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    Plano Anual de Fiscalização traz estimativa sobre o tempo que MiniCom e Anatel vão dedicar à inspeção dos serviços de radiodifusão em todo o Brasil no próximo ano

     As emissoras de televisão vão consumir a maior parte do tempo do trabalho de fiscalização do Ministério das Comunicações e da Anatel no ano que vem. É o que prevê o Plano Anual de Fiscalização (PAF) dos Serviços de Radiodifusão 2013, que pela primeira vez faz uma estimativa do número de horas de fiscalização que será destinado a cada um dos serviços, incluindo as cinco regiões do país.

    O plano foi elaborado pelo MiniCom e já encaminhado à Anatel. O objetivo é cumprir a meta prevista no Plano Plurianual 2012-2015 de fiscalizar todas as estações de radiodifusão brasileiras no período de quatro anos.  Nos últimos meses, o ministério ampliou a fiscalização de rotina nas capitais brasileiras e em cidades do interior de todas as regiões. Agora, o PAF traz as diretrizes para a atuação da Anatel no decorrer de 2013.

    Divisão de responsabilidades - As atividades de fiscalização são executadas pelo ministério e pela agência, de acordo com as competências legais de cada um.  A Anatel é responsável pela verificação das características técnicas e uso do espectro de radiofrequência. Já o MiniCom avalia os atos societários das entidades detentoras da outorga. A parte relativa a conteúdo e veiculação de recursos de acessibilidade é fiscalizada em conjunto pelos dois órgãos.

    O diretor de Acompanhamento e Avaliação do ministério, Octavio Pieranti, explica que o objetivo do plano é dar ênfase nas fiscalizações de rotina, que são planejadas. Para isso, o PAF divide as atividades de fiscalização em três categorias: rotina, denúncias e demanda processual.

    A maior parte das atividades, 50%, será dedicada às fiscalizações de rotina. Já a apuração de denúncias de infrações cometidas pelas emissoras vai responder por 30% do trabalho. A menor parcela será destinada às demandas processuais, que deverão exigir 20% dos esforços.

    Base de cálculo - Para cumprir esses percentuais, o plano utilizou como base de cálculo o tempo de atuação da Anatel em atividades de fiscalização de radiodifusão durante 2011, que foi de 134.832 horas. Pela estimativa, os serviços que mais exigirão tempo de dedicação são os de geração e de retransmissão de sinal de TV. Mesmo com essa previsão, é importante ressaltar que a Anatel tem autonomia para definir municípios e entidades fiscalizadas e o tipo de fiscalização.

    A fiscalização feita pelo MiniCom também será dividida nesses três grupos. Dentro da fiscalização de rotina, o ministério vai intensificar o trabalho nas capitais dos Estados, já iniciado em 2011 e previsto para terminar até 2013, e também no interior. O primeiro sorteio das 15 cidades que serão alvo da atuação do ministério ocorreu no início de setembro e o trabalho já está em curso.

    Comitê - Um comitê formado por representantes do ministério e da Anatel foi criado para acompanhar a implementação do plano de fiscalização. O comitê vai monitorar as ações realizadas para atingir a meta prevista e também poderá eventualmente revisar os números e percentuais estabelecidos. Além disso, será criada uma base de dados comum para verificar o trabalho de fiscalização de todas as emissoras brasileiras.

    Confira a íntegra do Plano Anual de Fiscalização (PAF) dos Serviços de Radiodifusão:

    http://www.mc.gov.br/acoes-e-programas/radiodifusao/fortalecimento-da-acao-fiscalizatoria 

     

    Ministério das Comunicações

    A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT) apela às autoridades do Estado de Alagoas para que investiguem o atentado cometido contra a Rádio Farol, no município de União dos Palmares, no interior de Alagoas.

    Na madrugada desta quinta-feira, 13/9, dois homens explodiram uma bomba no interior do prédio da emissora, provocando um incêndio. Não havia funcionários da rádio no momento. Os homens fugiram em uma moto, sem ser identificados.

    Fatos como este são extremamente preocupantes porque se constituem grave ameaça à livre atividade jornalística e ao pleno direito da sociedade à informação.

    DANIEL PIMENTEL SLAVIERO
    Presidente

A ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa 3 mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da vigência da liberdade de expressão em todas as suas formas.

    Prezados,

    A Lei 10.222/2001, que prevê pena de suspensão das atividades dos serviços de radiodifusão por até 90 dias em caso de elevação injustificável de volume nos intervalos comerciais, foi recentemente regulamentada pela Portaria nº 354/2012 do Ministério das Comunicações. Entretanto, ainda existem diversos pontos a serem discutidos, em especial, sobre o procedimento de fiscalização que começará a ser feito pela Anatel em julho de 2013. Com o intuito de definir tais procedimentos e as especificidades relacionadas a cada tecnologia e cada serviço de radiodifusão, o Ministério das Comunicações formou um grupo técnico de trabalho formado pelo próprio órgão, Anatel e associações representativas.

    Necessitaremos fazer alguns testes para ver a real dimensão do problema que estamos tratando, e também para melhor adequar os procedimentos de medição que serão realizados pela Anatel para que não surjam surpresas no próximo ano. Esses testes precisarão ser feitos dentro das emissoras de rádio (OC, OT, AM e FM) e geradoras de TV (cabeças e regionais).

    Pedimos que leiam o documento anexo com cuidado e, se sua emissora desejar se voluntariar para o processo, favor responda as perguntas do documento e envie para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

    Agradecemos a atenção, fico a disposição para eventuais dúvidas.

    Monique Cruvinel
    Gerente de Tecnologia

    O Ministério das Comunicações deu o pontapé inicial no processo para informatizar seu sistema de radiodifusão. Nesta terça-feira, o secretário-executivo Cezar Alvarez e o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins, tiveram a primeira reunião com o grupo que vai montar o projeto de modernização do sistema. A meta é eliminar totalmente o uso do papel a partir de 2015, de modo que todos os novos processos que entrem no MiniCom tramitem por meio de uma plataforma virtual.

    “Queremos acabar com a burocracia e reduzir o tempo de resposta do poder público. Para isso vamos criar uma ferramenta que permita tanto uma análise rápida dos processos quanto uma comunicação mais eficiente com o radiodifusor”, explica Genildo Lins.

    A estimativa, segundo o secretário, é que a ferramenta eletrônica esteja disponível ao público em 2014, ainda em caráter de testes e de forma simultânea à tramitação em papel. A partir de 2015, a tramitação passará a ser apenas por meio eletrônico.

    O projeto será desenvolvido em parceria entre o Ministério das Comunicações, a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República (CGDC) e o Movimento Brasil Competitivo (MBC), uma organização não-governamental que capta recursos do setor privado para modernizar a gestão pública.

    A primeira etapa, iniciada a partir de agora, será o mapeamento dos processos que existem atualmente, incluindo o fluxo percorrido por eles. A partir daí, será possível criar um sistema eletrônico que atenda às necessidades do ministério.

    Ministerio das Comunicações

    ABERT apela às autoridades para que investiguem atentado à Rádio Farol, no interior de Alagoas

    A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT) apela às autoridades do Estado de Alagoas para que investiguem o atentado cometido contra a Rádio Farol, no município de União dos Palmares, no interior de Alagoas.Na madrugada desta quinta-feira, 13/9, dois homens explodiram uma bomba no interior do prédio da emissora, provocando um incêndio. Não havia funcionários da rádio no momento. Os homens fugiram em uma moto, sem ser identificados.Fatos como este são extremamente preocupantes porque se constituem grave ameaça à livre atividade jornalística e ao pleno direito da sociedade à informação.DANIEL PIMENTEL SLAVIEROPresidenteA ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa 3 mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da vigência da liberdade de expressão em todas as suas formas.

    Com a participação de representantes do Ministério das Comunicações e da Anatel, um comitê vai monitorar o trabalho de fiscalização dos dois órgãos sobre as emissoras de rádio e TV. A criação do Comitê de Acompanhamento do Plano Anual de Fiscalização dos Serviços de Radiodifusão (PAF) foi publicada nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União.


    O plano de fiscalização do MiniCom e da Anatel para 2013 será publicado em breve. Durante a sua implantação, o comitê vai acompanhar as ações realizadas e eventualmente revisar os números e percentuais estabelecidos na fiscalização das entidades do setor de radiodifusão. O coordenador do comitê será o diretor de Acompanhamento e Avaliação do ministério, Octavio Pieranti. Mais dois servidores do MiniCom e outros dois da Anatel vão integrar o comitê.

    Ministério das Comunicações

    Entrevista – Ministro Paulo Bernardo

    No mês em que o rádio comemora 90 anos da primeira transmissão no Brasil, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo afirmou em entrevista exclusiva à Abert, quarta-feira, 12, ser favorável ao projeto que flexibiliza o horário de veiculação do programa “A  Voz do Brasil” nas rádios do país. A medida estabelece que as emissoras poderiam exibir o programa com início entre 19h e 22h. Produzida pela Empresa Brasileira de Comunicação, a Voz do Brasil existe desde a década de 1930 e veicula notícias institucionais dos três Poderes. Conforme Bernardo, a flexibilização democratiza a oportunidade do ouvinte de escolher sua programação.

    Ao exaltar os 90 anos do rádio  no país, o ministro afirma ser fã do meio de comunicação.” Sou fã e defendo a sua longevidade diante do fenômeno de aceitação do público e dinamismo que proporciona informação a milhares de ouvintes”. Ele disse ainda que existem 300 milhões de aparelhos no país. ”O rádio atravessou o século 20 com grandes contribuições, seja na área cultural, política e econômica. Muito já se falou que o rádio estaria acabando, porém o que vemos é que, mesmo com tanta tecnologia, ele continua firme na cozinha, no carro, nas caminhadas, na mesa do bar, enfim, em todos os lugares”, afirma.

    O ministro disse ainda que a escolha do padrão digital de rádio a ser adotado no Brasil deverá ficar para o próximo ano, para evitar precipitação na análise da alternativa mais adequada ao mercado de radiodifusão.

    Leia a seguir a íntegra da entrevista:

    Quais perspectivas o senhor vê para o rádio que completa 90 anos em um ambiente de convergência tecnológica?

    O rádio no Brasil e, acredito que em outros países também, é um fenômeno de aceitação de público, de sucesso, de dinamismo. Nós temos rádios que já completaram 90 anos, mas também com décadas de existência,  e com enorme respeitabilidade,  com agilidade no trato da informação. Então, se pensarmos no desenvolvimento pleno da tecnologia, da internet, quando as pessoas ficam com seus telefones, tabletes buscando informação momentânea,  e compararmos com as mídias tradicionais,  vemos que o rádio continua como um grande meio de propagação. Nós temos um público ouvinte quase universalizado. Quase todas as residências têm um rádio, e se multiplicarmos isso pelos outros dispositivos, estima-se em 300 milhões de aparelhos receptores de rádio no Brasil.

    As emissoras estão presentes em todos os municípios. O rádio é o meio mais próximo das pessoas, por isso, tem maior vinculação com os problemas comunitários. As grandes cadeias transmitem todos os acontecimentos do planeta também com muita competência. Quem de nós não tem boas lembranças de programas de rádio? Lembro- me que em 1958 ouvi a transmissão da Copa do Mundo,  ouvi o Brasil ser campeão mundial pelo rádio. Isso marca a vida da gente. Os locutores de rádio que fazem futebol são muito versáteis, descrevem tudo em 30 segundos, então era bem estimulante,  foi ótimo ter vivido essa experiência.

    Temos também as grandes revelações musicais, sem contar as novelas.  Na minha casa, passei a ter televisão quando já tinha 14 anos de idade, eu morava no interior, e a TV ainda não era tão presente.

    Mas as pessoas podem utilizar o rádio de diversas maneiras, no carro, cozinhando, caminhando, trabalhando. Já a televisão não temos como ter acesso em todos os lugares, principalmente nos veículos automotivos.

    Acho que temos que criar condições para que isso continue, o rádio é um fenômeno cultural de comunicação de massa. Então, a tarefa do governo é fazer boas políticas para que o rádio continue  se desenvolvendo.

    1) O projeto de flexibilização da Voz do Brasil só precisa ser votado no plenário da Câmara. Qual a sua opinião sobre o assunto?

    Eu já  manifestei a minha opinião no governo do ex-presidente Lula, quando aconteceram negociações, e à época o governo deu a sua aprovação para a tramitação. Não para acabar com o programa, mas para fazer uma flexibilização no horário entre 19h e 22h. Assim as emissoras escolheriam o horário para fazer essa transmissão. A minha opinião é que se o Congresso aprovar o governo tem que sancionar. É claro que  dentro do Congresso tem gente a favor e também contra a flexibilização. A flexibilização valeria muito a pena, acho que não prejudicaria  a divulgação dos trabalhos do Congresso, do Poder Executivo e do Judiciário, até porque não deixaria de existir.

    2) Como está a análise da migração do rádio AM para os canais 5 e 6 na área técnica do Ministério?

    Estamos fazendo a avaliação técnica mais afinada. Somos favoráveis e achamos que essa migração tem que ser feita, pois  não vai prejudicar ninguém, as emissoras que estão em faixas mais altas não serão prejudicadas, as AMs serão reacomodadas. Acredito que assim vamos resolver o problema de rádios que têm décadas de funcionamento. Já visitei emissoras com 75 anos de  existência, algumas delas são legendas, as pessoas no interior sempre ouviram, gostam e querem continuar ouvindo.

    Nós temos o processo de escolha do rádio digital,  sobre o que ainda não formamos convicção. A digitalização do rádio é muito mais complicada, porque a emissora tem que ter inicialmente a transmissão analógica, como é hoje, e tem que ter a transmissão digital. Precisa de investimento e a nossa preocupação é com as  pequenas emissoras, aquelas que estão no interior do Brasil.  E também com o usuário do rádio que precisa ter o receptor digital. Então, essa transição tem que ser muito bem pensada.  O que estamos achando é que vamos resolver o problema das rádios que transmitem em AM,  nesse percurso vamos continuar discutindo a digitalização do rádio, até porque se quisermos fazer com mais velocidade podemos ter um problema tanto na recepção quanto na transmissão, além de problemas econômicos para fazer a migração por parte dos empresários e dos ouvintes. Quanto (à migração) dos canais 5 e 6 somos favoráveis, acho uma boa medida, as rádios merecem por prestar um excelente serviço.

    3) Está confirmada a previsão de anunciar da digitalização do rádio ainda este ano?  

    Podemos adiar um pouco a decisão porque nós precisamos ter certeza do modelo a ser adotado, que ele seja viável do ponto de vista de todas as emissoras, não somente das grandes redes de rádio. Precisamos planejar também a transição para as pessoas. É muito bom que o Congresso nos passe o estudo que está sendo elaborado pela Subcomissão do Rádio, que está sendo elaborado na Câmara. Vamos chamar os radiodifusores, a indústria de rádio, precisa-se de recurso pra fazer essa transição, então tem que ter todo um planejamento, vamos viver por alguns anos com os dois sinais.

    4) O senhor acha que falta reconhecimento ao padre Landell de Moura pela criação do rádio?

    Sim. Sempre fui fã do rádio, assim como 70% da população brasileira. É preciso lembrar que o padre Landell de Moura, nascido no Brasil, desenvolveu a tecnologia de transmissão do rádio. Hoje é comprovado que foi o primeiro a desenvolver, antes do Guglielmo Marconi. O padre, infelizmente, não teve apoio, porque na época não existia política pública no Brasil. Se tivesse um pouco de financiamento para patentear e produzir os equipamentos, com certeza, o Brasil também seria considerado o pai do rádio, assim como também somos o país da aviação, com Santos Dumond, mas que não foi reconhecido porque, na época, não tínhamos políticas para isso. Nós, brasileiros, não podemos deixar de reconhecer que o Landell foi o inventor do rádio, a primeira pessoa a fazer a transmissão radiofônica há mais de 100 anos.

    Assessoria de Comunicação da Abert

     Na tarde desta quinta-feira, o mídia.JOR reuniu também Ariel Palacios, correspondente de O Estado de S. Paulo e da Globo News; Mílton Jung, âncora da rádio CBN; e Shasta Darlington, correspondente da CNN no Brasil, para debater o tema "Mídia eletrônica: os desafios da informação globalizada em rádio e TV" no Painel Diálogos VII. A discussão foi moderada por Thaís Naldoni, gerente de Jornalismo de IMPRENSA.

    Shasta Darlington começou falando da atuação da CNN dentro e fora dos Estados Unidos. Com as transformações no jornalismo, a emissora também teve que se transformar. "O mundo mudou muito, então a CNN também tinha que mudar".  Essa mudança foi observada principalmente nos canais que a emissora abriu para a participação de seu público, como o "iReport".  "Nosso alcance explodiu com essa plataforma", afirmou Shasta.

    Ariel Palacios seguiu o debate criticando os jornalistas que ainda se apegam ao passado, quando, na verdade, estamos vivenciando uma mudança. "Hoje em dia, os jornalistas têm que fazer de tudo", considerou Palacios. "Alguns jornalistas ficam nas discussões velhas. Esses profissionais, infelizmente, não estão pensando como sobreviver e como se adaptar", acrescentou.

    O correspondente do Estadão e da Globo News argumentou que os profissionais de imprensa devem se "preparar para esse cenário multimídia" que vem se configurando e, nesse sentido, a colaboração do público pode ser positiva. "Essa possibilidade de conversar com a audiência é muito interessante, é um conversa que fortalece o jornalismo", disse. No entanto, essa novidade traz mais um desafio.  "Agora, somos jornalistas 24 horas, porque às 23h, por exemplo, podemos receber uma mensagem de um internauta. Com isso, deixamos de ser jornalistas com horário fixo", disse Palacios.

    Milton Jung, por sua vez, falou sobre sua experiência em diversos tipos de veículos de comunicação, focando o rádio, que é o meio ao qual ele tem se dedicado nos últimos anos. "Falar sobre globalização envolvendo rádio já é desafio", ressaltou Jung.  "Hoje, somos ouvidos por todo mundo, porque a emissora está transmitindo na internet. Essa, para mim, foi a maior revolução", considerou.

    O âncora da CBN prosseguiu sua fala mencionando a relação entre jornalistas e ouvintes, no caso do rádio. "Com as novas tecnologias, a interação com o ouvinte é maior ainda. E isso é fundamental no jornalismo", afirmou. "Nós jornalistas ganhamos um grande parceiro, porque nossas fontes se ampliaram. Não dependemos mais de fontes oficiais", destacou Milton Jung. "O jornalista ainda é fundamental como mediador de todas essas mudanças. Se não estivemos prontos para isso, nossa profissão entrará em extinção. Mas acredito que estejamos nos movimentando para entender essa época", concluiu o jornalista.

     

    Para saber mais acesse: http://portalimprensa.uol.com.br/midiajor/home.asp

    Portal Imprensa

    Os estudantes  universitários de todos os cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC),  interessados em concorrer ao Prêmio SIP Universitários, que escolherá os cinco melhores trabalhos em vídeo, texto e fotos com o tema "Liberdade de expressão no nosso dia a dia", têm até o próximo dia 21 para fazer a sua inscrição. O desafio dos candidatos será registrar um episódio cotidiano que simbolize a liberdade de expressão no dia-a-dia.

    Os 15 finalistas participarão da 68ª Assembleia Geral  da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP),  que acontece de 12 a 16 de outubro,  em São Paulo. Os vencedores de cada categoria serão anunciados durante o jantar de premiação. O Prêmio SIP tem o patrocínio da J&F Jovem Universitário.

    A 68ª Assembleia Geral SIP contará com a presença de cerca de 600 jornalistas e empresários de comunicação de 34 países para debater o presente e o futuro da profissão. A assembleia discutirá assuntos como o tráfico de drogas e de armas, leis de imprensa, ética, discriminação na concessão da publicidade oficial, busca de um modelo sustentável de jornalismo, propriedade intelectual em mídias digitais, otimização das novas plataformas de trabalho, liberdade de expressão e direito à informação.

    Para saber mais acesse: www.sipuniversitarios.com.br.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Leonardo Stamillo, gerente de jornalismo da rádio CBN, Marcelo Lins, editor-chefe do Globo News Especial, e Heródoto Barbeiro, âncora da Record News, abriram o segundo e último dia do Mídia.JOR debatendo os desafios da cobertura 24 horas. Os três comentaram as características de seus veículos, o impacto da tecnologia na comunicação, o equilíbrio do noticiário local e nacional e a importância da participação do público.

    O painel Diálogos IV "Caminhos da Notícia - desafios da cobertura 24 horas" foi mediado por Théo Rochefort, diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT).

    Para Stamillo, fazer jornalismo 24 horas é fascinante e apaixonante, mas muito desafiador. No caso da CBN, ter uma equipe multidisciplinar é fundamental para tornar a flexibilidade da programação possível. “Temos 60 jornalistas. São 60 repórteres. Todo mundo sabe fazer e tem condições técnicas de ir pra rua, trazer o que ouviu e transmitir para o público”, explica.

    No caso do Globo News Especial, Lins explicou que, muitas vezes, é inevitável repetir algumas notícias ao longo do dia. “Buscamos tirar o peso do jornal”, diz. Ele ressaltou que o melhor caminho é fazer o simples. “O jornalismo muitas vezes se perde quando o jornalista se vê como dono da notícia e apenas como o cara que vai dar a luz para seu povo”, criticou.

    Lins defendeu ainda que é mais importante focar o conteúdo, e só em um segundo momento ver como trabalhá-lo. “Mais importante do que saber a plataforma, é a qualidade do que será produzido para ser lançado em diversas plataformas”, afirma. “O conteúdo é o que determina o sucesso ou o fracasso de qualquer veículo”, completa Stamillo.

    E em dias de "vacas magras"?

    "Atrair atenção em grandes coberturas é fácil. E quando não tem? O profissional precisa tornar atraente a notícia diária", apontou Lins. Stamillo explicou que rádio, por exemplo, tem a característica de rotatividade de ouvintes, o que obriga repetir algumas notícias muito relevantes ao longo do dia inteiro. “Mas sempre com um tratamento diferente, uma edição melhor, um novo cuidado, um algo a mais”, diz.

    Stamillo comentou o projeto “Seu bairro, nossa cidade”, que levou quatro repórteres da rádio a visitarem 96 distritos de São Paulo para ouvir dos moradores os problemas locais e traçar um raio-x de cada lugar. Para ele, em ano de eleição, por exemplo, todos os veículos fazem uma cobertura semelhante, no entanto, “o declaratório é muito pouco para ajudar o ouvinte a definir seu voto.” Stamillo afirma que a aposta da rádio é fugir da agenda. “Notícia virou quase uma commoditie”, diz.

    O projeto durou quatro meses e contou com debates mensais abertos ao público sobre os principais temas e matérias especiais na rádio. A iniciativa deu tão certo que vai virar quadro fixo semanal na CBN.

    Não dá para segurar a notícia

    Barbeiro brincou com o fato de “não saber onde trabalha”, explicando que com tantas plataformas integradas, o conteúdo produzido por ele circula com mais rapidez em inúmeros veículos e formatos. Para o jornalista, vivemos uma terceira revolução industrial, que impacta diretamente na comunicação. “Mesmo que haja censura do Estado, da imprensa, do veículo, do patrocinador, a notícia se propaga”, afirma.

    Barbeiro comemora as  transformações que colocaram na mão de jornalista, do cidadão, do eleitor e do contribuinte a possibilidade de participar. “É claro que o grande repórter existe, mas hoje ele tem muito mais colaboração. Não dá mais para segurar a notícia. Você vai querer esconder o óbvio?”, questiona. “E é dentro dessa realidade que nós jornalistas estamos mergulhados. Precisamos olhar pra isso ou seremos atropelados”, alerta.

    A plateia pergunta...

    Saber como a reação das pessoas nas redes sociais interfere na programação enquanto ela acontece foi uma das perguntas feitas aos participantes. "Quanto mais conseguirmos trazer o ouvinte para a produção das nossas pautas, melhor", afirma Stamillo, que também defendeu a importância do eco nas redes. “Enquanto estivermos recebendo críticas dos dois lados, estamos no caminho certo”, diz.

    Para Lins, é importante saber a reação. “É um balizador, mas não pode ser o único. Temos que olhar com bom senso, claro. Mas essas redes abriram um campo para pegarmos sugestões, tendências, que não pode ser ignorado”, defende.

    Com muitos estudantes presentes, saber se a formação da faculdade prepara para o jornalismo hardnews foi uma das questões. Para Lins, "a formação do jornalista só vai se dar quando ele, de fato, começar a trabalhar na práticas". Já Stamillo criticou a forma como esses profissionais chegam no mercado. "As pessoas chegam à redação bem tecnicamente e mal culturalmente. Isso não leva ninguém a lugar nenhum", diz.

    "Essa preparação não é só problema para jovem, é para todo mundo. Eu com 66 anos, me vi como foca na Olimpíada. Todos nós estamos sendo atropelados pelo mesmo caminhão", finaliza Barbeiro.

    A revista Imprensa iniciou as comemorações de seus 25 anos com o seminário mídia.JOR, que reuniu profissionais de comunicação que atuam no país e no exterior para discutir o futuro do jornalismo durante dois dias, em São Paulo.

    Na abertura do evento, Sinval de Itacarambi Leão, diretor da publicação, destacou as mudanças do jornalismo nas últimas duas décadas, mostrando como passado e presente se encontram na cobertura dos bastidores das redações de todo o país.

    Ele ressaltou o orgulho da credibilidade alcançada pela revista e pelo portal IMPRENSA nesses 25 anos, o que dá forças para que veículos independentes possam acompanhar as transformações das plataformas de comunicação atingindo seu principal objetivo que é acompanhar a evolução do jornalismo. O jornalista José Hamilton Ribeiro foi homenageado pelo trabalho de mais de 50 anos como repórter em veículos como Folha de S.Paulo, Realidade e TV Globo. O seminário contou com o apoio da ABERT.


    Para saber mais acesse: http://portalimprensa.uol.com.br/midiajor/home.asp

    Portal Imprensa

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

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