Manoel Junior

    IX - Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática do Senado Federal
    Titular: Igor Villas Boas de Freitas
    Suplente: Ary César Interaminense Rodrigues

    X - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert)
    Titular: Luis Roberto Antonik
    Suplente: Monique Cruvinel Bandeira

    XI - Associação Brasileira de Radiodifusão, Tecnologia e Telecomunicação
    Titular: Marcelo de Lima Brasil
    Suplente: André Felipe Seixas Trindade

    XII - Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra)
    Titular: Flávio Lara Resende.
    Suplente: Ronald Siqueira Barbosa

    XIII - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária
    Titular: Ismar Capistrano Costa Filho
    Suplente: Divino Cândido Ferreira

    XIV - Associação Mundial de Rádios Comunitárias
    Titular: Arthur William Cardoso dos Santos
    Suplente: Taís Ladeira de Medeiros

    XV - Associação das Rádios Públicas do Brasil
    Titular: Mário Celso Sartorello
    Suplente: Bráulio Costa Ribeiro

    XVI - Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos
    Titular: José Francisco Alvarenga
    Suplente: Anderson Aroldo Piche

    XVII - Associação Brasileira da Indústria da Radiodifusão
    Titular: Eduardo Santos de Araújo
    Suplente: João Eduardo Ferreira da Silva

    Fonte: Tele Síntese

    A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) considera extremamente grave o assassinato de Luiz Henrique Georges, dono do Jornal da Praça, de Ponta Porá, ocorrido na última sexta-feira, 5/10.

    Este é o sexto crime cometido contra um profissional ligado à atividade jornalística neste ano no Brasil. Georges assumira o jornal em fevereiro, quando o antigo proprietário, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, foi morto.

    A vítima estava em um carro acompanhado de dois homens. Uma Blazer se aproximou e um dos ocupantes disparou cerca de 30 tiros. Georges e Nery Vera morreram no local. O terceiro ocupante do veículo, um paraguaio, foi levado para um hospital.

    O caso deve ser investigado com rigor pelas autoridades do Estado, a fim de esclarecer a motivação e identificar os autores da ação.

    A impunidade em crimes contra imprensa gera autocensura e acaba por comprometer o exercício pleno da liberdade de expressão, o que é inconcebível em uma sociedade democrática.

    DANIEL PIMENTEL SLAVIERO

    Presidente

    A ABERT é uma organização fundada em 1962 que representa mais de 3 mil emissoras privadas de rádio e televisão, e tem por missão a defesa da radiodifusão privada e livre e a vigência efetiva da liberdade de expressão e do pensamento.

    O dono de um jornal de Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, foi morto com tiros de fuzil nesta quinta-feira (4).

    Luiz Henrique Georges dirigia o Jornal da Praça desde fevereiro, quando o antigo do dono, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, foi assassinado. Este é o sexto assassinato de um profissional ligado à atividade jornalística registrado neste ano no Brasil.

    O crime ocorreu por volta das 16h40min. A vítima estava em com carro com outros dois homens quando uma Blazer preta se aproximou e um de seus ocupantes disparou cerca de 30 tiros.

    Georges e Nery Vera morreram no local. O outro passageiro do carro, um paraguaio, sofreu ferimentos e foi socorrido. Nenhuma pessoa que passava pelo local conseguiu identificar o autor dos disparos.

    A polícia disse que não tem suspeitos nem provas que relacionem o crime à atividade de Georges. O "Jornal da Praça" circulava diariamente há 33 anos, com uma tiragem de cerca de 1.500 exemplares.

    Apreensão

    O presidente da ABERT, Daniel Slaviero, manifestou apreensão com a reincidência de crimes contra a imprensa no país. “Esse agravamento da violência é extremamente preocupante e deve mobilizar as autoridades para que não permaneçam impunes”, declarou.

    Desde 2002, ocorreram 23 assassinatos, seis apenas neste ano. Segundo Slaviero, os ataques ao trabalho da imprensa partem principalmente do narcotráfico e do crime organizado.

    Em janeiro, o radialista Laércio de Souza foi morto em Simões Filho (BA). Em fevereiro foram duas mortes: a de Mário Randolfo Marques Lopes, em Barra do Piraí (RJ), e a de Paulo Rocaro, em Ponta Porã (MS). Em julho, Valério Luiz de Oliveira, em Goiânia (GO) e em setembro o maranhense Décio Sá, morto a tiros em um bar de São Luís.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Representantes de emissoras de rádio e televisão das Américas, da Ásia e Europa estarão reunidos para a 42ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), que acontece entre os dias 28 e 31 deste mês, em Montevidéu.

    No primeiro dia, estão previstas reuniões do Conselho Diretivo  da entidade e do presidente Luís Pardo Saínz com os presidente das delegações para tratar das resoluções de cada país.

    No dia 29, haverá a abertura oficial da assembléia, seguida da conferência “Protegendo a Liberdade de Expressão na Era Digital”, a cargo do presidente da National Association of Broadcasters (NAB), Gordon Smith, convidado especial.

    No mesmo dia, haverá o painel “Radiodifusão, Liberdade de Expressão e Democracia”. Nele, chefes de Estado e autoridades de países da América Latina vão contar como lidam com o papel da radiodifusão para o exercício da democracia.

    Um dos temas centrais da assembléia será a situação de liberdade de imprensa nos países representados. O relatório denunciando assassinatos, atentados e outras ameaças aos veículos de comunicação brasileiros será apresentado pelo presidente da Abert, Daniel Slaviero. Ele ocupa a vice-presidência do Comitê Permanente de Liberdade de Expressão da AIR.

    A AIR tem como vice-presidente Paulo Tonet Camargo (Globo) e como presidente do Comitê Jurídico Permanente, Alexandre Jobim (RBS), ambos conselheiros da Abert.  

     

    Assessoria de Comunicação da Abert

     

    A isenção de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para a importação de equipamentos essenciais, sem similar nacional, por emissoras de rádio e televisão foi prorrogada até o dia 31 de dezembro de 2014.

    A renovação do benefício foi publicada nesta quinta-feira, 4, no Diário Oficial da União, depois de aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em sua última reunião, no último dia 28.

    A manutenção do incentivo fiscal resulta da atuação da Abert junto aos governos estaduais. “A prorrogação permite a realização dos investimentos programados pelas emissoras na atualização e ampliação de seu parque tecnológico”, afirma o presidente da entidade, Daniel Slaviero.

    Segundo ele, a redução da carga tributária é essencial para a continuidade dos investimentos exigidos para a adoção da tecnologia digital.

     

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Emissoras de Radiodifusão (Abert) mostra que 91,3% das rádios brasileiras têm sites e que 84,1% transmitem seus programas pela internet. Também revela que recursos extras como exibição de imagens do estúdio, por meio de webcasting (12%), e hospedagem de vídeos relacionados à emissora (23%) são cada vez mais utilizados. A venda de espaços publicitários nas páginas da rede é uma estratégia já usada por 24% das rádios.

    De acordo com o presidente da Abert, Daniel Slaviero, os dados mostram que o rádio aposta na internet, no uso de recursos multimídia e na mudança de hábitos de consumo de informação para crescer num mercado cada vez mais competitivo.

    “Se, de um lado, a popularização da internet e das novas mídias amplia a concorrência, de outro, temos certeza de que possibilita que o rádio vá mais longe, conquiste mais ouvintes, atraia novos anunciantes”, afirma.

    Foram consultadas 435 emissoras, de 26 estados e do Distrito Federal, o que representa 10% do mercado de rádios comerciais no país. O levantamento, realizado entre julho e agosto deste ano, é um dos mais abrangentes sobre o meio rádio. Rio Grande do Sul (16%), São Paulo (14%) e Minas Gerais (12%) são os estados com maior participação. Amapá, Roraima e Tocantins são os menos representativos (0,2%, nos três casos).

    Boa parte dos dados colhidos refere-se a faturamento. A média mensal das rádios brasileiras, em valores atualizados para dezembro de 2012 é de R$ 59.656. A maior fatia desse valor (81,55%) vem de anunciantes locais. Para Slaviero, o dado revela uma característica dominante do rádio, “a forte relação com o mercado local e a independência financeira de governos”.

    O setor também é responsável por gerar 65 mil empregos diretos. Em média, cada emissora emprega 15 funcionários. Em relação à cobertura, a maioria das rádios (20%) informou alcançar entre 100 e 200 mil pessoas. O percentual é próximo dos que disseram cobrir entre 200 e 500 mil (19.8%) e dos que ficam entre 50 e 100 mil (17.8%). As rádios com cobertura restrita, de até 10 mil habitantes, são minoria (3.4%) entre os que responderam. Já as que atendem mais de 1 milhão de pessoas são 8.6%.

    As regiões do país mostraram ter níveis parecidos de uso de tecnologia, faturamento, geração de emprego e cobertura. Porém, o Norte apresentou algumas discrepâncias em relação às demais localidades, talvez em função do número da amostra.

    Acesse abaixo a íntegra  da pesquisa:

    Textos
    Gráficos

    Assessoria de Comunicação da Abert

    A regulamentação da regra que estende às emissoras optantes pelo regime tributário Simples a possibilidade de ressarcimento fiscal pela veiculação de propaganda eleitoral foi discutida entre o presidente da Abert, Daniel Slaviero, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

    Slaviero disse ao ministro que a regulamentação precisa ser resolvida até dezembro. “Caso contrário, as emissoras perdem esse benefício", disse. Ele explicou que somente com a regulamentação da regra as empresas poderão abater da base de cálculo do Imposto de Renda parte do valor que receberiam com publicidade.

    O ressarcimento está garantido desde 2010, quando foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas as emissoras dependem da regulação da norma pelo Comitê Gestor do Simples Nacional para usufruir da compensação. 

    Ao veicular a propaganda eleitoral obrigatória, as emissoras de rádio e televisão podem pedir o abatimento da base de cálculo do Imposto de Renda de parte do valor que elas deixaram de lucrar com publicidade no horário em que o programa eleitoral é veiculado. Slaviero estima que 85% das empresas de rádio e TV são optantes pelo Simples, sendo que a maioria delas são empresas de rádio. "Estamos falando aqui da base da pirâmide", afirma.


    Assessoria de Comunicação da  Abert

    O Escritório de Arrecadação de Direitos Autorais (ECAD) prorrogou até o próximo dia 31 o prazo para negociação de débito de emissoras de rádio. As emissoras associadas à Abert terão um desconto de até 30% no valor devido, com a possibilidade de parcelamento em até 60 meses.

    De acordo com o ECAD, as associadas à entidade que estão em litígio judicial também poderão negociar em condições especiais. As emissoras localizadas no Rio de Janeiro devem entrar em contato com o ECAD pelo telefone (21) 3797-9300. Já as rádios sediadas nas demais localidades podem ligar para o telefone 0800-727-9741.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Pedro Doria

    Podcasts são rádio sob demanda; assine e ouça quando quiser. No Android, estão escondidos. No iPhone, não mais.
    Discretamente, uma mudança no novo sistema do iPhone pode mexer com os hábitos digitais de brasileiros. É a oficialização do aplicativo para podcasts, os programas em áudio ou vídeo que é possível assinar via iTunes.

    Podcasts têm vários milhões de usuários no mundo, mas curiosamente nunca decolaram por aqui. São coisa de nicho, tanto no universo Apple quanto no Android. Mas um nicho fiel: quem ouve podcasts faz disso um hábito quase diário. E, ao menos para quem é fluente em inglês, abre um espaço em rádio tão mágico quanto aquele criado pelas operadoras de TV a cabo, quando trouxeram canais estrangeiros para nossas praias.

    Podcasts estão integrados ao iTunes desde 2005, antes do smartphone da Apple, antes do Android. Há inúmeros programas à disposição na loja, todos gratuitos, uns tantos amadores, vários profissionais. Basta buscar o que se deseja e clicar em Assinar. No iPhone, estavam escondidos. Era preciso entrar no app de Música e fuçar numa aba escondida. Agora mudou: há um ícone na tela do celular, desafiando o usuário a fuçar do que se trata.

    É ainda mais fácil. Nem todos têm o hábito de sincronizar o celular com o computador toda hora. Mas, antes, para baixar os podcasts assinados era preciso fazer isso com frequência. Agora, o iPhone baixa o novo sempre que estiver conectado à rede Wi-Fi.

    A oferta é rica. Começa com coisas como o melhor programa de rádio feito do mundo: “This American Life”, semanal, com uma hora de duração, produzido pela rádio pública de Chicago, WBEZ. Ancorado pelo veterano Ira Glass, é o equivalente no rádio ao jornalismo literário. Como contam bem uma história. Às vezes o tema é complexo. Explicar, por exemplo, a crise financeira de 2008. A revista britânica “The Economist” considerou o programa deles o melhor trabalho jornalístico sobre a crise. Às vezes, são temas delicados.

    A vida de presidiários que aguardam o perdão governamental após décadas na cadeia, ou a história de um imigrante ilegal que descobre, por teste de DNA, que é o sobrevivente do massacre de uma vila pela ditadura guatemalteca, nos anos 80. Coisa fina.

    Três vezes por semana, a mesma equipe produz o “Planet Money”, programas menores e deliciosos dedicados à, pasme, cobertura econômica. “TWiT”, ancorado pelo igualmente veterano Leo Laporte, faz um balanço do noticiário de tecnologia com um painel que reúne os melhores jornalistas do Vale do Silício, sejam autores de blogs, sejam colunistas da grande imprensa. Aqui no Brasil, Alexandre Roldão e Rafael Coimbra, da GloboNews, lançaram recentemente o “NOW”, ou, carinhosamente, “Nerds on Wine”, que, apesar do nome em inglês, é todo falado em português, para discutir, evidentemente, tecnologia.

    Rádios americanas vêm descobrindo que podcasts são uma maneira de fazer dinheiro novo com programas que já foram ao ar. Trazem novos patrocinadores para ouvintes que buscam o que gostam sob demanda.

    Não dá para estar com o rádio ligado às 15h, mas ouvir o programa passado enquanto corre na esteira, na manhã seguinte, é conveniente. E podcasts não são exclusivos do iPhone. No Android, há apps como BeyondPod e DoggCatcher. Só não ganharam, ainda, a proeminência concedida pelo novo iOS.

     

    Fonte: O Globo

      PEDRO DORIA

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

    Image
    Assuntos Legais e Regulatórios
    Image
    Tecnologia
    Image
    Comunicação
    Image
    Parlamentar

    Buscar